Não eu... o outro cara que morreu
A vida inteira passou diante dos meus olhos
Não a minha e sim a de outro cara que morreu.
Só estava vivo o que era sombra
Que veio me saudar e logo desapareceu.
E o fantasma do natal passado desconhece seu domínio
Achando que o mundo inteiro é sempre seu
Os devaneios dos fracassos se apresentam
Como se tudo fosse mérito e diversão
Como se tudo não tivesse sido mágoa
O passado ecoa interessante, te puxa a cada instante
Mas ele habita em um poço fundo e negro
Mais profundo que teus olhos, mas vazio que teu sorriso
Mais frio que o teu ser.
E o passado que impacta meu semblante
Me persegue todo instante
Para ver se eu lembro de você.
Assim conseguiu matar um outro cara
E também me quer na vala mas o que eu quero é viver.