BRASIL NOS DIAS ATUAIS

Existe uma guerra em todos os sentidos nas grandes cidades aqui no Brasil, podemos observar no rosto das pessoas, nas notícias dos jornais e tv, internet.

Na Praça Sans Peña vi uma cena que retrata bem isso que estou dizendo, em um palco montado para homenagear o natal, tinha um cantor com suas músicas eruditas acompanhado de um teclado com som de piano e fora do palco, crianças esfomeadas vendendo suas balas e dizendo "compra! Pra eu brincar" Ou seja se ela não vender para um adulto que deveria estar por perto, ela não pode ser criança e brincar, mendigos dormindo nos bancos, natal para eles tem que sentido?

Os cantores cantando o amor, a paz, falando de Jesus nas canções, como um mágico que pensa que pode acabar com a dor e a violência apenas com suas canções. Não acontece assim de uma hora para outra, mas de alguma forma sinto que esse é o único caminho para a nossa salvação nessa guerra insana.

É preciso espalhar o AMOR, A FÉ, O DESEJO DE PAZ, EM TODOS OS CANTOS DESSE PAÍS, precisamos cantar como em uma oração ao céu, porque somos feitos de energias e elas só trocam com o nosso desejo, quanto mais falamos e divulgamos as tragédias mais elas ficam e evidência e nos aterroriza, precisamos reverter isso, com muito AMOR, sem esquecer do menino que PRECISA BRINCAR, que não tem que vender nada para isso. enquanto nossos meninos estiverem sendo abusados, explorados, andando a esmo por aí, nosso futuro será incerto e violento, esses meninos crescem sem piedade e matam por nada, porque eles já foram mortos na infância, lá atrás quando vendiam e eram explorados nas praças e nas ruas, até quando teremos cenas como essas? As leis não deveriam amparar essas pobres crianças de verdade? Mas qual o quê? Eles precisam estar lá para garantir a miséria dos seus pais, que receberão uma esmola em forma de bolsa social para fazerem mais meninos, que certamente continuarão garantido os ratos perversos no poder.

Olho para o futuro aqui no Brasil e vejo uma grande interrogação.

Chegamos em uma encruzilhada tal que agora quem tem muito está preso no seu castelo com seus bens sem conseguir sair as ruas, vamos ver até quando eles vão aguentar viver enjaulados em sua miserável riqueza roubada do povo, esse roubo não é de agora, é de sempre. Pobre Brasil! Forjado e estruturado na dor e na vergonha da escravidão, sinto pulsar dentro de mim todos esses sentimentos de mestiça, meio branca, meio negra, meio índia, meio tudo, será que estamos fadados a viver nessa dualidade cultural?

Viver no Rio de Janeiro nos dias de hoje, só pode desfrutar com certa liberdade, quem vive nas favelas, por incrível que pareça! Quem mora nas favelas, em geral, não teme ser roubados, podem sair e até deixar suas casas abertas, seus filhos podem correr pelos becos e vielas, que eles não serão raptados, vai o rico fazer isso? Se um individuo sai com roupas simples, sem ornamentos pode circular pelo Centro do Rio sem grandes problemas, agora se ostentar qualquer coisa duvido que caminha nas ruas sem ser violentado por uma mão que vai apontar uma faca e dizer "Perdeu." Perdeu mesmo, as vezes até a vida.

Por aqui sempre foi assim, imagina a vida dos escravos e primeiros imigrantes, eles perdiam o tempo inteiro, mas isso não incomodava porque eles eram a ralé, os poderosos brancos ladrões e invasores, mandavam e desmandavam, faziam as leis em causa própria, como hoje, e o resto da população que se danasse encurralada nos morros, nas roças, ou nos puteiros para servir suas taras, eles esqueceram que os filhos bastardos que iam fazendo por aí carregava a sua carga genética de ambição de crueldade e a cobrança viria, chegou, então só nos resta a ARTE para apaziguar toda essa dor.

Somos um país de belo cenário com um drama social que se iniciou quando os índios viram algo vindo do mar.

Glória Cris
Enviado por Glória Cris em 10/12/2016
Reeditado em 10/12/2016
Código do texto: T5849184
Classificação de conteúdo: seguro