Pequenino ensaio filosófico

Porque a vida é uma roda gigante. Não me assusta saber que ora estou no alto, no instante seguinte, próximo ao chão estarei. Aí, o que resta, senão, e a par dessa realidade, buscar entender esse movimento. Se causado por forças estranhas, tentar entender sua gênese e interesses. Se por forças mágicas, aí, não tem jeito: deixar você que elas caminhem por si. Porque, problemas gerados por forças humanas, só por elas podem ser resolvidos. É assim, e tem que ser assim, para que as imposturas de uns ou de outros, quando a discordância se instala, não se transforme numa nova guerra. Não há uma verdade absoluta, disso não há discordância, porém, tão logo opiniões opostas se encontram, tenho visto certo acirramento. Em tempos líquidos, mesmo a divergência não pode ceder às paixões. É preciso que o contraponto se instale sempre e que desse encontro se chegue a um novo olhar, uma nova maneira de ver o mundo. Para, quem sabe, surgir um novo Homem. Um Homem como um outro tempos atrás. Esse, me parece, ser o grande mistério: saber, assim como uma roda gigante, que o tempo se move, que dele, o instante anterior nunca será igual ao seguinte. Ora estamos junto às estrelas, ora, tão próximos ao chão.