COMEÇANDO DO ZERO.
COMEÇANDO DO ZERO!
Olá! Parabéns! Ao iniciar a leitura deste manual, você está prestes a entrar para História! Ele faz parte do primeiro Curso Livre de Comunicação Social Com Foco em Jornalismo Colaborativo e Empreendedorismo Do Mundo. Um projeto desenvolvido por mim junto ao Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, afim de suprir a gigantesca demanda mercadológica. Um manual onde você encontrará valiosas informações que te ajudarão em seus projetos dentro e fora da Web. Profissionais de diversas áreas da Comunicação e de muitas outras, têm sorvido a poderosa gama de conhecimentos apresentadas nesse método prático, leve, contundente, sedutor e divertido! O saber não ocupa espaço. Aprender, aplicar e difundir conhecimentos, é essencial à evolução da espécie humana! Eu mesmo, sendo Professor de Comunicação Social, ligado ao Cinema, Jornalismo, Marketing, Relações Públicas, Artes... PAREI TUDO! Fui para Inglaterra e outros países COMEÇANDO DO ZERO! Hoje, além de Diretor Institucional do Sindicato dos Jornalistas mais tradicional do Rio de Janeiro, Membro do quadro de Jornalistas efetivos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), de Dirigir Filmes, Realizar Projetos Sócio-Culturais, sou Contratado da "WARNER", uma das Multinacionais mais respeitadas do mundo! E como tudo isso aconteceu? Como um homem que até seus 30 anos vivia abaixo da linha da miséria evoluiu tanto? A resposta está nas histórias e CÓDIGOS QUE IREI REVELAR A VOCÊ a partir de agora! Eu quero que você "SIGA NO CAMINHO CERTO!" E ROMPA com as AMARRAS QUE TE IMPEDEM DE VOAR PLENAMENTE. Obrigado por viajar comigo em um belíssimo voo panorâmico nas asas poderosas da Tecnologia da Informação! Seja bem-vindo! Aperte o cinto! E... boa viagem!!!
"Plenitude é guerrear pelo que almejamos, e ser o melhor que conquistamos."
Dudu Fagundes, o Maestro Das Ruas.
TODA MUDANÇA SURGE DE UMA NECESSIDADE e quando abri a porta da geladeira naquela manhã, só havia água quente, notei que até a luz tinha sido cortada..."
"... a executiva da Multinacional me ligou em tom de riso:
-Você já viu seu saldo bancário hoje?
Nunca havia visto tanto dinheiro na vida."
Entre essas duas informações há uma longa historia... vamos a ela!
Embora eu tenha um histórico como professor, as minhas aulas nunca foram muito convencionais. Como artista empírico, transformei a minha casa e a casa de muitos artistas da minha comunidade, uma das pobres do Rio de Janeiro, em poderosas oficinas de arte, cultura e esportes. Pessoas de todas as idade, que como nós viviam abaixo da linha de pobreza, tiveram a possibilidade de estudar cinema, música, teatro, artesanato, confecções de instrumentos, artes plásticas, capoeira e diversas outras modalidades artísticas e esportivas gratuitamente, a única exigência que fiz: "quem sabe mais, é obrigado a ensinar a quem sabe menos", e assim centenas de vidas foram totalmente transformadas por uma rede analógica de difusão de aprendizagem. Mas para chegar a esse ponto foram anos de uma batalha solitária, montado em uma bicicleta velha, pedalando pelos becos e vielas da comunidade de Senador Camará, o maior conjunto de favelas em extensão geográfica do Rio de Janeiro. Convencendo pessoas, batendo de porta em porta, clamando por socorro à minha gente pobre, corroída pelas mazelas oriundas da miséria e do descaso. Graças a Deus consegui! Transformei a minha favela numa enorme oficina de difusão de conhecimentos e transformação de vidas!
EM UMA MANHÃ DOS ANOS 90, abri a porta da geladeira e só havia água quente, notei que até a luz havia sido cortada. O olhar de reprovação do "Porf", meu cachorro "poodle" a reclamar sua comida sempre em falta, me dizia claramente que era hora de mudar. Ajoelhei-me no chão da sala e entre lágrimas, lambidas de carinho e de fome do meu pequeno cão, gritei aos céus o meu pedido mais sincero e desesperador:
-"Deus eu preciso de uma ideia!"
