Fio de Esperança
A esperança é um fio. Um fio de cabelo castanho clarinho, quase louro, quase ouro. Talvez por isto, por esta condição de ouro, que se esforçam tanto por rouba-la. Como é frágil a esperança. Ela resseca com sol, apodrece com a chuva e perde a beleza com o vento. E todas as sensações são levadas. O calor do sol no corpo ao amanhecer, a frescura da chuva no rosto ao findar da tarde, a sutil brisa noturna que acalma a agitação do dia.
Mas é esta exata condição da esperança, esta fragilidade apontada de ser incapaz de se defender da maldade que a impede de sentir que a torna incrivelmente bela. Não há resiliência para o ser esperançoso, este jamais voltará a ser o que foi, mas com certeza, ninguém sabe ao certo o que poderá ser. Uma coisa tenham certeza, estes que se esforçam por rouba-la, dizendo e fazendo crer que ela não é bela, que não existe beleza fora dos padrões. À estes senhores algozes da esperança que tentam partir o fio, ouçam: Não matarão o sonho, mas multiplicarão os sonhadores a cada vez que tentarem... Pois a esperança é imortal...