DIA DAS MÃES - Convenção!!!

Filhotes e Filhotinhos, há algo de histórico na convenção desse dia... para nós, dessa Tribo de Icamiabas, Todos os Dias São Nossos!

Mas, respeitemos as convenções, falando sobre as Nossas Mães Ancestrais, Nossas Mulheres mais Antigas.

A bizavó - Elesbona Maria Indalino Poção.

A Avó - Águeda Maria Indalino Poçoão.

A Mãe Ana Lia Bezerra Santos e a Tia Maria Nazareth Bezerra Santos... são essas as Nossas Antigas das quais sei a origem.

Mulheres que curavam a febre dos Filhotes com chá de sabugueiro... eucalipto... suadouro.

Mulheres que curavam a "barriga inchada" (indigestão) com cinzas do borralho... com o contato da cabaça morna sobre a dor.

Mulheres que "engessavam" osso quebrado com pó de breu misturado com clara de ovo batido e "leite" de jasmim espalhados sobre algodão descaroçado... tudo colocado sobre o machucado e preso por talas de bambu e fitas.

Mulheres que curavam diversas doenças, cavando sobre árvores frondosas, como os Juazeiros, os Umbuzeiros e os Angicos, colocando um lençol sobre o buraco e sobre ele o filhote doente, cobrindo-o com o lençol e após, cobrindo o lençol com a Terra.

Mulheres que lavavam as tetas das vacas, das cabras ou das ovelhas para amamentar os filhotes de ambas (mulher e animal).

Mulheres que ensinavam aos filhotes as horas do dia pelo canto do galo, o zurrar do jumento, o movimento da sombra no chão.

Mulheres que ensinavam a direção do vento molhando o dedo e colocando-o como indicador.

Mulheres que fabricavam óleos a partir de frutos como a mamona, para queimar à noite, em lamparinas ou trançados de algodão acomodados sobre pedras ou telhas.

Óleo de coco para besuntar os cabelos antes de lavar.

Mulheres que fabricavam sabão de mamona para lavar roupas ou tomar banho.

Mulheres que lavavam roupas à beira do açude ou do riacho, com uma mistura de cinzas, frutos macerados de Ingá e Melão-de-São-Caetano.

Mulheres que escovavam os dentes dos Filhotes e os seus próprios com pó de casca de Juá. Mulheres que no dia treze de dezembro faziam a experiência de Santa Luzia... para ver se o ano vindouro teria chuva suficiente para o plantio e a garantia de boa safra.

Mulheres que Cantavam e Enfeitavam qualquer circunstância... alegria, dor, pesar... vida ou morte!

Mulheres que amavam as Pessoas, os Animais, as Plantas e as Nascentes... Veios de VIDA! Mulheres Mães Solteiras, Matronas, Donas de Suas Terras e seus Narizes.

Mulheres Alegres nas Danças de Reisado ou Guerreiro, Todas Enfeitadas com Fitas, Cores e Brilhos... com um Apito na Mão.

Mulheres Parteiras, Carpideiras... solidárias na dor da Vida ou da Morte.

Mulheres que me ensinaram que ter não é SER, mas SER é sempre TER!

Gratidão a Vocês Mulheres Guerreiras e Mães anônimas para o Mundo, mas Mulheres Guerreiras e Mães do Meu Santuário Particular, O qual Protejo com Unhas e Dentes, contra qualquer profanação, até que Minhas Filhas e Netas estejam prontas para assumir o Meu Lugar!

Aho.

Leia ouvindo The Lady of Shalott

Adda nari Sussuarana
Enviado por Adda nari Sussuarana em 04/01/2017
Reeditado em 09/05/2021
Código do texto: T5871481
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