O jeito que eu te amo
Ele é desesperado. Ele é uma voz que não se cala cá, dentro do peito. É uma gaivota que sobrevoa a costa do meu oceano de sentimentos e subjetividades.
Quando encaro seu sorriso, consigo imaginar dias menos nublados e menos cinzas. Embora que, com ele, eu até goste de sentir a chuva…
POIS ELE CHOVE EM MIM: chove cuidado, amor, carinho… Uma atenção com a qual, confesso, eu nunca estive muito preparada para lidar.
É que eu só me acostumei, conforme o tempo, a ser tratada como lixo. Como segunda opção. Como presente de consolação.
Com ele, eu me sinto mais primeira. E se for errado sentir isso que sinto, em que alguém me dá a mão, como um suporte para que eu alcance meus primeiros lugares… Não desejo nunca mais estar certa.
Antes ser errada, mas com ele.
É tanto amor que chega me dói; e eu falei isso pra ele: “eu sinto um rombo no meu peito”. É como se tivessem atirado uma bola de canhão em você, saca?
Atiraram e caí… Atônita, sem saber como lidar com esse espaço. Esse espaço que nunca pensei que daria para alguém… Não, de novo. Nem nunca do jeito que está sendo.
Esse jeito de te amar, meu anjo, é mais do que a minha própria natureza pensativa e, confesso, deveras neurótica poderia explicar. Por isso, prefiro nem entender. Me regozijo em só te amar. Sem como’s, nem porquês.