Os riscos de uma viagem
O viajante ao viajar busca entende-se melhor a si mesmo e a olhar o mundo em outras perspectivas. O autoconhecimento é ainda uma das facetas do longo processo que e a viagem em si.Trata-se de uma fuga não declarada dos problemas familiares e cotidianos que azedam semanas e dias, e a fuga serve para isso, cada viajante parte em busca de uma aventura que possa viver em paz e tranquilidade durante alguns dias da sua vida.A busca por aventura ou experiências agradáveis deve também fazer parte do pacote, é uma parte importante de todo o processo, é um esforço para sair da rotina, e requer planejamento e outros detalhes como preparar malas.
Sinceramente, os viajantes enfrentam de forma episódica uma série quase infinita de desafios e riscos para chegar ao fim de sua viagem. Os desafios sempre estão a sua espreita, em termos específicos poderia enumerar uma sequência episódica e rapsódica. O primeiro desafio foi o seguinte: o desenraizamento, em geral todo viajante deve passar por este processo , que é um pouco doloroso e penoso.
Realmente , o segundo desafio, é este o relaxar, poucos viajantes cumpre este pedágio julgam ser desnecessário e não tem compromisso com o relaxamento. Esses elementos é primordial e relevante para cada viajante durante o processo. A generalidade da questão reside no encaixe de peças de um quebra-cabeça enorme, o texto em geral promove mudanças, e a viagem faz em quem a realiza, a complexidade deste eventos faz com que os viajantes reflitam de forma abundante na polifonia da vida.
Inicialmente, o desenraizar e o relaxar trabalham em conjunto o tempo todo, primordialmente toda viagem se conduz por esse dois lemas da existência humana, e se alinham na polifonia da vida , ceticamente poucos viajantes rejeitam esses lemas, para que uma viagem tenha sentido. Os viajantes procuram também entender e compreender o verdadeiro sentido da vida , essa busca e o mote direto de uma viagem, essa compreensão recria a possibilidade de redesenhar um mundo novo repleto de novas crenças e possibilidades de leitura.
Cabe a essa compreensão descortinar novos horizontes e reafirmar valores perdidos, o esforço do viajante é bem maior nesse momento pois requer dele maior concentração e dedicação para esse alvo em apreço. Atingir esse mesmo alvo , é uma longa descoberta , rever parentes distantes e gastar dinheiro com lembranças faz parte do pacote , ai deia de rever parentes na verdade é matar uma saudade ressentida que precisa ser no mínimo resolvida de forma direta.
O viajante em primeiro momento faz uma enorme renúncia dos seus afazeres cotidianos em prol de algo maior , em geral cada viajante aborda a viagem de uma forma específica e gradual. A não aceitação do presente amplo, pois o presente não tem em si esperança ou um formato de valor de forma clara ou potencializada, ele vai em busca de um despertar possível do passado formal e cultural da sua vida.
Simbolicamente, o viajante busca uma resposta e acredita que a que vida faz um verdadeiro jogo e Deus e sua oposição residem exatamente no detalhe. O detalhe na verdade um pequena configuração da viagem que se completa durante a construção do tempo. Um desenho que se cobre com sombras e luzes, o viajante por sua vez acredita que a sabedoria longínqua curará sua feridas particulares.
Diante de tais fatos bem prudentes , de tal viajante que assume a prudência providencial de um peregrino observa e ouve tudo e procura somente encaixar as peças. Para ele tais visões são exatas e universais que lhe revelam um futuro e um presente ambos de extrema amplitude, bem esse viajante acessa poucas verdades de fato, e conclui outras por necessidade de compreensão, essas conclusões inexatas lhe apontam elementos estruturais e não parciais dos fatos citados ou referidos.
E cada viajante encara aos detalhes de formas bem peculiares, ás vezes bem desastrosas ou vezes de formas cômicas e engraçadas, pois o viajante possui três personalidades durante a viagem, que requerem diretamente sua aceitação ou rejeição, que são as seguintes: peregrino, forasteiro, nômade. A primeira personalidade evoca diretamente um caráter religioso e sacro, por sua vez mais longo e autêntico, o peregrino parte rumo a uma jornada ao mundo da espiritualidade, caminho este nada fácil de traçar requer um jejum do espírito para poder se conectar com as energias maiores e poderosas do universo. A segunda exige uma visão de 'fora' do que é realmente cotidiano e profano, do externo que se confunde com sacro e puro, tal confusão reside na busca pela pureza ou pelo saber extremo. A terceira e última se reveste da visão clara do presente amplo e riscos da permanência.
