A santidade perdida e falsa.
O que mais fornece pra mim o abrigo para a minha angustia é o mundo mesmo.O mundo lá fora,e o mundo aqui dentro.O inferno são os outros,mas as vezes,o inferno é o meu próprio corpo e rosto.
Por que existe essa anatomia?Essas teias que não sabemos quem criou?
Talvez somos os nossos crimes que nos tornaram vitimas da vida.Mas o que me incomoda é isso...
sinto falta dos infelizes,dos perdedores e angustiados.
Nas ruas,vejo uma santidade,uma santidade falsa.Todos estão do lado certo,e que conhecem muito bem a dura verdade das coisas.
Os angustiados estão nos quartos,escondidos e remoendo o mundo cético frágil.
Queria que os angustiados tivessem vozes quando necessário.Não para se tornar política,mas para se tornar uma coletâneas.
O mundo é assim baby,ele me enlouquece,e eu me enlouqueço.
Os santos de verdade?Estão sozinhos,no deserto,percebendo-se que não dá pra mudar a natureza humana e que não dá pra escapar ao pó da mortalidade.
Os santos contemporâneos?Nós,sanificados em nossas tolices.Criando uma última esperança.Criando a ideia de que nós somos a resposta pra tudo,e que nós estamos dispostos para mudar um mundo mais antigo que a gente.