Do Rupestre ao Papiro

Do rupestre ao papiro.

Nos primórdios da dialética não se escrevia as ideias, verbalizava caminhando como forma mecânica de assimilação e convencimento do dialogo.

Com o advento da escrita, o caminhar deixou de ser uma técnica peripatética para ser assentada e manuscrita. Assim tornou-se um habito escrever, de expor as ideias. Sem preconceito nem censura do pensamento. Assim vamos colocando uma a uma no papel e corrigi-las. Podendo compartilhar nossas ideias com leitor. Independentemente de o tema ser polemico ou não. Provocamos o contraditório com as ideias contrarias. Ao final do trabalho lemos algo inacreditável de nossa autoria. Porque a mente disserta a vivencia subliminar da nossa vida. Ficamos numa psicografia de autor desconhecido pela nossa experiência. Portanto quanto mais vivemos mais ideias surgem na dissertação. Podemos, às vezes, não concordar com o que escrevemos, mas só o tempo aprovará. Tudo que fazemos ou pensamos são ações e reações da nossa existência. Por vezes carecemos de uma pausa, hibernar as ideias, surgindo à inspiração. No contraponto ficam as nossas lembranças provocando uma exposição de ideias. Assim nasce a maiêutica do escritor, compositor, narrador, em fim a hermenêutica.

Feliz daquele que consegue harmonizar sua inspiração com o cotidiano automático, repetitivo, inoperante da escrita, em tempo real.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 10/02/2019
Código do texto: T6571802
Classificação de conteúdo: seguro