Uma Breve Bagunça de Nós

Eu não sei o que está sentindo

As vezes ludibriada pelo teu sorriso

Não consigo ver

Esses sentimentos fluindo

Expressando todo o seu ser

Me conte!

Me conte sobre teu querer

Me dê um beijo amigo

Ou seja meu amigo e deixe o beijo pra lá

Eu não sei o que pensas

Não sei o que desejas

Mas quero estar lá

Como amiga, companheira

E até infermeira pra te fazer melhorar

Eu não entendo essas formas oblíquas

Que se declara sem falar

Se está com saudades vem correndo

Me abraça

E diz estar morrendo

Mas se é questionado não sabe o que falar

Já virou rotina essa minha sina

Perguntar já sabendo

Que a resposta é inconsistente

Incerta e diferente

Do que se espera escutar

Se pergunto me arrependo

Se faço silêncio não me aguento

Se te faço rir quero chorar

São tantas incertas incertezas

Que fazem a beleza

desse nosso estranho amar

Amar sem estar amando

Ou estar amando sem amar

Tão calmo e tão perverso quanto as ondas do mar

Se queres distância, logo se afasta

Pega impulso e retorna com graça

Na velocidade da luz

me fere o ar

Me confunde os pulmões,

Não sei se posso continuar

Confusa a confusão

Que temos no coração

Sabemos mesmo a extensão do verbo amar?

Esta confuso e bagunçado

E nesse momento

Questionado

É mesmo preciso perguntar?

De todas as confissões

essas são as mais longas confusões

que uma mulher pode causar