A DIFÍCIL MISSÃO DE PROTEGER

De quem seria essa missão senão daqueles que elegemos, e em quem colocamos todas as nossas esperanças em uma eleição? No início a esperança de um estado, de uma cidade e de um bairro, hoje uma realidade onde a desilusão é uma realidade que parece não ter fim, onde o desânimo se tornou em uma doença degenerativa, e a desesperança um sentimento sem fim. Quando pensaríamos em nossa história de vida que uma facção conseguiria pagar R$ 70 mil em uma AK-47 e AR-15? Que seriam tão espertos a ponto de em pequenos barcos fazerem seus armamentos chegarem até suas favelas à beira da baía? Será que um dia pensávamos que estaríamos tão desguarnecidos? Como pensar e acreditar que 4 policiais podem e conseguem fiscalizar 380 Km2? A difícil missão de proteger um estado, que não poupa em festas, e nem em limpar a casa, mas que parece negar investimento a segurança. Talvez, por isso sejamos nas favelas, nos bairros, ou nas ruas protegidos pelas milícias, que dispõem ao povo segurança em troca da compra do gás, do gato net, e TV, da gasolina etc.

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Deveríamos continuar acreditando que haverá mudança? Se não acreditarmos, então o que iremos fazer? Se não vamos fazer nada, então por que deveríamos reclamar? Se vamos fazer, por onde começaremos? Mudaremos, ou permitiremos que continuem nos mudando? Se vamos permitir, então por que ainda resistimos? Se não vamos permitir, para onde iremos? Os jornais nos informam que o governo e o povo estão perdidos, mergulhados em suas dividas, esperando que o caminhão de carga chegue para comprar mais barato, ou quem sabe apanhar o que o Robin Hood da favela trouxe.