Ao meu eu lirico
"lado esquerdo minhas dores... meu direito, meus amores..."
À voz da raiva que liberta, assume forma e desperta o que guardo em mim, mas faz-me esquecer quem sou.
À voz do medo que revela o pior do mundo de maneira cruel causando-me a insegurança de seguir esses passos.
À voz que debocha; essas palavras que escuto lá fora não são suficientes, resta-me a ti para crescer esse vazio em mim.
À dúvida que mostra as mentiras que me cercam, mesmo quando dizem-me não estarem mentindo.
À ti me olhando pelo espelho, que torna meu dia-a-dia uma luta constante nos momentos de fome.
Ao flerte do suicídio e todos os planos que faço com isso.
À voz confusa que não sabe me dizer se isso é real ou mais uma das fantasias em que crio.
À consciente que guia os caminhos certos, embora me pareçam tão poucos.
: sou um fantoche de não sei quem ou o que.