Encontro com a Senhora das Artes (nome que dei a este ser divino) (25/11/2018)

Eu e a esposa fizemos o workshop de dança de salão/consciência corporal com o Jaime Arôxa e a Kiri Chapman neste fim de semana
No encerramento (domingo) ele estava falando sobre a sua trajetória, inspiração, e acabou falando sobre um ser místico em forma de uma grandiosa mulher/senhora, que o abriga embaixo da sua saia e o inspira, geralmente em sonhos

 

Na segunda-feira fui para o trabalho ouvindo bolero.
Saí do metrô e ia caminhando até o trabalho (10 minutos) quando começou…
A música que estava tocando era apenas instrumental. Gosto muito desta música, pois dá para sentir a melodia, os instrumentos. Viajo nesta música.
Senti um envolvimento, aquela pressão nos lados do rosto, perto dos olhos, o rosto dormente.
Senti que estava sendo envolvido por uma enorme energia feminina, descia sobre mim como se fosse uma enorme saia
Ela: Porque você quer aprender a dançar?
Eu: (saiu da minha boca, bem baixinho ): Para fazer a esposa feliz
Ela: Motivos errados
Eu: (saiu da minha boca, bem baixinho ) Para expressar o amor que eu sou através da dança
Ela: E o ego? (Eu sempre me imagino dançando pra caramba, para mostrar para os amigos.)
Eu afirmei. Para expressar o amor que eu sou através da dança
Ela: Então venha. Venha para debaixo da minha saia. Neste espaço sagrado que se chama AMOR.
Me emocionei muito e me senti entrando por baixo da saia dela e envolvido por um sentimento envolvente e caloroso, do mais puro amor.
Neste encontro eu queria mesmo era esta em casa, ouvir a música, ouvir este ser de luz
Cheguei no trabalho e fui no banheiro.
Ia sair do banheiro mas algo me fez entrar no reservado. Resisti umas duas vezes e depois entrei pensando "não é adequado, receber orientações divinas no banheiro".
Como eu já tinha tirado o fone, “coloquei” de novo, naquela música instrumental.
Fechei os olhos e ouvindo a música minhas mãos bailavam no ar, quase podia ver as notas musicais. Senti uma grande expansão na região do coração e visualizei os passos de dança no ar.

 

Ela: Eu vou te ajudar, se você se mantiver debaixo da minha saia, neste espaço sagrado que se chama AMOR
Sinta com o coração, deixe que o coração te leve, te conduza.
A arte, a dança, nunca vai residir na sua mente, mas no seu coração

 

Depois, ainda influenciado por esta energia, escrevi no grupo whatsapp dos amigos da dança.
"Amigos
Resisti até onde pude, mas agora preciso compartilhar esta mensagem com vocês.
Não sei se todos prestaram atenção às palavras do Jaime sobre um ser místico em forma de uma grandiosa mulher/senhora, que o abriga embaixo da sua saia e o inspira…
Sem entrar em detalhes, amigos da dança: confirmo que este ser divino existe. É de proporções gigantescas, com uma grande saia, dourada nas pontas, e nos convida a entrar embaixo dela, neste espaço sagrado chamado AMOR.
É a partir deste espaço sagrado que flui a inspiração para todas as artes.
É ali onde estão abrigadas as consciências dos grandes mestres que se entregaram à sua arte com amor, com paixão, fazendo dela a sua razão de viver.
Ela nos convida a entrar embaixo da sua saia e nos pede para estarmos conscientes de nosso próprio corpo (AMOR) e de nossa alma (AMOR) quando formos executar a nossa arte (AMOR).
E neste espaço sagrado, sentir a música, a letra, a melodia pois estas foram criadas a partir deste mesmo espaço sagrado chamado AMOR
A partir daí tudo vai ficar mais fácil, mais leve, mais alegre
Este evento foi um marco para despertar em nós o AMOR pela arte da dança
Ana Maria, amor da minha vida, ela disse que você sempre esteve embaixo da saia dela."

A esposa escreveu no Whats, em resposta a esta mensagem:
“É meu grande amor, você está cada vez mais perto da pura e ingênua sensibilidade, da perfeita harmonia que é o amor de dentro para fora. O Verdadeiro Amor. Parabéns pelo seu conhecimento e sua capacidade de sentir e principalmente de se expressar. Te amo muito”

Achei interessante o que ela falou “ingênua sensibilidade”
O verdadeiro AMOR é puro, ingênuo, infantil, isento de julgamento, isento de tudo. Como o Mestre falou “Vinde a mim como criancinhas”

E “sua capacidade de sentir e principalmente de se expressar”
Realmente, ninguém quer ser expressar, por medo, por achar inadequado, ou seja, ninguém se mostra como realmente é, se escondem atrás de máscaras.
Triste isto.

Autor: Valdemir Nunes da Silva