Efemeridade e vida
Como há uma efemeridade nas interpretações por alguns na vida!
Sorte que temos os livros e com ele nos defendemos da efemeridade e de tudo o que nos deixa deprimidos.
Bom seria se nossos pensamentos mais íntimos e pessoais fossem publicados! Assim como num backup de computador. Enquanto isso não é possível, na calada da noite, escrevo para registrar e fazer a catarse, a terapia pessoal.
Nos livros estão as respostas ou indagações traduzidas em letras por corajosos e desbravadores de vidas e emoções.
Quantos desses escritos estariam em domínio público para ajudar pessoas?
Assim, como neste silêncio – “escrever é um ato solitário” – quantas noites ainda traçarei caminhos através das letras?
Tal qual borboletas a voar depois que saem do casulo, livres no horizonte, nesta noite, depois de um dia de atividades e obrigações, que liberdade é esta de escrever sozinha nesta fria poltrona?
Nessa era da informação tecnológica, o que seria se descobrissem minha senha? E aí? Se meus segredos mais íntimos fossem revelados em fotos? Nada. Afinal, já terei ido embora mesmo.
De que vale redescobrirem? Ou terei sido eu tão misteriosa e a borboleta que ficou no casulo voará livremente. De que vale isso? Serei mais uma involuntária e desconhecida mulher que gostava das letras. E que passou por este mundo incógnita. Lembrarão de mim pelo que fiz? Mãe, educadora? Juro! Gostaria de ser lembrada por meus escritos e porque aqui sou realmente eu mesma, sem censuras, sem medo de ser feliz.
21/08/16