DIZIMO: VOCE QUER MESMO MANTER A "OBRA DO SENHOR"?

*Por Antônio F Bispo

“Trazei todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o senhor dos exércitos...” (Malaquias Cap.3, Vers.10 parte A).

Segundo vários cristãos, essa é a base bíblica para se exigir até hoje a cobrança para o serviço de manutenção da obra do senhor, o motivo justificável para cobrar impostos de pessoas que já moram em uma sociedade civil organizada e que por isso não deveriam mais pagar impostos por um “serviço espiritual”. Esse também é o texto áureo da bíblia para qualquer pessoa fracassada nos negócios, no mundo da fama, que tem preguiça de pegar no pesado ou que enxerga no mercado da fé sua oportunidade para ascensão ao dinheiro fácil, fama e poder. Com esses e outros versículos do tipo, contas para manutenção de programas de Tele evangelistas são pagas, templos suntuosos são construídos e ornamentados desnecessariamente e quem estar na base da pirâmide é quem paga por tudo isso. Com esse versículo, infelizmente, muita gente boa e honesta que ainda estão dentro dessa linha de pensamento, julgam estar fazendo realmente algo pra o Divino e por isso fazem o que fazem sem nem pensar no que estão fazendo, apenas seguindo as tradições deixadas ou impostas pelos seus pais, ou por medo da condenação eterna.

Mas se pararmos para pensar, poderemos então nos perguntar: a que se referia a obra do senhor nos tempos bíblicos? A quem foi endereçado? Qual o propósito? Seria mesmo uma causa justa e louvável essa manutenção da tão referida obra? E hoje em dia, se faz necessário esse tipo de cobrança considerando que não somos mais nômades, não somos judeus e vivemos numa sociedade civil organizada? E os recursos que são recolhidos, tem sido realmente aplicados a propaganda que é feita, ou tem sido usada para propósitos particulares pelos mercadores da fé?

Vamos ser honestos: qualquer pessoa, ainda que seja um não alfabetizado, mas que seja capaz de encontrar o resultado final de 2+2 terá de concordar comigo que nas igrejas cristãs em geral, principalmente as que seguem a linha da prosperidade, que o “senhor” estar gastando demais com coisas desnecessária e não estar provendo “sua obra” como ele prometeu, pois a exemplo simples de igrejas com 350 membros contribuintes, que tem uma entrada mensal mínima de 30 mil reais, cujo membros ainda tem que contribuir sempre que preciso para pintura ou reforma de templos, compra de utensílios para o culto, o papel higiênico que é usado por eles mesmos, a própria agua mineral que é bebida na igreja, ou o próprio suco de uva e pão servido na ceia não há provisão nem mantimento nesse aspécto. Diante desse fato, qualquer um pode concluir que ai existe um “deus gastador” ou um líder aproveitador. Qualquer um pode fazer essa conta e tirar as mesmas conclusões, mas ninguém fala isso nas igrejas com medo de ser castigado por deus ou pelas lideranças locais. Melhor pagar 10% e ficar de boa, correndo o risco de ser salvo, que não pagar, ser amaldiçoado e tal.

Não existe logica em pagar 10% para que haja manutenção da “obra do senhor”, quando os próprios membros, eles mesmo tem de fazer a manutenção contribuindo com todas as outras campanhas financeiras ou com serviços voluntários trabalhando de graça nas igrejas, ou em serviços particulares das lideranças destas. Muitos irão se defender arduamente dizendo que há construção de templos, programas televisivos, agua, luz, telefone, combustível, viagens e o salário dos ungidos! É o que eu acabei de dizer, se o dízimo é para a manutenção, nenhum outro tipo de contribuição financeira ou voluntária seria necessário, caso contrário, seria a prova cabal que deus não cumpre com sua palavra em manter a sua obra. Outra coisa que poucos membros sabem, é que a depender do modelo de igreja que a pessoa frequenta, a entrada financeira é 300 vezes maior do que saída, que seria o custo de agua, luz, aluguel de prédio e outros custos menores. Somente quem trabalha na parte financeira da igreja percebe isso. Ou quem sabe o resultado de 2+2 percebe também. Ser enganado não é difícil. Assumir que estar sendo enganado é coisa muuuuuuito difícil! Poucos tem a coragem de mudar o próprio rumo quando percebem que as coisas não são como lhes mostraram. O sentimento de vergonha toma conta daqueles que percebem que estão sendo enganados. Se permanecer terão o apoio do grupo. Se abandonarem, serão perseguidos pelo grupo e ridicularizados pelo pessoal de fora. Mas tanto a perseguição quanto a ridicularizarão são passageiras e logo agente se encaixa no meio de pessoas mais conscientes de si mesmas.

