Inspiração
Algumas palavras devem ser ditas. Esse sentimento me surgiu há momento no passado, e hoje sinto a necessidade de inventar mágoas e passa-las para o papel com a minha pena. Realmente, nada é real, "o poeta é um fingidor." Surge então o sopro dos possuidores de almas, a inspiração. Esta sempre está por aí, em qualquer lugar, em qualquer lata de lixo, numa flor jogada ao chão, num vento frio que surge das árvores, numa lembrança boa, num sorriso bonito. Pode surgir após um gole de vinho, como diria meu amigo Marciano James em sua música " senhor vinho", com a banda retinas queimadas, "quem não conhece os prazeres que o vinho tem, sobre seu domínio constrói-se castelos’’. Oh senhor vinho, faça-me de mim um novo Oscar Niemeyer, faça de mim um construtor de castelos, um contador se estórias. Eu sou um cavaleiro medieval, sou carpinteiro, sou astronauta, sou jardineiro, sou cantor, sou a reencarnação de Raul seixas, sou deus, sou o demônio, sou o epigrafo, sim, a lembrança que um dia será esquecida. Eu sou o tempo, passado, presente e futuro. Sou o relógio, sou a chuva. Podemos ser o que quiser, acreditem! Podemos ser o que quiser! Ainda há tempo no tempo, as horas são longas. Há tempo para tocarmos violão, para cantar. Tem que haver inspiração, para ler, para acordar, para viver e até mesmo para morrer...