Aquilo que se pode pensar
Quando tudo parece refletir imagens insólitas da vida conturbada
Quando floresce apenas desventuras impensadas
Por tempos
Por limites
Quem se importará?
Quem poderá uma lagrima derramar?
Quando haverá um compromisso que valha o sangue do inocentes?
Por ventura haverá sanidade que possa inundar a indiferença humana?
Quando tudo esmaece diante das construções não tão firmes dos sonhadores
Quando o silencio dos justos sufoca a vida
Quando a luta de uns transforma uma sociedade
Por desejos
Por vaidades
Alguém remediará?
Alguém poderá suprir aquilo que se sofreu?
Onde poderemos ver a hipocrisia destituída?
Devaneios de um dia de nobreza
Recheados de tantas incertezas
Quanto poderemos suportar?
Quando tudo parece refletir imagens insólitas de um livre sonho
Quando os homens tiverem menos hormônio
Por um breve pesar
Por um enésimo que seja
Mesmo se ninguém se importar
Mesmo que não haja mais lagrimas para derramar
Ainda que ninguém venha a se importar
Será um momento simples de contemplar
A eternidade do por vir
O descanso que a todos virá
O sono dos justos
Esses que em vida tiveram diferença e assim o fizeram
Como parias de um meio sub-entendido
Como incertos na certeza de um dia falho
Os que persistiram em se tornar
Imaculáveis
Incorruptíveis
Insensatos para os ditos normais
Que vem após todo o demais
Sejamos todos locos e insanos
Sejamos falhos em um sistema perfeito de relacionar controvérsias éticas
Tornemo-nos a coisa mais simples de se mencionar ou assim dizer
Quase impossível de se ver
Improvável de se manifestar
Sejamos amantes da verdade
Praticantes daquilo que é justo e moral
Talvez assim sejamos nobres
Nobres sem mérito nem medalhas
Afinal bom romano em Roma morre
Ou como ariano contrario a si despachando aquele passado indesejado de se recordar
Praticar o que se tornou matéria em papel
Quem poderia um dia imaginar
Que após tanto desastre, tanta perdição
Igualdade e perdão
Ainda são apenas sonhos.