Segundo a própria bíblia, na época em que alguns textos foram escritos, segundo a cultura do próprio povo, o que exatamente consistia a manutenção da obra do senhor? Estão preparado para a resposta? É dolorosa...vai te deixar triste...pode fazer você sofrer...tem certeza que quer saber? Eu poderia pedir pra você ler com toda atenção do livro de Êxodo até o livro de Malaquias para entender, mas não iria adiantar, por que na leitura dos livros tidos como sagrados, fomos ensinados a ler uma coisa e entender outra, por isso, uma pessoa que não passou pela fase de descontruir a si próprio para depois se reconstruir, jamais irá enxergar nada nas escrituras além do que coletivamente todos enxergam.

De modo suave, eu diria que no antigo testamento, o deus dos hebreus queria se fazer conhecido a si mesmo entre todos os povos, subjugando-os e não media esforço para isso. Nisso consistia a obra do senhor: em se fazer conhecido por meio do povo que ele afirma ter escolhido para ser seu porta voz na terra. Agora direi a mesma coisa só que de modo mais sincero: pois bem, fazendo uma síntese dos 38 livros que falei, a manutenção da obra do senhor, segundo a própria bíblia consistia em duas coisas: PROMOVER GUERRAS DESNECESSÁRIA E MATANÇAS A TODOS OS QUE NÃO ACREDITAVAM NO DEUS DE ABRÃAO, E OFERECER INITERRUPTAMENTE UM SERVIÇO DE CULTO E ADORAÇÃO REGADO A BASE DE SANGUE E MEDO! Fui sincero demais? Magoei você? Desculpe! Não era a minha intenção. Não acredita no que disse? Estar escrito na bíblia! Só que nunca te apresentaram desse jeito. Apenas foi dito que tudo que aconteceu no antigo testamento era deus preparando a vinda do messias para o futuro, foi dito que a bíblia era cristo Centrica e que era necessário matar todos os idolatras senão os planos do senhor não seriam cumpridos, denotando mais uma vez incoerência em afirmar que seus planos jamais podem ser frustrados.

Quem sabe se a ideia desse deus tivesse surgido depois da imprensa ou da mídia áudio visual, ele teria se feito conhecer ao público por meios menos violentos, como fazem as celebridades de pouco talento de hoje em dia, fazendo barraco ou fazendo fofocas para chamar a atenção, mas infelizmente ele apareceu numa época em que os povos resolviam seus problemas por meio da matança e da violência e por isso agiu conforme a cultura local. Ele parece acompanhar a cultura de cada época para agir. Ou seria o contrário?

Desde que “o seu povo” saiu do Egito, que ele (deus) destruiu pessoalmente toda aquela nação só para mostrar do que ele era capaz e não parou mais com suas metas de destruição em massa. Segundo o que estar escrito, centenas de guerras foram ordenadas por ele para matar seus inimigos, e ele próprio ia junto, por meio de sua presença na arca de aliança, conduzida como emblema para afugentar os inimigos, e dar certeza aos que iam para guerra que estes teriam a vitória pois o próprio deus estava no meio deles. Dezenas de cidades queimadas, centenas de guerras desnecessária promovidas, milhares de batalhas travadas, milhões de pessoas mortas e tudo isso para propagar o quanto esse deus era poderoso! O poder dele era medido na morte e desgraça alheia. Sua gloria consistia em humilhar e abater todos os que atravessassem seu caminho. O meio de propagar sua mensagem no passado era o terror. Morte aos idolatras de qualquer lugar, inclusive os do próprio povo que aderissem por alguns minutos a idolatria! Nisso consistia a obra do senhor nos templos bíblicos. Era pra isso que os recursos do povo era usado! Para manter as guerras e suas consequências colaterais. “Quero que saibam que eu sou deus”! Era o que ele dizia sempre, depois de tacar terror por meio do “seu povo” ou a povos vizinhos. Que forma estranha de um deus de amor se apresentar aos que ainda não conheciam seu nome. Dizem que a primeira impressão é a que fica...

