O MUNDO DESCRITO POR IDIOTAS
Não se deixe influenciar por uma descrição estupida de gente medíocre ao seu respeito!
*Por Antônio F. Bispo
Para descrevermos algo de modo fidedigno, além da neutralidade na descrição, se faz necessário também do observador um bom funcionamento dos seus sentidos e um vasto vocabulário, não valendo-se apenas do seu usual no dia a dia, mas também em alguns casos de um vocabulário técnico, para que o objeto descrito tome forma na mente daquele que recebe a descrição seja ela escrita ou audiovisual.
Quem falha ou tem intentos malignos ao descrever o outro, pode estar criando uma série de “demônios” com os quais terá de lutar depois, sem mencionar o fato que o mesmo indivíduo deixa transparecer também um pouco de sua própria personalidade.
Pessoas de mente pobre ou cujo arcabouço de palavras girem somente em torno de conceitos religiosos como certo/errado, bom/ruim, coisa de deus ou obra do diabo, jamais poderão descrever de modo honesto a pluralidade de cores, formas e gostos desse vasto planeta, nem tão pouco poderão retratar de modo justo a personalidade de outra pessoa que não aceite ou não concorde com o seu ponto de vista, seja essa qual for.
Por incrível que pareça, são justamente pessoas que mal sabem descrever o que estão sentindo no momento que procuram fazer uma descrição ao seu respeito que não confere com a sua personalidade ou sua realidade de vida, e estes mesmos querem que você “use” ou adote aquela descrição que fora criada por eles, para que seus intentos macabros não sejam desmentidos. Ter o controle da vida alheia por meio do verbo é o desejo mais profundo de toda criatura ainda não evoluída. Conhecer a si mesmo e as causas que influem suas próprias emoções podem ser os primeiros passos para que o desejo absurdo de controlar a vida dos outros se desvie de ti. Usar a lógica também ajuda muito.
Podemos ser muito mais que rótulos ou descrições baratas que pessoas vazias fazem ao nosso respeito. Se desejas por exemplo ter um mentor, um espelho ou alguém que pessoa usar como norte, que este seja pelo menos um pouco superior em algo a ti, ou que tenha alguma habilidade desejável. Deixar-se guiar por alguém mais que parece um retardo, esquizofrênico ou paranoico pode ter trazer sérias consequências para o seu dia a dia e algumas delas irreversíveis.
Imagine então a seguinte cena: um cego tentado descrever para outro cego, as variadas formas do relevo e depressões do Grande Canyon, ou as diferentes tonalidades de cores do céu ao entardecer em dias de verão em um campo aberto, ou ainda quem sabe tentando descrever as cores de uma pintura feita no modo aquarela para outro cego de nascença. Isso seria praticamente impossível e incoerente, pois se é possível até descrever a forma daquilo que estar ao alcance das mãos, mas a descrição de cores depende da incidência da luz sob o obturador, nesse caso o olho de quem vê. Para esses caso, seria praticamente impossível uma fiel descrição e se o tentassem seria falho nesse ato.
Assim também é o modo como muitos pessoas descrevem as outras. Pior ainda é quando tais descrições que não correspondem ao que somos, passam a influenciar nosso comportamento atual ou o que seremos no futuro e passamos a viver um vida que não é nossa só por que alguém “desenhou”, ou passamos a viver sob tensão, vigiados e descritos por olhares de gente doida, que se deliciam quando percebem que o que elas dizem ao nosso respeito influenciam o mundo ao nosso redor.
Você não precisa ser como um ator de novela, que tem de seguir um script pré-programado, ou se adequar a um novo roteiro cada vez que a audiência não esteja aprovando seu desempenho. Na vida real, as coisas são diferentes e adotar certos tipos de comportamento para agradar a uma determinada plateia implica em vivermos uma vida que não é nossa. Uma vida vazia, eu diria.
Nessa última frase não estou me referindo a crianças ou adolescentes que estão ainda em processo de formação de caráter e personalidade. É normal que haja declives e aclives em seu comportamento até que eles “se encontrem”, podendo mudar de comportamento “do dia para a noite” em certos casos. Me refiro nesse texto a gente adulta, já crescida e vivida que se deixa guiar por palavras soltas ao vento, ditas por gente desocupada ou mexeriqueiras.
Gente inteligente e evoluída prefere debater ou comentar sobre ideias e essas por sua vez aumentam cada vez mais sua capacidade do intelecto bem como constrói no que argumenta no mesmo nível, um processo mútuo de crescimento.
