A LIBERDADE DE SER EM MEIO AS ADVERSIDADES

Na vida, mesmo que haja empecilhos e barreiras aparentemente intransponíveis, temos a possibilidade de nos mover de uma situação à outra, pois a luta que travamos a cada dia que passa vai nos engajando, até o fim de nossa existência, às grandes empreitadas que precisamos levar adiante.

Sendo assim, o que esperar daqueles que pouco sofreram, que nunca sentiram alguma vez na vida o seu mundo circundante desmoronar sobre suas cabeças? Pelo sofrimento gerado pela angústia e pela melancolia (estados de espírito que nos faz olharmos para o mundo de uma maneira mais inconvencional, sem aquela alienação que nos mantém inativos e conformistas) conseguimos perceber com mais profundidade o que vale a pena nos apegar e o quanto é importante lutar pelo que acreditamos, sabendo que teremos uma outra perspectiva a respeito da relação que estabelecemos com as pessoas e com as coisas ao nosso redor.

Quando a con-vivência deixa de estar somente pautada em qualquer jogo vazio de interesse, passando a ter mais importância uma relação de respeito e generosidade, o cuidado volta a ser prioridade na relação que estabelecemos com aqueles que amamos e não somente uma relação objetal que esvazia o substantivo amor(Ágape) de seu sentido mais profundo e fundamental.

Para ser sincero, sem vivermos apaixonados pelo que acreditamos, desejamos e nos apegamos, dificilmente conseguiremos agir contra as adversidades da vida; é a paixão quem nos impulsiona ao enfrentamento dos perigos da vida; é a paixão (por aquilo que nos edifica) quem nos dá coragem para conquistarmos nossa terra prometida, até juntarmos mais forças para superar aqueles males que assolam a vida de todos nós.

 

Enquanto nossas vidas beberem na fonte da autenticidade, experimentamos a liberdade de ser nós mesmos. A liberdade de sermos pessoas mais transparentes e verdadeiras, seja com nós mesmos, seja com as outras pessoas, seja com o Deus Altíssimo, é a maior demonstração de amor que podemos ter pelas nossas vidas.

O que é o amor do Pai Celestial senão a fonte primordial da virtude, onde todas as coisas boas da vida são possíveis de serem manifestadas como um clarão que reluz sobre as trevas densas de nossa época? Quem sacia sua sede nessa fonte, estará sempre liberto da aniquilação do seu ser podendo desfrutar da liberdade de ser e de amar.

Sentimos que podemos ser livres quando nos desapegamos dos preconceitos e dos falsos valores, mormente aqueles que não contribuem em nada para o nosso amadurecimento como pessoas melhores. Sentimos que somos livres quando almejamos encontrar aberturas para as nossas vidas, a fim de permanecermos na boa via (a mesma que num dia impreciso poderá, se perseverarmos com fé e grandeza de espírito, nos aproximar da plenitude e da paz interior). 

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 05/02/2017
Reeditado em 05/02/2017
Código do texto: T5903787
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