Sê fiel a ti mesmo
Não faz muito tempo, estava a deleita-me na magnífica obra de Shakespeare. Lá estava eu, com mais de 4.042 linhas , escritas para dar vida e vigor a história de Hamlet.
Durante a leitura da obra, observamos que a mesma constitui-se basicamente de textos dramáticos, repletos de frase marcantes. Sem dar um tom de telenovela mexicana , claro. A exemplo da famosa “Ser ou não ser, eis a questão”, citada por Hamlet em momento de dúvida e desespero.
A obra é uma intrigante sequência de tragédias a começar quando Hamlet mata Polônio, pai de Ofélia, ao confundi-lo com Cláudio e é deportado para Inglaterra como um louco. A partir daí é ladeira a baixo.
De fato, ler Hamlet é uma experiência única e inesquecível para qualquer um que esteja disposto a enfrentar suas 4.042 linhas.
Mas, quero chamar atenção para as palavras de uma personagem secundária do texto ( comentamos dele logo acima ). Ele está exonerado de grandes interpretações quando posto à frente de Hamlet.
Vmos nos apropriar, mais especificamente, de um de seus conselhos é : Sê fiel a ti mesmo.
Pai de Ofélia e Laertes, e adjunto do Rei Claudio, ele pode ser descrito como um tagarela, uma pessoa enfatuada por uns, ou como um excursionista da sabedoria para outros.
Ele da esse e outros conselhos para o filho. Os conselhos tem início da cena três do primeiro ato, cujo subtítulo conhecido é "Polônio aconselha seu filho Laertes.
A cena mostra Polônio (camareiro-mor da corte do Rei Cláudio da Dinamarca, tio e padrasto do príncipe Hamlet) aconselhando seu filho Laertes quando ele está voltando para Paris de onde veio para assistir a coroação do rei Cláudio. Laertes já está atrasado despedindo-se de sua irmã Ofélia; o navio já espera por ele no cais quando entra em cena Polônio, seu pai. Ele apressa o filho e enquanto o acompanha rumo ao porto passa a ele os conselhos de um pai amoroso para um filho querido.
De forma sintética os conselhos são:
- Não expressar tudo que se pensa.
- Ouvir a todos,mas falar com poucos.
- Ser amistoso, mas nunca ser vulgar.
- Valorizar amigos testados, mas não oferecer amizade a cada um que aparecer na sua frente.
- Evitar qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa, que o seus inimigos o temam.
- Usar roupas de acordo com sua renda, sem nunca ser extravagante.
- Não emprestar dinheiro a amigos, para não perder amigos e dinheiro.
- Se fiel a ti mesmo e jamais serás falso com ninguém.
De todos os conselhos dados pelo pai de Laerte, um, em específico parece ser o que mais livraria as pessoas de problemas e embaraços futuros. A saber: se fiel a ti mesmo.
Pense, por um instantemente todos os problemas que surgiram em sua vida pelo simples fato de não ter sido sincero de uma vez?
Vários, não é mesmo?
Um amigo chato que aceitamos ser amigo para não arrumar problemas.
Um emprego que não gostamos por N motivos, mas que aceitamos por que alguém nos pressiona.
O conselho de Polônio, poderia ser igualado pela máxima mais conhecida da filosofia, dito por Sócrates. Conhece-te a ti mesmo.
Se por um lado, o conhece te a ti mesmo de Sócrates no diz para nos aprofundarmos em nós mesmos e dai extrair dados suficientes para nos conhecemos melhor, supondo que a verdadeira felicidade reside em nós mesmo. O sê fiel a ti mesmo, apenas complementa o ensinamento de Sócrates. Se eu me conheço eu posso ser fiel a mim mesmo, mas se não me conheço, se não sei quem sou, não posso ser fiel a mim mesmo, consequente não posso ter momentos felizes é tão pouco posso proporciona momentos felizes para outros ao meu redor.
Shakespeare, na personagem de Polônio, nos faz averiguar nossas escolhas, nossas bases e assim entender o que de fato importa de verdade em nossas vidas.