Pessoas pobres e mesquinha passam horas, dias e anos inteiros debatendo e comentando sobre a vida dos outros, inventando qualidades depreciativas para estes ou endeusando qualidades que a mídia ou o senso religioso comum os ensinou a cultuar. Dificilmente os tais tem ideias próprias acerca de algo, usam sempre chavões ou frases de efeitos para retratar o mundo ao redor de si e recusam tudo que for dito contrário a isso. São mestres na arte de construir adjetivos pejorativos e são esses também responsáveis pela grande produção e consumo da baixa qualidade de certos produtos culturais fabricados e consumidos em larga escala em vários locais.
Debater ideias e debater sobre a vida pessoal de outrem são coisas totalmente diferentes. O tolo tem a falsa impressão de que pelo fato de viver a inventar ou comentar características surreais ou defeituosas para a vida de outrem, tem ou terá o domínio sobre a vida deste.
Puro engano, pois não há cercas ou prisões que detenham uma alma livre ou uma mente em constante processo de evolução. Podem até conter por um tempo, mas como um rio que corre, se for represado totalmente, irá crescer e se tornar tão pesado que destruirá a própria represa que o reteve, voltando a seguir seu curso natural.
Na vida, todos nós podemos sofrer com descrições inapropriada ao nosso respeito por gente maligna e de espírito sombrio. Um conjugue doente de ciúmes por exemplo, por colocar várias pessoas de duas famílias diferentes em situações de conflito constante além de várias outras pessoas ao redor por tentar retratar no seu parceiro aquilo que interiormente este o é, ou poderia ser se tivesse chance.
Uma pessoa de bem pode ser julgada moralmente de forma errada pela sociedade devido a descrição incoerente de um acusador a uma autoridade civil em exercício de função se esse também se deixar influenciar por trejeitos peculiares a esse tipo de gente que sabem simular choro, tristeza e cara de coitado com muita facilidade e com isso convencem a muitos de que estão falando a verdade.
Inclusive nesses termos, vemos constantemente sentenças judiciais sendo aplicadas injustamente, devido a uma falsa descrição de algo que nunca existiu, feita ou auxiliadas algumas vezes por um profissional da área de direito contra alguém ou uma empresa. Empresas de seguros e financeiras de créditos, bens ou serviços, são as principais vítimas desse tipo de gente, que após contratarem um serviço, adquirirem um produto ou linha de crédito, dizem que nunca estiveram naquele ambiente, que nunca assinaram nada ou que nunca fizeram uso daquele serviço (ou produto) e em outros casos dizem que não sabiam o que estavam assinando e foi induzido ao erro (como alguém procura uma instituição de crédito para solicitar dinheiro emprestado e não sabe que estar assinando uma cédula de compromisso de dívida?).
Alguns destes são tão caras de pau, que chegam a ir para audiência de contestação de posse justamente do objeto qual eles alegam não terem financiado, sem sentirem culpa ou remoço algum. Vale lembrar que praticamente todos eles se dizem cristãos e pessoas cheias de deus apesar de atitudes como essas.
A descrição que fazem de si para si ou para outros ao redor, é que foram injustiçados e estão ali para exigirem justiça...Uma linha quase invisível entre a bandidagem e a loucura transita no caráter auto descritivo deste tipo de gente, como se vivessem em dois mundos simultaneamente.
Diariamente em várias comarcas de justiça de todos os cantos desse país, dezenas de casos como esses são dado entrada por pessoa de má fé, que exigem que justiça seja feita por um dano que nunca sofreram, criando realidades paralelas para inserirem outras pessoas nesta realidade e enquanto tentam deixar insalubre a vida destes, assim como é a do que cria tais casos.
Em ações como essas, todo o comércio sofre, pois as empresas se tornam mais rígidas em seus critérios de avaliações para fornecimento de produtos ou prestação de serviços e passam a rejeitar propostas de gente honestas ou aumentar as taxas de juros e de logística numa determinada região para compensar as perdas em outras ou naquela mesma.
Épocas de campanhas eleitorais por exemplo, é uma época rica para que os efeito de uma auto descrição por parte dos candidatos tomem formas grotescas todo mundo é bom, defende a democracia e a liberdade. O outro lado sempre é comunista e tudo de ruim que se possa descrever.
. Pelo ódio ou por paixão, pessoas comuns gastam uma enorme quantidade de tempo descrevendo a “nível deus” seu candidato, mesmo tendo esses centenas de embaraços em sua vida política, enquanto passam a descrever como o “demônio” o candidato que não nutre afeição alguma.
Alguns de seus eleitores, quando deveriam estar discutindo sobre as propostas apresentadas pelo candidatos, estão a discutir a vida pessoal destes como se fosse possível aprisionar em seu mundo descritivo a vida desse ou daquele “opositor”, não levando em conta, que em apenas um dia depois das eleições todos eles serão amigos outra vez e comerão no mesmo prato, nem se importando com quantas amizades foram desfeitas para defender a “honra” destes. Uma descrição bem feita de um candidato ruim não mudará sua personalidade ou o destino do povo que esse irá governar. O oposto disso também é verdadeiro!
