LIBERDADE DE SER SI-MESMO

Viver no afã doentil de agradar as pessoas que estão por perto com o objetivo de ser reconhecido e valorizado, é algo que para mim não faz sentido, é reduzir a qualidade de vida e à saúde da alma a uma falsa necessidade, a uma necessidade estranha ao verdadeiro propóslito da vida!

Uma vez que vivamos debaixo de um único desígnio que nos mostra a importãncia do cuidado e da solicitude com tudo o que mantemos vínculo ao longo da vida, não temos necessidade de nos submeter aos imperativos de uma sociedade altamente mercantil e monopolizara.

Para falar com franqueza de alma, sempre senti mais fascínio por uma existência banhada pela simplicidade, pela pureza e pela doçura; do que propriamente por uma existência movida por uma vontade desenfreada pela ambição mais abjeta.

Então quando passei a conhecer melhor os minhas aspirações, decidi expressar a esperança e a alegria que traz uma vida que não se conforma com os apelos de nosso mundo líquido; antes prefere viver suas vida ao sabor da simplicidade e da beleza de sua espontaneidade. Porventura a liberdade de ser si-mesmo não reside numa vida capaz de manifestar tal essência, uma vida ornamentada pelos aromas arrebatadores da graça?

Para falar a verdade, prefiro viver criativamente com todas as minhas esquisitices e excentricidades; capacidades e possibilidades, ao invés de perder o há de melhor em mim somente para se adequar a falsos apelos e imperativos (faço, portanto, questão de viver com consciência e liberdade, levando em consideração a importância do amor, do cuidado e da hospitalidade na vida de quem precisa, mesmo que não seja valorizado pelo meio social em que vivo!).

Enfim, busco simplesmente ser quem eu sou, em vez de me trair ao manter uma aparência social apenas para ser bem visto aos olhos de outrem; sendo assim, distancio-me cada vez mais de uma vida que se alicerça de futilidades e de coisas vãs (um dia descobri que, depois de digerido o que não edifica, um sabor amargo de frustrações é o que prevalece na vida de quem vive do vazio das imbecilidades socialmente aceitáveis).

Pois, de fato, não existe humanidade, tampouco qualquer propensão à benevolência, nas condutas daqueles que se alimentam espiritualmente de ilusões, de farsas e de mentiras. Ainda que os frutos sejam doces a primeira vista, tais seres infelizmente amargam o destino de se perverterem numa ânsia mesquinha por não reconhecerem o que são na totalidade de seu ser e, o que é pior, não saberem mais discernir o que é há de mais belo na vida e no ser de uma pessoa que busca ser livre e responsável pelas suas ações.

Como é impossível que cada um de nós sejamos amados por todas as pessoas que rodeia nossas vidas, decidi já faz um tempo viver e agir independente dos julgamentos alheios, manter a minha integridade e minha honestidade ao invés de sucumbir a uma falsa consciência de mim mesmo.Alucinação, loucura ou esquisitice a melhor definição para aqueles que não se conformam com tantos enquadramentos e estereótipos? Escandaloso viver uma existência de autenticidade, beleza e benevolência? Está demasiadamente fora dos padrões a vida de todos aqueles que se nutrem de profunda esperança, virtude e alegria a fim de não se perderem nos vícios de uma sociedade tão corrompida? Mas, mesmo assim, não importa: a responsabilidade de ser si-mesmo é a única conquista fundamental e valiosa para quem faz questão de ser.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 10/11/2016
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T5819034
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