QUANTO À PESSOALIDADE
Analisando as diferenças existentes entre as pessoas, a permear a sociedade ou, melhor frisando: a valorização das diferenças, a acentuação das diferenças ou, ao inverso, a inobservância, o desconhecimento, a indiferença quanto à igualdade essencial a que todos estamos submetidos, somos motivados a meditar sobre essa questão.
Visualizando um princípio humano, vejamos a relação Homem versus Mulher.
O homem representa o gênero masculino e a mulher, conseqüentemente, o feminino do espécime humano.
Não são ambos humanos? Por certo que sim! Esse fator, por si só, já poderia ser indicativo balizador de uma igualdade indiscutível. Mas, na verdade sabemos que tal fato é colocado como determinante de diferenciação; não o fato de ser humano, mas sim o de ser homem e mulher.
O que interessa discutir, e talvez incutir, é o fato de que antes e após, ser homem ou mulher, ambos são pessoas, pessoas humanas. Enquanto pessoas, todos possuem as mesmas necessidades, aspirações e esperanças. Almejam com a mesma intensidade a realização de sua existência pessoal, social, transcendental e enfim, sua existência humana.
Isto coloca-nos em plena e essencial igualdade, provando que todos pertencemos a um mesmo nível. Deste prisma advém que toda e qualquer discriminação, seja ela em que nível for, é antipessoal. Ser antipessoal é ser contrário à própria humanidade.
Por isso, reconhecer a pessoalidade, é reconhecer o fundamento essencial da igualdade humana.
Negar a igualdade é recusar a humanidade, seria desprezar a própria humanidade da Humanidade.
Sendo todos, indistintamente, pessoas humanas, todos de tal forma somos portadores dos mesmos direitos e deveres.
Direitos aos bens, ao uso, aos recursos, ao trabalho, a ser parte e agente da História, a ser parte de um todo humano.
Deveres de assumirmos nossas funções, bem como, lutarmos por elas e de concedê-las aos outros.
Igualdade é questão de consciência e responsabilidade ativa.