Toda guerra tem várias consequências: territórios devastados, viúvas desamparadas, pais sem filhos, filhos sem pais, fome, desnutrição, doenças causadas pela desnutrição, pela insalubridade e pelos horrores da guerra, e a pior de todas que considero é a criação de novas alianças que os derrotados fazem para futura revanche dando seguimento a outras guerras futuras. Um povo derrotado é um povo revoltado, que logo se reorganizará e irá fazer alianças com outros povos para recuperar o que foi perdido pelas guerras ou pelo menos vingar os seus mortos. Ledo engano massacrar alguém e achar que vai ficar por isso mesmo! Parece que esse deus sapiente não sabia disso, antes sim “inspirava” seus profetas a escreverem salmos e cânticos que lembrava diariamente como seus inimigos foram derrotados, massacrados e humilhados! Já pensou? Você bate em alguém, deixa aquela pessoa ou seu filho vivo e ainda fica lembrando a ela todo dia que ela apanhou! Tá esperando o que? Apanhar ou morrer na certa! Assim era feito antes, assim ainda se faz até os dias de hoje! As principais festas do calendário judaico incorporado pelos cristãos, são comemorações da desgraça alheia. A páscoa é uma delas. Há 5 mil anos eles comemoram anualmente a morte de uma nação inteira por um ser que queria mostrar o quanto ele era fortão. Os principais cânticos e salmos cantados hoje em quase todas as liturgias cristãs, também são baseadas nisso. Por incrível que pareça, até hinos nacionais de alguns países que acreditam no deus de Abraão tem em seus versos, frases de batalhas travadas e vencidas...Vencer uma guerra é uma coisa, humilhar o derrotado por 5 mil anos é outra coisa. Depois se queixam dos ataques sofridos constantemente. Todo dia lembram aos povos vizinhos por meio da bíblia e de cânticos folclóricos que um dia no passado “o seu deus” os destruiu. Quem em sã consciência iria ouvir repetidamente que um deus qualquer matou, afogou, queimou e destroçou seus parentes sem nada fazer? É revanche na certa! Não tem outra! Se queres paz, parem de relembrar a guerra!

Me pergunto, o que sobraria da bíblia, se retirássemos dela todas histórias de guerras e sangue derramado ordenado por esse deus. Pouquíssimas páginas sobraria. Em que consistiria os ritos de culto e adoração se não fossem a celebração de guerras e desgraça alheia? O que os pregadores teriam para pregar no culto se fosse retirado os exemplos de carnificina cometidos por esse ser? Um livro de guerras, que conta a história de um ser que adora beber sangue, cujo povo amedrontados realizava tudo que lhe ordenava ou seriam mortos pelo próprio ser que jurou os proteger...fomos ensinados a chamar isso de livro sagrado e santa palavra ou também seremos perseguidos e apedrejados pelos seus representantes até os dias de hoje.

Vejamos o outro aspecto da manutenção da obra do senhor como era no passado:

Suponhamos que tudo que foi escrito desse povo tenha sido real. Então, Moisés retira do Egito uma sociedade de escravos, que nada sabiam fazer a não ser oferecer seu serviços braçais para mega construções faraônicas. Uma nação não se faz em um dia, demora séculos. Além da força produtiva e militar, precisa-se de vários legisladores, juristas, políticos, chefes de estados, etc. Mas Moisés retirou quase 3 milhões de pessoas para um deserto escaldante, sem leis, sem ordem, sem recursos, sem casas, sem alimentos, sem saneamento ou o mínimo necessário para que humanos reunidos não se destruam pela anarquia, deixando fluir os seus extintos animalescos e fez uma nação em um dia. Uma nação de refugiados, famintos e desorientados, ainda por cima ameaçados pelo ser superior, que matava uma parte do povo casa vez que eles duvidavam de onde iria vir o próximo sustento básico para si e seus filhos.

Era necessário a criação urgente de leis para que o povo se respeitassem e não comessem vivo uns aos outros. Logo surge os dez mandamentos. Uma constituição de um país redigida por apenas um homem (ou deus?) sem consultar mais ninguém. Já começou errado...

Depois de saírem do Egito e perambular por 40 anos infernizando a vida de todos quantos eles passavam por perto por meio de mortes, saques e destruição, pois era o mínimo que esses servos de deus deixavam por onde passavam. Tudo a mando do próprio deus, segundo o que estar escrito. Raros casos é dito que esse povo tomou iniciativa própria para o mal. A partir daí, se estabelecerem e viverem em cidades, e como sempre estavam cheios de inimigos, resultado dos 40 anos que passaram semeando guerras. Inimigos era o que não faltavam. Agora o serviço de culto já poderia estar em um lugar fixo, já poderiam plantar o próprio alimento nas terras conquistadas, cultivar os próprios animais e desse modo poderia se cobrar impostos do povo para manter a sociedade organizada funcionando. Nessa sociedade teocrática, o dizimo era o imposto cobrado para manter funcionando os que viviam a realizar o serviço de culto e os que iam lutar as guerras. Parece que eram as únicas coisas que se sabiam fazer: guerrear e cultuar! Viúvas, pobres, crianças, velhos, mutilados pela guerra, sacerdotes e guerreiros. Todos precisavam desse imposto chamado dizimo para se manter. Percebeu em que consistia a manutenção da obra do senhor? Depois de uma análise dessa não fica a impressão que ele usava o povo para fins macabros? Considerando que ele tem o poder para fazer o que quiser, inclusive o bem, o mínimo que ele poderia fazer era estalar o dedo e prover uma terra fértil, um coração pacifico ao seu povo e dispensar o serviço de adoração, seja verbal ou com ritos de sangue, pois só gente mal resolvida vive a exigir bajulação e adoração. Mas não...ele sempre preferia o caminho mais difícil para mostrar o seu poder...

