ELEIÇÃO: IMBECIS NÃO SOMOS NÓS, SÃO ELES.

Eleição goteja e avalancha o que há de pior na alma humana. É a varanda privilegiada para ditos espertos esbravejarem suas verdades nada desnudas, travestindo seus supostos ideais de promessas especialmente adornadas para embriagar nós, seus incautos eleitores. Nos tomam por idiotas no mais escalado grau, supõem fielmente que após martelarem suas ladainhas nas nossas fuças passaremos a chamá-los de gurus, seguindo-os hipnotizados até onde bem entenderem. Todos são falsos, cumprindo à risca o que seus marketeiros entendem como mais afiado, mais dilacerante, mais pujante. Cada um deles, na sua essência, pode até ter algum teco de boa intenção, vai saber, mas o poder - ou a possibilidade de tê-lo - destrói habilmente quaisquer resquícios do que seria a raiz da sua existência: servir o próximo. Dessa forma, acabam na mesma cuia dos larápios mais inescrupulosos que já pisaram nesse chão, compartilhando com eles seus ardis, suas mentiras e infinitos papos-furados. Mas como temos que fazer vencedor alguns deles, nos encurralam de tal forma, quebrando cada face da nossa resistência, até jogarmos a toalha e darmos o tão cobiçado voto. Você, eu e todos os demais temos que rever esse desprezível filme, período após período, renovarmos o carimbo de imbecis que teimam em tacar na nossa cara. Imbecis na visão desses políticos, que acham que vão abrir nossas cabeças para incutir seus discursos pra boi dormir. Imbecis são aqueles que pensam que não sacamos seu sórdido jogo. Imbecis são aqueles que queimam toda esse dinheirão público para roubar o que temos de mais integral na nossa vida: o direito de eleger quem de fato acreditamos que honrará suas promessas, seu mandato e suas benesses que virão no bojo do cargo público conquistado. Todas elas.