Usualmente, os viajantes saem de certa forma agindo como peregrinos em busca de uma revelação do mundo sobrenatural, um insight que possa os iluminar de forma madura acertada oferecendo alguma forma de possível garantia , a viagem terá um peso de mínima espiritualidade em alguns poucos instantes, pois ele irá encara como uma jornada de fundo espiritual e nada mais de forma clara e objetiva de forma expansiva.
Mediante alguns bons esforços naturais, esse mesmo viajante ao operar ações comerciais ou mercantis, dá espaço para a sua segunda função ganha operacionalidade , e assume o papel de forasteiro, que traduzido como 'o de fora', e faz ações básicas de primeira necessidade e de valor funcional. Se apropria de valores e cores locais como forma de defesa ou de auxílio particular.
Assim o viajante ao se garantir de forma singela e utópica com o uso destas funções se prepara outras formas de desafios que podem estar no devir e devenir da existência. O forasteiro normalmente usa seu conhecimento local para aquisição elementos básicos e fundamentos para dar continuidade a existência naquele espaço de tempo, e os típicos riscos ainda tem eventual existência também.
Visivelmente essa variação existe entre o peregrino e o forasteiro ocorre pois o terceiro elemento ainda pode chegar ao entardecer, numa acida ruptura e gradual descendência para a figura sombria do nômade,bem esse nômade representa tudo que é temporário e transitório, que seria nosso devenir do viajante. a figura sombria do nômade simboliza que os riscos ainda não acabaram na forma exata. Uma alma inquieta que não se cansa de procura o inesperado, sua morada é o vazio da alma e o dinheiro que o consome o espírito, não vê beleza nas coisas mais simples porém belas,tens uma mente inquieta.
Inicialmente, o viajante afirma e reafirma uma polifonia da vida seguida de perto por uma visão trágica da vida. A polifonia desenha um retrato humorístico da vida, de forma bem escriturística quase um apagamento cinestésico do existir. O viajante olha para o presente de forma ampla é capaz de desenrolar o futuro por um outro foco inexato e detalhista com uma enorme complexidade temporal.
A polifonia da vida assume proporções variadas na ótica do viajante que consegue dar um novo colorido á medida que surgem novos horizontes em cada novo amanhecer , essa visibilidade se reafirma a cada desafio superado e cada frisson descoberto por esse viajante, ele passa por um processo de reinvenção da vida e aceita as realidades possíveis para um futuro possível, mas arriscado.
Garantindo que a sua existência depende plenamente dos eventos externos, o viajante desenha uma gramática de símbolos para lidar com sua realidade como forasteiro e peregrino nesses momentos, o papel do nômade se desenvolve ao passo que o eventos externos evoluem e frutificam modificando as verdades e os efeitos colaterais inexatos. Ele faz o devenir do viajante, em três instantes distintos.
Esse nômade tripudia os fatores internos, e não aceita os externos com muita profundidade. O nômade averigua os detalhes que formam os grandes fatos, ele entende que essa averiguação seja urgente e necessária para se descomplicar os riscos que se apresentam de forma gradual e fria , os procedimentos desse nômade viram de encontro aos desafios e o primeiro procedimento será o corte de atos irresponsáveis ou imaturos, que como peregrino ou forasteiro tenha praticado de forma gratuita. O segundo procedimento será o fatal desafio de aceitar as reveses de mundo em crise existencial, mas nem tudo será fácil como o esperado.
Mediante os primeiros procedimentos, o nômade entende que a realidade é um desenho frio dos fatos , sem a mínima interpretação necessária para encaixar as peças desconectadas e afastadas num dado momento, mas precisam ser encaixadas de forma certa e metódica. A mínima interpretação redesenha um novo caminho em busca de saídas possíveis e frias , esse cargo de interpretar os fatos depende da frieza da noite e do calor do dia para acontecer fatalmente, o viajante assume isso de forma proporcional os três tipos de atos que ele ganha assim as funções exatas de acordo do tempo usado durante a viagem, esses riscos existem em toda forma de viagem que requer alguma maneiras de sacrifício ou renúncia, nesse caso em nossa curta conclusão , o viajante deve encarar os desenhos da sua viagem, e o pacote de riscos que de forma conjunta aparecem nos desvãos da viagem.