Segundo os cristão de hoje, a obra do Senhor, consiste em levar sua mensagem a toda criatura, chamar crentes de uma igreja “falsa” pra uma “verdadeira”, manter um rito diário de culto coletivo ou particular, construir, reformar e pintar igrejas, pagar conta de luz, agua, aluguel de prédio, manter programas televisivos no ar, comprar bugigangas ungidas e pagar todas as contas do ungidos do senhor. Poucas igrejas se envolvem realmente em causas sociais, dando algum sentido a sua existência na sociedade.

Tenho de assumir que a “obra do senhor” estar menos violenta agora que no passado, pelo menos no que diz respeito a não derramar sangue alheio. Mas existe outro tipo de violência crescente, praticada em todas as linhas dos que dizem servir ao deus de Abraão, que é a violência cometida contra si mesmo. Qualquer pessoa que deseja servir a esse deus, fica obrigado a servi-lo sob a bandeira de uma de igreja ou sob obediência incondicional a um de seus representantes, tem de aceitar obrigatoriamente a ser cego, mudo, surdo e trouxa! Não questionar, não perguntar, não argumentar, não pesquisar, não viver...apenas obedecer e publicamente ser grato por esse estilo de vida vegetativa. A auto culpa, automutilação, autocomiseração, auto (in)piedade e o ataque voraz a quem diz não acreditar em tais preceitos também faz parte do rito de um servo (tonto) dessa divindade Mesopotâmica ou pelo menos daquilo que se entende como “obra do senhor”.

A pergunta que não cala nunca é: Por que um ser que cria bilhões de galáxias e trilhões de planetas precisa de sua adoração ou de 10% seu faturamento para continuar existindo? Nada que se diga se justifica a explicação dada, mas nenhum membro ouse pensar o contrário! Deus tá vendo! Pecado por pensamento também conduz ao inferno! Cuidado não! Melhor nem pensar em pensar que eu sugerir você a pensar nisso! Por isso o pensamento dos servos desse senhor travam. Eles (os servos), não são totalmente culpados pois estão vivendo sob ameaças e pretendem preservar a própria vida. O medo é um estágio de defesa desenvolvido por nós ao longo dos anos. O bom é que quando você se liberta desse medo, as lembranças dele, será como combustível para sua liberdade futura longe dos padrões doentios de pensamento. Perder o medo dos chicotes dos deuses sem perder o respeito a vida e sem perder o caráter como pessoa, claro! Liberdade e libertinagem são coisas totalmente diferentes! Um baderneiro não produz nada útil a vida social. Uma pessoa livre dos medos dos chicotes dos deuses poderá ser muito útil a sociedade.

Não poderemos jamais progredir nas relações sociais entre nós mesmo ou entre os mais diversos povos, enquanto o diálogo (ou monólogo) com os deuses metafísicos for maior que o diálogo entre as pessoas de carne e osso. Não podemos esperar a paz ou a comunhão, enquanto os deuses cultuados de um povo, for um deus que é conhecido pelo medo e terror imposto as pessoas por milhares de ano. Não é justo que membros de uma sociedade civil organizada, continue pagando por serviços imaginários, quando já pagamos por segurança, educação e demais serviços por meios dos impostos nas relações comerciais e de trabalho. Enquanto existir qualquer líder arrecadando fundos para ofertar aos deuses, teremos ai a certeza do entrave nas relações sociais, da desigualdade entre as pessoas pela construção de castas e do abuso de poder por essas mesmas castas “especiais”. Somente pessoas mal resolvidas querem ser lembradas e bajuladas o tempo inteiro. Somente pessoas necessitadas, pobres ou preguiçosas vive a pedir recursos financeiros para se manter. Somente seres inferiores impõe o medo como princípio de autoridade. Seu deus não é assim...ou é?

O conceito de obra do senhor precisa ser reavaliado. A questão do dizimo tem de ser discutida em sua função, utilidade e necessidade. Que o motivo de contribuições por qualquer pessoa entre os que creem em forças superior não seja o medo de ameaça de maldições dos deuses ou a ganancia pelo que é dos outros.

Se você serve a um ser mais pobre, mais ciumento, mais violento, mais medíocre e menos tolerante que você, não espere nenhum tipo de melhora ou evolução. Mais conversa interior, mais dialogo com nossos semelhantes e menos rituais de adoração e poderemos encontrar o verdadeiro sentido de “obrado do Senhor”.

Saúde a todos

Texto escrito em 7/5/17

*Antônio F. Bispo é Bacharel em Teologia, Estudante de Religião em Filosofia e Capelão Ev. Sem vínculo com denominações religiosas desde 2013.

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 07/05/2017
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