A FORÇA DO AMOR (AI-01)
Vamos entender o Amor como aquela energia incondicional que procura construir e harmonizar todo o Universo, cuja expressão maior costumamos identificar com o nome de Deus. Podemos intuir que a expressão máxima desse Amor jamais iremos atingir, pois isso é característica de Deus. No entanto, podemos conquistar parcelas cada vez maiores dessa energia do Amor, desde que o identifiquemos corretamente, que não o confundamos com as diversas formas de amor associados a alguma condição (mãe, irmão, amante, filho, etc.) e por isso mesmo chamado de amor condicional.
Quando observamos que a energia desse sentimento, desse afeto positivo, dirigido a alguém ou a alguma coisa, exige por isso alguma expectativa de troca, de posse, esse amor é condicional, não é o Amor incondicional, que não espera nada em troca pelo fato de ser sentido e agir em função dele.
É chegada a hora da força irresistível do Amor ser reconhecida por todos e ser tentado colocar em prática. As lições que Jesus deixou, que podemos aprender, talvez com algumas falhas, nos quatro Evangelhos acatados pela igreja católica.
O Amor conduz à boa vontade, que por sua vez, é usina geradora de humildade. A humildade nos ensina a aprender, que não somos donos da Verdade, que ela pode estar presente na opinião do nosso interlocutor, cujo pensamento diverge do nosso. A humildade nos faz aprender a aprender, colocando nossas certezas numa prateleira de confrontações, para verificar se ela consegue ser mais coerente que outras opiniões vindas de outras fontes. A humildade nos faz aprender a fazer algo por outros caminhos, que pode ser de melhor qualidade do que aquilo que eu já produzia. A humildade nos faz ser uma pessoa mais capacitada a entender as diversas circunstâncias dos nossos relacionamento e do nosso entorno.
O aprendizado constante viabiliza o conhecimento e traz consigo a sabedoria, saber aplicar o que se sabe e distinguir com mais segurança o que é falso e o que é verdadeiro.
É conhecendo, portanto que se compreende o objeto do estudo. Com a compreensão podemos desenvolver o princípio da Justiça que é o bom senso. Neste ponto a consciência irá motivar o livre arbítrio para agir dentro desses parâmetros, mesmo que a opinião dos outros seja majoritariamente contrário aquilo que considero como justo, como sintonizado com a lei do Amor, essência do Criador. Para isso tenho que ser capaz de pesquisar, de observar, registrar, analisar, comparar, para depois de todo esse processo poder decidir.
É assim que irei desenvolver uma série de processamentos cognitivos para entender com a máxima coerência a Lei do Amor, e como ela pode ser aplicada dentro de uma cultura fortemente construída com os valores egoístas da condição humana, como é a nossa sociedade.