E o milagre aconteceu! Levantei-me imediatamente. Deixei meu cachorro na casa dos meus pais, pulei o muro da linha férrea, entrei de carona no primeiro trem e fui parar no centro metropolitano do Rio de Janeiro, bem na porta da Escola Nacional de Música da UFRJ, local onde os compositores registram suas composições. Dali em diante, passaria a escrever partituras musicais para os artistas das ruas, os que pudessem pagar ou não pelo meu serviço. Queria era construir uma enorme rede de relacionamentos. Passei seis meses sem conseguir um cliente, comendo o que conseguia pela rua, sem dinheiro para voltar para casa, sofrendo humilhações. Até que veio o primeiro cliente, Paulo Carnoth, um angolano fugindo da guerra civil que assolava seu país. Por incrível que pareça, ele estava em condições bem piores que as minhas, pois eu passava fome mas estava em meu país. Ele tentou arranjar trabalho, pediu ajuda a muita gente, mas nada conseguiu. Até ser ameaçado de expulsão do Brasil. Eu, que sempre vi na dificuldade uma oportunidade de crescimento, prometi que o sustentaria enquanto ele estivesse no meu País. O meu amigo angolano ficou extremamente grato e emocionado. Mas logo em seguida o pobre coitado tomou um enorme banho de água fria ao confessar-lhe também as minhas dificuldades. Só que ao invés de chorar, reclamar, se revoltar, nós fomos à luta! Passei a ensinar-lhe música, ambos sentados no meio da rua, invisíveis aos olhos da multidão de transeuntes do centro da cidade. Ele aprendeu muito rapidamente. O aconselhei a valorizar suas raízes e que compusesse algumas musicas em dialetos angolanos. Ele assim fez. Um dia liguei para um amigo que tinha um pequeno estúdio de música em um bairro muito distante do centro. Pedi-lhe que me emprestasse seu estúdio para gravar os sons do ex-soldado angolano. O amigo do estúdio me cedeu o espaço gratuitamente, mas só durante seu horário de almoço. Corri para lá com meu amigo angolano. Primeiro gravei suas trilhas de voz à capela, somente dentro do tempo e do tom de cada música. Depois toquei todos os instrumentos, mixei tudo rapidamente, a ponto de entregar o estúdio ao dono do espaço que acabara de chegar do almoço. Maravilha, estava pronto o Cd com o qual o meu querido irmão de Luanda iria galgar os degraus do mundo. Arrumei uma grana emprestada, fiz diversas cópias desse compacto e entreguei tudo nas mãos do novo artista. Não lhe pedi um centavo sequer, queria apenas que ele vendesse os cds de porta em porta e garantisse seu sustento na caríssima Babel carioca. Mas para o meu desespero, em poucos dias o pobre angolano desapareceu. Fiquei muitíssimo preocupado, fui em vão a todos os lugares a sua procura. Estava certo de que havia sido pego pelas autoridades e levado forçosamente para Angola, onde certamente morrera fuzilado por alguma milicia inimiga.
O tempo passou e um dia recebi noticias dele. O meu irmão de Luanda parecia ter ressurgido das cinzas, trazendo a força, a raça e o velho orgulho africano! A História que vou contar agora é realmente inacreditável. Com o dinheiro das vendas do Cd, ele foi parar na Inglaterra, onde conseguiu asilo político, apoio, respeito, dignidade, cidadania, se formou em uma das melhores universidades da Grã-Bretanha, casou-se com uma inglesa, teve dois filhos ingleses e é dono de um poderoso estúdio onde só produz música africana de raiz! Hoje quando vou a Londres, ele me recebe com uma super BMW maior que os banheiros da Escola Nacional de Música da UFRJ, local onde eramos proibidos de entrar nos anos em que vivíamos na rua. Quando desembarco no "Heathrow", o maior aeroporto de Londres, ele sempre me recebe em companhia de sua família, me abraça e diz:
-"irmão, venha morar cá na Inglaterra, eu quero fazer por ti somente a terça parte do que tu fizestes por mim." E eu sempre lhe agradeço por nossa irmandade que atravessa décadas. Mas amo viver no Brasil, onde tenho que comandar a minha empresa de artes, que começou em um velho banquinho no meio da rua e hoje conta mais de 45 mil clientes espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
A COMUNICAÇÃO SOCIAL É UM MOVIMENTO CONTÍNUO de evolução da espécie humana, alavancado por séculos de estudos, invenções e experimentos de diversas gerações. Pessoas comuns, que dedicaram suas breves existências a expansão das formas de comunicações. Uma cadeia evolutiva surgida das figuras pintadas nas paredes das cavernas pelos primórdios da humanidade, envolvendo pirâmides egípcias, que através dos tempos noticiam a honrosa forma de vida de seus Faraós, tornando suas existências bem mais elásticas, se perpetuando através dos séculos. Passando por estátuas gregas, que promovem junto à diversas gerações a beleza e a grandeza da cultura helênica. Pelos monumentos às conquistas e a hegemonia do império Romano. Pelas criações da imprensa, do telégrafo, do telefone, do rádio, da televisão. Chegando até a contemporaneidade marcada pela popularização avassaladora da internet, arrebatando bilhões de usuários em sua poderosa rede comunicacional. O jornalismo Colaborativo é fruto da inteligência coletiva, da horizontalidade das informações. Onde não há mais espaço para os pretensos professores de Deus, nem se faz mais necessária a figura centralizadora de um "Gatekeeper" (Guardião do Portal), paladino que decide se a informação deve ou não ser publicada de forma quase sempre hipodérmica e vertical a um público passivamente letárgico. A internet destrona também a figura "Real" do "Newsmaking" (o fazedor de Noticia), responsável por industrializar as informações cedidas pela realidade, transformando-as em notícia, a partir de análises que envolvem fatores como relevância do fato, influência, confiabilidade, contexto político, social ou mesmo se este está de acordo com o "Canon" da empresa jornalistica.
