SE EU SOUBESSE ANTES O QUE SEI AGORA
E é pelo respeito que tenho
Com os relacionamentos humanos
Que cessei o seu acesso
Ao meu mundo particular
Sei que ainda anda à espreita
Com o acuamento natural às criaturas descobertas
Então fique e assista como é que se faz
Nas terras médias e sagradas do bom senso
Aqui, não acreditamos em feitiços
Aqui, não vendemos nossas almas
Aqui, não desejamos o mal, nem o fazemos
Aqui, bem aqui
Nestas terras onde não reinam mentiras
Não desonramos nomes
Vencemos calmamente pelo amor
Lutamos com gestos cerimoniosos de carinho
Avançamos com passos certeiros e seguros
Sem atropelamentos, sem mortes
Não haveremos de obter baixas pelo medo
E vestígios vergonhosos não nos comoverão
Despertaremos um dia, e você será também feliz
Acredite!
Não precisará mais invadir em busca de espólios
Nem mesmo atacar em nome de defesas imaginárias
Não terá medo de karmas, abandonos, solidões
O universo só nos devolve o que damos a ele, creia
Acredite, finque o pé em terra firme e sua
Não deseje nem tome terras alheias
Aqui, nas nossas terras médias, não suas
Faremos constantes orações para que ache seu caminho
E, apesar de não sermos tão nobres
A ponto de desejar que ele não tenha espinhos
Faremos uma festa em sua homenagem
No momento exato da sua partida.