Não perca tempo não sendo feliz!
Há pessoas que criam problemas para si mesmas. Essas pessoas aprisionam a vida e se aprisionam em sua única maneira de interpretar o mundo, a vida, as demais pessoas e a si mesmas. Há pessoas que, em vez de protagonistas ou responsáveis, se colocam na posição de vítimas. As vítimas nunca são felizes, não se conhecem e são covardes. As vítimas se consideram corretas e não responsáveis por serem infelizes. Elas culpam outras pessoas por isso. Converse com uma pessoa vítima e covarde, e ela vai apontar defeitos em outras pessoas. Faça essa experiência.
Há pessoas revoltadas, aflitas, amarguradas. Há pessoas escravas da opinião alheia e escravas de suas próprias opiniões irremovíveis. Há pessoas que se consideram prontas. Elas não são um processo. Pararam no tempo. Para elas, os errados são os outros. Elas não reconhecem que todos nós erramos e todos nós acertamos. As vítimas e covardes não ousam, não saem do lugar no qual se encontram. Elas não se "humilham", não se "rebaixam". São orgulhosas. Há muitos orgulhosos que, aparentemente, são simples. Essas pessoas agem de tal forma que outras pessoas não vejam nem um defeito nelas.
Não sei se estou misturando essa interpretação com a psicopatia, pois, pesquisando, eu vi que há muitos tipos de psicopatas. Eu vi que psicopata não é necessariamente assassino. Eu vi que pode haver psicopata entre nós. Psicopata não muda. Psicopata possui uma grande capacidade de conquistar pessoas e de enganar. São pessoas inteligentes e que, aparentemente, para a sociedade, não têm defeitos. Psicopata não se arrepende. Será que existe caráter irremovível? Eu chego a pensar que somente as características de psicopata podem explicar o comportamento de, pelo menos, uma pessoa, pois, se não fosse psicopatia, eu penso que certa pessoa já estaria em tratamento, não resistiria viver numa farsa, com uma máscara, refugiando-se em perfis falsos na internet. A internet tem de tudo. Eu vi um psiquiatra afirmando que os psicopatas não mudam.
Que Deus me perdoe! Talvez eu esteja errado. Que eu me volte para mim mesmo: pedido de Sócrates, de Agostinho, da Filosofia, de Jesus, da espiritualidade. Eu sou cheio de defeitos. Por isso, enquanto eu viver neste mundo, eu quero e preciso melhorar, evoluir, sempre. Eu não me comparo com Freud (pronuncia-se "Fróid"), mas ele se baseou em seus pacientes para desenvolver a psicanálise. Por que digo isso? Não para me comparar com ele, pois eu não tenho pacientes. O único paciente que tenho sou eu mesmo. É necessário que eu seja paciente para mim mesmo. Freud era de outra área do conhecimento. Eu sou da área da Filosofia. Cito Freud para que o leitor menos familiarizado com este tipo de leitura não imagine que eu esteja sendo subjetivo. Entretanto, a subjetividade faz parte das interpretações humanas, pois somos humanos. A vida é a matéria do filósofo, do poeta e do escritor.
Há, também, fanáticos, que perdem tempo. Há pessoas que perdem tempo na violência, na fofoca, na corrupção, no ódio, no rancor, no ressentimento. Há pessoas que perdem tempo traindo, sendo infiéis, na bebedeira. Que eu perca menos tempo.
A vida é tão bonita... Não perca tempo não sendo feliz! Não vale a pena viver sem ser feliz. A felicidade exige pouco em quantidade, e muito em qualidade. Renovar a mentalidade é preciso. No livro "Filosofia para o dia a dia: um guia prático", Trevor Curnow afirma: "Durante a vida, você pode mudar a aparência, mas é comum se esquecer de mudar o modo de pensar".
Viva a vida!
Texto escrito por Domingos Ivan Barbosa.