O Jornalismo Colaborativo é o ápice da evolução da comunicação social, catapultado pela avassaladora expansão das comunicações através das redes sociais. Redes sociais que sempre foram fundamentais à sobrevivência humana, originadas ainda em seus grupos tribais, potencializadas pelo advento da internet, aparato de comunicação estratégica criada pelo governo Norte Americano durante a guerra fria, afim de preservar as comunicações caso os Estados Unidos fossem atacados. A internet trouxe ao mundo uma disrupção, a tão sonhada liberdade de expressão e a consequente hecatombe das grande oligarquias midiáticas de Jornais, Rádios e Tvs, antes protegidas por altos custos de produção. No Brasil, onde apenas onze famílias comandam as principais corporações midiáticas através de concessões do governo e juntas decidem o que o restante do povo deve ver e ouvir na grande mídia convencional, a internet trouxe a desconstrução, a ruptura, a mudança de eixo e a quebra de paradigmas. Hoje, um público cada vez mais ativo escolhe a hora de ver o jornal, um advento repentino que provoca grande crise no setor televisivo, as emissoras não estavam preparadas para esse enorme deslocamento de audiência. A internet está para a pós-modernidade o que a imprensa esteve para idade média. É a luz do conhecimento, da difusão da informação, da liberdade de expressão que mais uma vez liberta o ser humano das trevas da ignorância.
UM DIA RESOLVI FAZER UM FILME sobre os compositores das ruas e suas incríveis histórias de vida. Entre a concepção da ideia e a finalização do longa, passaram-se oito anos. Depois do filme pronto, reuni mais de 150 participantes e prometi que iriamos participar do FESTIN (Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa) em Lisboa, o maior festival lusófono do planeta. Logo em seguida enviei o nosso material com o seguinte e-mail para a direção do festival:
"Queridos companheiros de língua e de artes. É com muito orgulho que venho solicitar a inscrição do filme " O Maestro das Ruas, Um Mergulho Na Alma Brasileira" neste grandioso evento de celebração de nossa língua e de nossas imagens. Estou enviando-lhes também os dvs e a ficha de inscrição via correio. Desculpem, mas só ficamos sabendo deste magnífico festival hoje, através de uma amiga que visitou Lisboa. Um forte abraço e sucesso para todos nós irmanados por nossas histórias e nossa amada língua portuguesa. Atenciosamente: Dudu Fagundes."
Sem receber resposta do primeiro email, enviei-lhes um segundo:
"Caros companheiros, organizadores do FESTIN, saudações. Se possível for, nós compositores das ruas do Rio de Janeiro, gostaríamos de saber detalhes sobre o honroso festival que acontecerá... e se já existe confirmação da exibição do filme "O MAESTRO DAS RUAS, UM MERGULHO NA ALMA BRASILEIRA". Certo do apreço de todos vocês, subscrevemos em nome de nossa parceria inter-continental, embasada por nossa arte e nossa língua. Atenciosamente: Dudu Fagundes, O Maestro das Ruas do Brasil, vosso irmão."
Dessa vez a resposta veio rápida, porém mais fria que um iceberg:
"Caros. Lamentamos informar que não foram selecionados para participar da competição do 3º FESTin. Esperamos poder contar com vocês em outra oportunidade e agradecemos ter inscrito seu filme no nosso festival."