Quem sabe seja no meio do “povo de deus” que aconteça as maneiras mais toscas e desonestas de descrever o mundo ou outras pessoas de modo geral. Entre a maioria destes, quem não faz parte daquele grupinho isolado que se auto intitulam como povo escolhido, será considerado como “não salvo”, “incrédulo”, “filho do capeta” e todo termo chulo que você possa imaginar.
Bons são eles, salvos são eles, certos são eles e o resto do mundo não presta! Vai todo mundo pra o inferno!
“Vontade de deus ou ação do capeta”! Era esse o termo que por mais de 1500 anos a igreja usou no ocidente para descrever o mundo e todo tipo feitio humano ou fenômeno natural. Nesse nível de intelecto medieval ainda permanecem a maioria das igrejas evangélicas, fazendo com que sejam produzidos em larga escala um padrão de comportamento que gera nas pessoas aversão e ódio a tudo aquilo que não se encaixa nos padrões de “santidade” descrito por seu líder religioso local. Sendo assim, por enquanto, os líderes religiosos de alguns cubículos pequeno chamado de “igreja disso ou daquilo”, são ainda os que tem o maior poder de influenciar para o bem ou para mal por meio de uma simples descrição a vida de um súdito.
Muitas pessoas literalmente enlouquecem ou entram em depressão pela descrição que seus líderes fizeram delas em determinado momento da caminhada, baseando-se em julgamentos precipitados ou premeditados com o intuito de fazer “queima de arquivo” para eliminar alguém que “sabia demais” a respeito destes ou por ciúmes em achar que alguém estar usurpando sua mísera posição ministerial de “destaque”, ou até mesmo por tentar vetar publicamente qualquer pessoa que tente recobrar a própria sanidade, não se submetendo a comandos abusivos e autoritários de um sujeito que acha que pode abusar de qualquer um só por que segue foi “ungido” por um “óleo mágico”.
Para estes tipos de liderança, você será sempre considerado como gente boa, servo do senhor e todo tipo de “adjetivo do céu”, enquanto estiver debaixo do cabrestão deles, pagando com frequência seu dizimo, fazendo serviços voluntários gratuitos para eles ou sendo um servo cego e obediente em tudo.
No dia em que resistires a um comando abusivo deles, atrasar uma mensalidade do seu dizimo ou se algum deles apenas suspeitar que você pensa diferente da linha de pensamento que ele padronizou para a igreja qual ele “reina” você estar literalmente ferrado! Seus dias estão contados naquela instituição e toda sua família corre risco de ser penalizada por uma ação isolada de sua parte.
Coisa braba é um “ungido do senhor” ciumento ou com síndrome de perseguição! Não importa se você tem 5 meses ou 50 anos de igreja, se você já foi obreiro, ou se você já levou sobre suas costas o peso moral ou financeiro daquela instituição: provavelmente este vai “entrar rasgando”, destruindo e denegrindo a sua imagem, fazendo descrições pejorativas ao seu respeito, levando não apenas aquele grupinho religioso a ficar contra ti, mas todas as pessoas com as quais você se relaciona fora da igreja, incluindo colegas de trabalho, professores ou qualquer pessoa dos ambientes que você frequenta.
Esse tipo de gente passa a monitorar suas redes sociais ou colocar espias para vigiar o que você diz ou o que você faz, no intuito de distorcer os acontecimentos e usar tudo contra você e a favor dele mesmo. Enquanto não te destruir ou ver você voltando para pedir perdão a ele de um erro que você nunca cometeu, esse tipo de gente não sossega!
Se o demônio existir, ele assume constantemente a forma de um líder religiosos enciumado e mal resolvido com a própria função! Todos os que já passaram por isso podem constatar tais fatos. A própria história bíblica e a história secular da igreja registra dezenas de casos como esses. Se deres brecha, eles fazem de sua existência um martírio, objeto de escárnio e injurias sem fim.
Como se não bastasse, esse tipo de gente mediante ocorridos simples, ligam para outros líderes religiosos da mesma laia, que moram em regiões vizinhas para “alertar” a respeito de ti, de suas “heresias” e “rebeldias” e quando você pisar os pés em outra instituição religiosa do mesmo segmento ou de outro, sua ficha corrida já estará ali, descrita da pior forma possível para te subjugar e te reduzir a excremento.
