EFÊMERO...


Naquilo que há de mais efêmero
Consiste no verbo todo exalado
Estrelas sempre que passeiam
Num universo assim constelado

Como a vértebra que toda cai
Em flores colhidas lá dos céus
Em botão enfeitando jardins
Ludibriada forma vai pairar

Hei de virar musa naquele paraiso
Onde a poesia é puro acalanto d'alma
Despindo em mim paixão que nunca

Haverá um dia ser revelada em mãos
Tiras meu sono e perpetuas em ti
Numa crise de sinais todos velados...
Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 15/02/2017
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