Aprendi na prática o que é gerenciamento de crise. Como passar essa terrível informação para uma enorme quantidade de pessoas repletas de sonhos e expectativas de terem parte de seus trabalhos e de suas vidas exibidas na grande tela de cinema européia? Como lhes informar que o nosso trabalho de oito anos de dedicação extrema fora recusado pelo festival de Língua Portuguesa mais importante do planeta? Entre o burburinho da enorme massa de artistas a minha volta, ávida por saber a resposta dos europeus, escrevi novamente à direção do FESTIN palavras ditadas pelo âmago da minha alma verde e amarela:
"Nós, compositores das ruas do Brasil, pequenos e anônimos, infelizmente já nos acostumamos com o descaso a que somos submetidos por parte das estruturas que monopolizam a arte e a cultura do nosso país. Infelizmente esperávamos que a organização do FESTIN nos concedesse melhor êxito. Desde já lhes agradecemos pela indescritível alegria nutrida em nossos corações pela ilusão de participação em tão grandioso evento. Aproveitamos também para expressar os nossos mais sinceros pedidos de desculpas por lhes apresentar uma obra realizada sem grandes recursos técnico e financeiro. Feita por pessoas moradoras dos morros, das favelas e das ruas do Brasil. Outras muitas já falecidas que possuem seus registros artísticos somente neste humilde emaranhado de imagens trêmulas e amadoras de pretensões cinematográficas. Desejamos sucesso ao FESTIN e torcemos para que, além de um respeitável festival de cinema do primeiro mundo, seja um festival que primeiro respeite o cinema de todo o mundo. Atenciosamente, Dudu Fagundes, O Maestro das Ruas e quarenta e cinco mil compositores das ruas do Brasil."
A magnífica e emocionante resposta da direção do Festin nos fez reunir no centro do Rio de Janeiro em uma batucada que varou a noite:
"Caros compositores de rua. A direção do FESTin ficou tocada com o email de vocês, porque essa é a filosofia do nosso festival. Por isso decidimos fazer um esforço e aumentar o espaço de exibição do Festival para passar o filme de vocês... Vale a pena lutar por causas justas. PARABÉNS!!!"
Nossa resposta enviada em meio a uma descomunal batucada:
"Caros companheiros organizadores do FESTIN, saudações. É com enorme prazer que nós, compositores das ruas do Brasil, recebemos vossa revigorante mensagem. Resolvemos nos reunir para comemorar tão grande benção! Participar da terceira edição do FESTIN é um evento sem precedentes em nossa história! Agradecemos tão magnífica consideração. Nutrimos por todos vós o mais profundo respeito... fazemos votos de bem aventurança a todos vós, que com tão emocionante gesto, mais uma vez revelam toda a generosidade e grandeza de vossos espíritos artísticos.
Atenciosamente, Dudu Fagundes, O Maestro das Ruas e quarenta e cinco mil compositores das ruas do Brasil."
No mês seguinte desembarcávamos em Portugal com nossa estrondosa batucada carioca nas terras do fado. A crítica estrangeira teceu grandes elogios ao nosso filme. Diversas entrevistas e reportagens sobre o nosso projeto ganharam o mundo. Acabamos por gravar um Cd unindo sons de todos os países de língua portuguesa. Eu, o proutor Internacional Téo Lima e os meus parceiros de sonhos inusitados Washington Machado, Manuel Menezaes, Raulzito e Jorge professor, fomos imediatamente contratados pela WARNER. Hoje vivo entre Brasil e Portugal.
A COMUNICAÇÃO É DESENVOLVIDA DIA APÓS DIA em um processo de aprendizagem sem fim. As crianças possuem um pequeno repertório de palavras, e precisam contar com o apoio e a condescendência dos adultos em estímulos que fazem com que sua capacidade de conversação se amplie com o passar dos anos. Quando atinge a idade adulta, o ser humano é capaz de formar e externar seus pensamentos através de uma infinidade de expressões, fazendo com que sua mensagem seja plenamente compreendida. As redes sociais pessoais se originam no núcleo familiar, se desenvolvem entre grupos afins como escola, trabalho, clube, igreja, etc. A internet potencializa essa relação, ampliando seu canal de diálogo e convivência interativa, fazendo com que cada indivíduo seja ao mesmo tempo emissor e receptor de informações. Ao transmitir suas informações em rede, fazendo com que esta possa chegar a um número inimaginável de pessoas, ele assume um papel colaborativista no ambiente comunicacional, independente de sua classe social, econômica ou cultural. Assim surge a figura central da nova era da comunicação social, o "Jornalista Colaborativo." Um ator social cujo ofício dispensa a instrução acadêmica, cuja especialização se dá na prática da difusão dos diversos fatos na esfera interativa. O jornalismo colaborativo, embora exerça um papel vital de cooperação com as tradicionais corporações jornalísticas, é totalmente autônomo, isento e independente, assumindo muitas vezes uma eficiência ainda maior que as mídias corporativas ao difundir uma variada gama de conteúdos permanentemente em todos os ambientes virtuais da comunicação. Diga-se de passagem, as grandes corporações midiáticas, que ainda engatinham nesse novo processo comunicacional, sabem que precisam correr contra o tempo nesse enorme êxodo rumo a internet, a Canaã virtual, a profética terra prometida de Andy warhol, o Papa da Cultura Pop, que há décadas pressagiou um futuro predominado pela irremediável alteração de padrões que propiciariam a consequente ascensão à fama do cidadão comum.