Ninguém precisa se submeter a esse tipo de tratamento, nem se nas mãos destes tivessem realmente as chaves dos céus. Nem se eles fossem um anjo de luz encarnado, quanto mais que são pessoas comuns, iguais a qualquer mortal, que usa apenas o medo dos fiéis contra eles mesmos.
Quando você estar sendo perseguido, se perguntares a qualquer então deles qual foi o seu crime, nem eles mesmo saberão dizer, mas usarão o termo “se rebelou contra o ungido do senhor” para te descrever e isso basta e isso basta para o “povo de deus”. Toda igreja cala e treme mediante esse “pecado”.
Nos círculos religiosos em geral, ou em linhas de hierarquias retrogradas e patriarcal, esse é o pior crime que alguém possa cometer. Pior que estupro, latrocínio, homicídio, genocídio ou qualquer coisa de ruim que você possa imaginar. Você tem de servir de tapete para eles e ser capacho o tempo todo para ser descrito como gente boa e pessoa de bem de bem por eles! Você não precisa passar por isso para ser considerado gente boa. Você pode ser o que quiser distante desse tipo de gente, inclusive gente boa sem ser fantoche ou capacho. Quem sabe você pode ser até mais gente boa longe destes do que sob seu julgo, pois deixará de ser hipócrita e paranoico.
Não há nada mais libertador do que se desligar desse tipo de ambiente que mais parece um hospício e mandar qualquer um que queira te retratar de modo indecente para PQP só por você não frequenta mais uma igreja! Só quem já realizou esse feito sabe o quanto isso faz com que seja tirado de sobre nós um julgo que não nos pertence, colocado por gente intelectualmente pobre ou mal intencionada.
A descrição ao seu respeito é apenas uma descrição! Nada mais que isso. Não corresponde exatamente aquilo que tu és! Palavras pobres de gente pobre e mal resolvida jamais poderá descrever a liberdade de uma vida vivida por pessoas bem resolvidas.
Gente madura, equilibrada e instruída fará ao seu respeito um retrato semelhante aos delas mesmas. Gente pobre e mesquinha o descreverá como se também você o fosse. Todo trapaceiro acha que o outro também o é. Todo conjugue infiel acha que seu parceiro também o é. O problema é dela e não seu! Você não precisa perder tempo tentando provar nada para ninguém desse tipo. Em boa parte dos casos o defeito estar nos olhos de quem vê!
Ficaremos loucos se dermos ouvido a todo tipo de descrição que fazem sobre nós. Até celebridades e gente acostumadas a lidar com grandes públicos acabam fazendo besteira com a própria vida quando o “aparelho” que filtra descrições idiotas sobre si para de funcionar. Nem sempre somos o que o outros dizem, e na maioria dos casos somos muitos mais do que os títulos sociais a nós imposto intentam dizer.
Nas sociedades antigas por exemplo, um oficio descrevia uma pessoa e seu modo de viver até o fim dos dias, inclusive suas seu descendentes seria descrito pelo oficio de um patriarca vivido centenas de anos atrás. Se você tem como sobrenome Ferreira, Oliveira, Sapateiro, Pedreira e outros mais que descrevem um oficio não é por acaso! Se pesquisares a fundo entenderás o porquê.
Hoje em dia não precisa ser assim. Você não precisa e nem é obrigado a viver enclausurado apenas no título que seu oficio te descreve. Você pode ser o que quiser e mais um pouco, mesmo sendo rotulado disso ou aquilo pela profissão que escolheu.
Um advogado por exemplo, poder advogar e entender de leis, mas pode também ser um cantor de uma banda de rock, um mergulhador, um aviador, entender de agricultura e uma infinidades de outras coisas ao mesmo tempo ou em situações diferentes. Isso não muda sua essência nem o faz perder a credibilidade de sua função principal.
Uma pessoa de uma determinada área do saber pode se interessar por várias outras áreas distintas e nem por isso ela se tornará menos respeitada, antes sim, ela poderá ser um profissional ainda melhor por entender como diversas partes de um sistemas funciona ao invés de uma única parte isolada.
Com um simples ato de descrever podemos “matar” ou “dar a vida” a muita gente, bem como enclausurar ou libertar pessoas. O uso racional e coerente da descrição é que fará a diferença, lembrando que pessoas inteligentes discutem sobre ideias e não intencionam jamais ser o detentor supremo daquela ideia discutida, enquanto que pessoas medíocres discutem sobre a vida alheia e por esse fato acham que podem ou querem controlar “a verdade” do ser em discussão. Elas o conseguirão somente se vocês permitir. Não deixe que gente pobre e medíocre ofusque o brilho da riqueza de uma vida feliz e bem vivida.
Pensem nisso! Saúde e sanidade a todos!
Texto escrito em 12/10/18
*Antônio F. Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.