Um Jurista e sua paixão (parafraseando Norberto Bobbio)
Parafraseando o brilhante jurista Norberto Bobbio, em sua obra "Teoria da Norma Jurídica":
um sociólogo, com todos os meios que possui, somente a eficácia do Direito ele conseguirá compreender.
Um teórico analítico do Direito, com todo o seu esforço numa atividade de abstração, está limitado a compreender unicamente a forma e a conexão interna das normas positivadas num ordenamento jurídico.
Um filósofo estudioso da Ética (no caso, um teórico jusnaturalista) vai se interessar somente pela justiça que as normas jurídicas possuem e causam obrigações.
Mas o jurista, esse ofício tão distinto, realiza as três atividades anteriores ao mesmo tempo, pensando na Justiça, na Validade e na Eficácia do Direito para a melhor organização e atividade dos homens em sociedade [Multiperspectivismo, Dr. Frame? Veremos...].
O jurista, marretando até o possível contra as imperfeições que sempre terá que lidar, procura tornar (ainda mais) socialmente conhecida a beleza da experiência jurídica e excitar a gloriosa normatividade presente no coração dos homens.