UM JOVEM MUITO TALENTOSO, que sempre vinha escrever as partituras de suas canções comigo, era também muito pobre. Eu vendo as suas necessidades, além de não lhe cobrar pelos serviços prestados, ainda lhe dava o dinheiro da passagem para que ele pudesse voltar para casa. Essa situação desconfortável despertou no rapaz uma incrível vontade de vencer. Ele se transmutou em um rio, cujas barreiras o transforma em uma poderosa hidrelétrica. Um dia esse rapaz me procurou com um embrulho de presente. Com os olhos lacrimejantes, colocou-o cuidadosamente em minha mãos e disse:
"-Hoje eu realizei um sonho que eu nutri durante muitos anos: retribuir um pouco do bem que você me fez."
Era uma considerável soma de dinheiro. No dia seguinte eu e todo o país balançávamos entusiasmados ao som de um estrondoso "hit" cantado por ele ao lado do Rei Roberto Carlos:
"Se Ela Dança, Eu Danço!"
O nome dele é Mc. Léozinho.
A CRISE NÃO É RELEVANTE, relevante é como você se porta diante dela e onde você quer estar quando ela passar. Quanto maior os desafios, maior deve ser a sua resposta a eles. Aprenda a crescer ante a estagnação e descrença coletiva, isso é o que separa o amador do profissional. Aprenda com os erros, eles nos obrigam a mudar as estratégias, nos arrancando da zona de conforto. Não dê ouvidos aos pessimistas, se empenhe com o máximo de otimismo. A evolução é um processo contínuo e quem não se expande, encolhe. Mire alto, ouse, seja curioso, paciente, experimente várias ideias, capture o momento, busque valores, estudos, estratégias, antecipe-se à necessidade, seja um profissional de excelência, sócio majoritário da sua própria existência. Desenvolva conceitos humanísticos, emotivos, com identidade própria, que você mesmo compartilharia, sem truques, sem mágicas, acompanhe e analise quais conteúdos estão tendo mais aceitação entre os leitores, trabalhe a capacidade de analisar em tempo real os eventos ainda em curso, atente para os "feedbacks" da comunidade em torno da sua publicação, rastreando seus atributos e defeitos. Crie canais de comunicação personalizada objetivando atingir um público amplamente diferenciado, compartilhando exatamente o que as pessoas querem. Crie conexões, é fundamental a manutenção de um canal de dialogo com as pessoas. Sabendo que nesse ambiente, o sucesso está diretamente ligado a um processo de indicação entre pessoas, a chamada propaganda boca a boca. Seja estratégico, desenvolva um manual para um possível gerenciamento de crise. São alguns dos segredos do sucesso, os pilares de sobrevivência do indivíduo pós-moderno conectado em rede.
MUDAR É CUSTOSO, NÃO MUDAR É LETAL. Não há escolha se devemos ou não utilizar as mídias sociais, a questão é de que forma vamos utilizá-las. Na internet circulam hoje mais de 200 milhões de Blogs e 34% deles publicam opiniões sobre marcas e produtos. 78% dos consumidores confiam nas recomendações de seus pares, e somente 14% confiam em anúncios. Somente 18% das campanhas de Tvs tradicionais geram retorno positivo e 24 dos 25 maiores jornais do mundo estão vivenciando um declínio de circulação recorde. O Jornal norte-americano Washington Post, um dos mais respeitados do mundo, fundado em 1877, responsável pela investigação do escândalo "Watergate" que levou a renúncia do presidente Nixon, foi vendido por 250 milhões de dólares. Enquanto o "WhatsApp" com apenas 5 anos, foi negociado por 19 bilhões de dólares.
Hoje em dia quem tem a informação, um celular na mão e uma ideia na cabeça, tem o poder. Mais leves, com mais qualidade e facilidade de edição, os "smartphones" contribuem para a consolidação da era da inteligência coletiva propiciada pela propagação da internet, que distribui as mensagens de forma igualitária no âmbito da ecologia comunicacional. Hoje a publicação da receita de família de uma dona de casa em uma rede social, tem a mesma ou maior relevância que um discurso feito por um presidente da república transmitido pela grande mídia tradicional. Mas como nem tudo são flores no ambiente da comunicação, havemos de tomar bastante cuidado com a gestão das informações para não nos prendermos no emaranhado de armadilhas dessa poderosíssima Rede. Sobre tudo no que tange a liberdade de expressão. Muitos se enganam ao achar que por estarem aparentemente protegidos pelas paredes invisíveis do ambiente virtual, podem abusar desse direito. Ledo engando, o universo "online" está sujeito as mesmas leis da vida "off-line." O ataque é um veneno, e só funciona se você o tomar. Por isso pense muito bem antes de publicar conteúdos em rede. Falar difícil pode parecer soberba. Haja sempre de forma simples, responsável, gentil, objetiva, econômica nos textos, essencial nas imagens. Em comunicação, o menos significa mais. Jamais entre em conflitos desnecessários, pois você pode criar inimigos invisíveis nesse vultuoso ambiente comunicacional. Qualquer pessoa ou empresa que se sentir vitimada, atacada, denegrida, insultada ou difamada por qualquer internauta, pode mover uma ação na justiça contra o ofensor. Basta somente ir a um Cartório notarial, abrir todos os links com as postagens onde constam as injurias, autenticá-las em ata notarial, ir a uma delegacia registrar um Boletim de ocorrência e entrar com um Processo Judicial. A internet é como o fogo e água, ambos vitais à existência humana, mas se não houver um rígido cuidado pode nos queimar ou mesmo nos afogar facilmente.
