o estado Nietzsche x Marx
Visão de estado
Que visão tem do cidadão comum sobre o estado? Que relação há entre o governo e os governados? E a política, perdeu sua função original como lhes deram à luz e a desenvolveram os Gregos? Até que ponto um estado pode ser democrático sem perder sua autoridade? No estado de direito, como determinam as constituições pelo mundo, ou à luz da doutrina marxista que prega a igualdade de direito para todos perante a lei, fica evidente ou pelo menos claro que é o estado o patrono de todas as riquezas advindas dos imposto pagos por seus governados. Todavia, vale questionar: Quem de fato criou esta imagem utópica, foram os nobres que sempre dominaram para amenizar suas tiranias, ou foram os escravos, a massa dominada para dissimular a opressão que sofrera séculos afio?
Eu proponho uma análise à base de dois pensamentos antagônicos.
Nietzsche versos Marx.
N -O estado é um monstro feroz que como um rolo compressor esmaga qualquer um que se opuser à sua força, não há como fugir das garras desse leão faminto.
M -O estado deve prover para seus cidadãos todos os meios necessários para sua subsistência, é o estado que tem a obrigação primária para com seus governados, prover pão e educação, lazer e saúde de forma que todos possam ter o mínimo de dignidade.
N -Um estado forte não pode ceder ao anseio do povo, a democracia é muito nociva à soberania do estado. É o governo que deve se proteger dos seus governados, e não o contrário como advogas meu cara Marx.
M –Sem liberdade não se pode atingir um estado pleno de direito onde todos possam ter cidadania, e conseqüentemente dignidade. A massa, embora indolta merece ter acesso à educação que a qualifique para outras possibilidades de produção criativa e cultural.
N –Não vejo desse modo simplista como tu vês; esta idéia de igualdade só traria prejuízo à humanidade, não pode haver progresso cultural entre as massas, vejo sim que se esta idéia avançar, se o povo simples ganhar a liberdade que almejas, pagaremos o ônus da paralisia cientifico-cultural.
M –A política tem um papel fundamental na criação das civilizações, é a política a arma mais eficaz para delimitar direitos e obrigações. Enfatizando a separação entre governos e governados
N –A política concebida pelos gregos, que eram políticos por natureza, não tinha como bandeira o favorecimento dos miseráveis, pelo contrário, apesar de lhes fornecer pão e circo, não raro delimitava sua área de ação, por este motivo foi um estado forte por tanto tempo. Vale lembrar, para os desavisados, que esta doutrina da pseudo-igualdade foi confundida e trazida do texto hebraico que reza que todos são iguais perante Deus. E muito me estranha esta tese, vinda de quem não acredita em Deus.
M -Caro filosofo, devo te esclarecer um ponto: quando digo que a religião é ópio do povo, um mal para a humanidade, não estou de fato me autodefinindo como um ateu. Vejo a religião como uma ideologia, uma consolação para as chagas dos sofredores do mundo físico.
N –Sabes o que penso sobre este assunto; não leste meu anticristo? A idéia de democracia é oriunda do cristianismo. Eu repudio, portanto a valorização da igualdade. Na era moderna, no futuro, não serão os poetas nem os grandes homens que reproduzirão as representações do mundo, os movimentos culturais desaparecerão, a cultura de massa produzida pelo os rudes encherá o mundo de lixo, e ainda vão querer convencer os nobres de que se trata de inclusão cultural para todos.
M -A felicidade está no aqui e agora, os burgueses a tem e em detrimento disso a massa sofre opressão. A religião é a ilusão de um mundo melhor que na verdade não existe.
N -Pelo menos em algum assunto quase atingimos um consenso, mas voltemos ao nosso conflito estado-democrático. Então concluirei com uma máxima final sobre meu modo de ver o estado e a massas, e a democracia nociva. Tudo isso é pensamento de rebanho. Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.
M –Eu quero com a minha tese defender o homem das massas e mostrar que ele é capaz de atingir a felicidade almejada e usufruída pela burguesia, e que os méritos e créditos são do individuo que luta para sair da pobreza, da miséria, e não de Deus.
Evan do Carmo Brasília 02\09\2007