FUI ABORDADO POR UMA PROMOTORA DE VENDAS CARTÕES DE CRÉDITOS, um dia em que eu caminhava apressadamente pelo corredor da universidade. Diversas jovens, também promotoras de vendas dessa famosa empresa, sorriam e bordavam os transeuntes euforicamente em seus uniformes coloridos. Uma dessas jovens me interceptou, me oferecendo seu serviço. Quando pensava numa forma de me esquivar daquela situação, notei que seus olhos lacrimejavam. Sentamos juntos em um canto afastado do grupo. Ela me disse que seria demitida no dia seguinte e estava muito assustada, pois o seu marido também estava desempregado e ela era quem sustentava sua família. Contei-lhe um pouco da minha vida de lutas e vitórias. Como até meus 30 anos, ainda vivia abaixo da linha da miséria. Disse que ela, como eu, deveria aproveitar a crise para crescer. Perguntei sobre o que ela realmente gostava de fazer. Sua resposta foi surpreendente:
-Pão.
Então lhe disse que com a pequena indenização que receberia, deveria fazer uma roupa de padeira estilizada, comprar uma cestinha de pães, ingredientes e oferecer pães gratuitamente por toda sua vizinhança. Aqueles que gostassem, encomendariam seus pães pagando um preço justo por eles. Em seguida trocamos telefones e nos despedimos. Poucos anos depois, ela e o marido me ligaram entusiasmadamente. Acabavam de inaugurar sua terceira padaria.
O BRASIL É UM PAÍS MUITO NOVO e ainda há muito o que se avançar em comparação a Europa, que já possuía leis que garantiam a liberdade de imprensa, quando nós brasileiros ainda vivíamos a barbárie da escravidão. Enquanto os irmãos Lummièr criavam na França as imagens em movimento que dariam origem ao cinema e os profissionais já decupavam planos sequência com câmera na mão dando maior verossímil a cena, nós fazíamos a bestial revolta contra Oswaldo Cruz e suas vacinas que aniquilariam a epidemia de febre amarela. Mas a internet trouxe a tão sonhada luz no fim do túnel e nos colocou em pé de igualdade com o restante do planeta. As gerações analógicas dão lugar as digitais, que surgem dominando vorazmente uma quantidade impensável de informações, numa evolução diária, numa revolução avassaladora através das novas ferramentas tecnológicas. Hoje, qualquer adolescente em diálogo com essa cultura high-tech, tem muito mais informações que qualquer imperador romano. Mesmo Júlio Cesar, criador do primeiro jornal que se tem notícia, a Ácta Diurna fundada no ano 59 A/C. Que consistia em grandes painéis estilo outdoor, colocados nos centros movimentados de Roma, onde os correspondentes imperiais que colhiam notícias de todos os confins do império, as publicava para que toda a população tivesse acesso as informações atualizadas diariamente. Embora bastante tendenciosas pois nunca publicavam nada contra o Imperador, seus aliados e sobre derrotas do exercito, as notícias da Acta Diurna eram vinculadas de forma gratuita.
UMA DAS QUESTÕES PRIMORDIAIS NO JORNALISMO COLABORATIVO e que é tão importante quanto o fato em si, é a investigação relacionada a sua veracidade. As mídias tradicionais durante séculos ergueram e destruíram coisas belas por falta de um conhecimento mais aprofundado do verossímil das informações cedidas pela sociedade. O tempo provou que pessoas inocentes foram execradas da vida social, enquanto bandidos eram tidos como heróis. Checar as informações antes de repassá-las ao público é vital para a manutenção positiva dessa incrível ferramenta que contribui significativamente para evolução comunicacional da espécie humana.
O SEGREDO É AJUDAR AS PESSOAS, elas se transformam em uma multidão de aliados agradecidos. No meu caso, essas pessoas passaram a procurar frequentemente os jornais impressos, as emissoras de rádio, Tvs para que divulgassem os meus múltiplos trabalhos. Em uma única semana recebi as equipes da Tv Record, Bandeirantes, Tve, Cnt, Sbt, Jornal do Brasil, além do pessoal do rádio se acotovelando para me entrevistarem. E essas entrevistas percorreram rapidamente o Brasil e o mundo.
Numa tarde quatro homens com malas e outras bagagens, me procuraram. Ouviram diversas pessoas dizendo nas Tvs e rádios o quanto eu as tinha ajudado. E o quarteto decidiu se alojar na minha casa. Um deles era o Francisco, morador de Camamu, interior da Bahia. Vendeu seus cabritos e comprou passagens só de vinda para o Rio de Janeiro. Seu sonho era gravar um Cd com as suas músicas. Um outro era o Adão, morador de Niterói. Ele havia tido um caso com a mulher de um valentão e estava com medo de ser morto pelo marido traído... e como eu era uma figura que as pessoas respeitavam, ao meu lado se sentia seguro. Os outros dois homens, Zé Martins e Lalinha, formavam uma dupla musical vinda do Espirito Santo de carona nas boleias de muitos caminhões com o intuito de viver de sua música na cidade maravilhosa.
Tive que pensar e agir rápido! Em primeiro lugar convenci Adão, o trêmulo Ricardão de araque a comprar uma boa quantidade de comida, voltar para casa e se trancar por algum tempo, até que a poeira abaixasse. Deixei com ele meu número de telefone e, caso o valentão aparecesse, eu iria até lá resolver a questão levando meu cachorro (só não disse que era um Poodle). Em seguida paguei uns dias em uma pensão para Francisco, o rapaz de Camamu, para pudesse se alojar com uma certa comodidade. Por último fui para o Largo da Carioca com a dupla de artistas do Espirito Santo, Zé Martins e Lalinha fazer show para uma platéia entusiasmada que contribuiu muito generosamente com muitas notas e moedas já nessa primeira apresentação. Aproveitei a enorme multidão formada à nossa volta e anunciei que os talentosos rapazes eram solteiros e estavam querendo "namorar sério." Resultado, os dois passaram a fazer do Largo da Carioca seu palco de apresentações diárias. A noite descansavam na casa de suas namoradas advindas da minha sacada "cupidesca." Mas faltava resolver o problema do Francisco, o jovem sonhador de Camamu que estava na pensão. Dias depois conheci seu trabalho. Gostei das músicas, mas a voz precisou ser trabalhada por um professor de canto que contratei. O cara deixou a voz do Francisco parecidíssima com a do Caetano Veloso. Escrevi suas partituras, paguei seus registros e produzi seu cd, que foi vendido feito água fresca no deserto. Ele voltou para Camamu com os bolsos cheios de dinheiro, comprou uma enorme quantidades de cabritos e hoje é conhecido como o Rei da chibarrada de Camamu (chibarrada é o coletivo de cabritos). Depois dessas e muitas outras histórias, eu corro mais de entrevistas, que o diabo da cruz.
HOJE NÓS NÃO PROCURAMOS MAIS NOTÍCIAS, serviços e produtos, eles nos encontraram através das mídias sociais. A internet é a terra prometida, onde mana leite e mel para os que saem à frente e se atiraram sem medo nesse enorme labirinto ainda obscuro, de conhecimentos e possibilidades ilimitadas. Os empreendedores interativos de hoje são como os grandes navegadores que se atiraram ao mar com a premissa de que "navegar é preciso, viver não é preciso", obtendo assim grandes vantagens, abocanhando as melhores partes de um enorme quinhão.
Para termos uma ideia da descomunal fertilidade dessa terra virtual em que pisamos atualmente: para atingir 50 milhões de usuários, o radio demorou 38 anos, a televisão 13 anos. O Facebook, que foi criado para os alunos da universidade de Harvard que só podiam usá-lo depois dos 13 anos de idade, adicionou 200 milhões de usuários em 1 ano. O "Dowloud" de aplicações para "iPOD" atingiu 1 bilhão em 9 meses. O "facebook" é a rede social mais popular do planeta, 80% dos jovens brasileiros se informam por ele, que tem 60 milhões de status atualizados diariamente. Já ultrapassou o "google" em tráfico semanal. Se ele fosse um país, seria o 3º maior do mundo, ficando atrás somente da China e da índia. O seu segmento de usuários que cresce mais rapidamente é o de mulheres entre 50 e 65 anos. 96% dos jovens do planeta com idades entre 18 e 35 anos, os chamados "millennials" ou Geração Y, participam das redes de mídias sociais, que já superaram a industria da pornografia. Um estudo do departamento de Educação Norte Americano mostrou que estudantes online tem mais sucesso que os que recebem instruções pessoalmente. O youtube é o segundo maior site de buscas do mundo, a cada minuto, 24 horas de vídeo são carregadas em sua página. 76% dos internautas acessam as mídias digitais todos os dias e navegam 5 horas em média. Vivemos um marco divisório na História das comunicações.
A vida me deu um grande presente: quando eu era criança e morava em uma comunidade muito pobre no Rio de Janeiro, meu sonho era estudar música. Mas como meus pais não tinham como pagar um curso de música, procurei um maestro que dava aulas em um bairro próximo. Contei-lhe minha história de dificuldades, ele resolveu me dar aulas de graça. Depois de anos sem vê-lo, o reencontrei. Ele está cego e buscava alguém que escrevesse as partituras de suas músicas. Eu as escrevi. Na hora de me pagar pelo serviço eu lhe disse: "já está pago, eu sou aquele garoto da favela a quem você ensinou a escrever partituras musicais de graça." Ambos choramos muito. Agora vou produzir seu cd e dvd.
É UM ENORME ERRO UTILIZAR AS REDES SOCIAIS PARA VENDER PRODUTOS OU SERVIÇOS, enviar uma infinidade de spans que poluem as lixeiras, desgastam sua imagem e, o que é ainda pior, pedir para que os outros o ajudem a fazer sua divulgação. As pessoas se conectam em rede a procura de interação, utilidades, diversão, encorajamento. Busque primeiro solidificar sua marca, seu produto, associando-os a causas nobres. Oferecendo dicas e ajudas relacionadas ao seu ramo de atuação, até mesmo de forma gratuita, tornando-se referência para um enorme público satisfeito, que não hesitará em indicá-lo a outras pessoas. O novo vem! E quanto mais conhecimento adquirirmos, melhor. Nesse gigantesco temporal de informações, os que nadarem primeiro terão melhores condições de sobrevivência. Mas você não precisa se preocupar em investir na parte tecnológica da internet, isso os Norte Americanos do Vale do Silício na Califórnia, região onde as grandes empresas de tecnologia foram implantadas na década de 50, fazem por nós. Precisamos nos capacitar naquilo que acreditamos, que nos dá prazer, esse é o melhor investimento. Não importa em que tipo de negócio a pessoa esteja envolvida, sem a internet ela está morta social e economicamente. É fundamental transmitir suas ideias de forma adequada a cada público, almejado angariar em sua rede o máximo de pessoas com gostos afins. Desenvolver habilidades de lidar com o ser humano passa por uma engrenagem além da lógica, é um aprendizado constante que envolve suas emoções, seus orgulhos, suas vaidades. Hoje, os profissionais que trabalham com comunicação social, estão entre os mais bem sucedidos do mundo. Mas nesse universo paralelo onde o tempo e dinheiro caminham lado a lado, quem investe errado, não só perde o que investiu, mas também o que deixou de ganhar por conta do erro, tendo que arrumar tempo e dinheiro para fazer tudo de novo. A fragmentação do ser, do tempo e do espaço permitem que uma mensagem chegue a qualquer lugar, a qualquer instante, levando as mais variadas informações, transformando um enorme grupo de seguidores afins, em um incomensurável batalhão de difusores de matérias. Com disciplina, racionalidade e dedicação, podemos trabalhar de forma bem-sucedida em qualquer lugar, com as informações que chegam a todo tempo e de todos os recantos do planeta. Mas precisamos filtrá-las e condensá-las em conteúdos palatáveis. Pensar estrategicamente a forma de comunicação com nosso público, buscando o máximo de informações sobre tudo o que orbita em seu entorno. Há um desejo latente por grandes reportagens nas mídias sociais, um apetite voraz e insaciável por informações, diversões, entretenimento, estudos, aprendizagem, passa tempo. As plataformas de distribuição são veículos fantásticos e precisam de conteúdo para suprir a enorme lacuna gerada pela decadência acelerada da grande mídia tradicional de rádios, Tvs e jornais impressos. Hoje é aquele amanhã com o qual tanto sonhávamos, por tanto vamos à rede! Nessa navegação vai mais longe quem não teme se arriscar, mesmo que seja "COMEÇANDO DO ZERO.
Dudu Fagundes, o Maestro das Ruas.
Não seja meiocre, faça o seu melhor, enquanto não se tem condinção de fazer melhor ainda.
Mario Quintana: o que vale é o trajeto. Nem o início, nem o fim.
Albert Shuaiz, fez medicina após os 30 anos e foi viver 50 no Gabão. Ele disse: a trajédia não é quando um homem morre, mas o que morre dentro do homem enquanto está vivo.
François hamellet: conheço muitos que não puderam quando deviam porque não quiseram quando podia.
Entre nossa primeira inspiração e nossa última expiração, há uma vida.
Em 75 anos comemos 42 toneladas
Chico Xavier, embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, podemos fazer um novo fim.
São Benedito: é proibido resmungar.
Americano: I will do my best.
As pessoas na hora da morte, querem sempre fazer o que não fizeram de bem.
Os Árabes dizem: vida longa e morte rápida.