Desejos X Vontades
Quem nunca se encantou com aquela fábula do gênio da lâmpada que concede três desejos ao simples mortal, que por acaso, o libertasse de sua clausura? Os desejos ali expressos em contos se direcionavam as riquezas, amores eternos e grandes palácios.
Levando o tema para a época contemporânea, nos deparamos com muita confusão acerca destes dois conceitos que permeiam a alma humana, por vezes atribuem-se qualidade de desejo às vontades, e sem sabermos de onde provém e como se dá estes processos, fica difícil entender a diferença assim de chofre.
Desejos: Sentimentos e emoções de base instintiva, onde se encontra a avidez por prazer da sensação. Caracteriza-se por ser titubeante e inconsequente; de caráter efêmero.
Vontades: Manifesta-se baseada na razão e na lógica. Sua atuação é considerada o dínamo do pensamento. Provém de forma mais racional objetivando satisfazer necessidades básicas e emocionais. Tem caráter de autogovernar.
Na filosofia vemos a vontade sendo aquela que governa, e o desejo aquele “eu” que incita. Um indivíduo pode ter desejos e não ceder a estes, por serem perigosos a si e a outros ou atentarem contra uma norma ou preceito que este siga em sua vida cotidiana.
O meu desejar pode ser limitado por minha vontade, esta, por conseguinte impõe um “freio” aos meus impulsos, resguardando assim minha integridade física, mental e emocional. Caso contrário, insistiríamos em desejos que nos causariam complicações pessoais até mesmo tragédias.
Na criança vemos o desejo em seu grau mais perceptível, é comum vemos casos de crianças desejando algo que não pode ser ofertado naquele momento ou da forma como elas querem; aí vem à tona, impulsos agressivos tentando conseguir a satisfação. Isto ocorre pois a criança não tem ainda, em si noção de que seu desejo não é adequado ou causará sérios danos e consequências.
Muitos teóricos já se debruçaram sobre o tema em questão o que surtiu diversas interpretações, sendo algumas mais coerentes e em consonância com aspectos emocionais do ser humano.
Para Freud, em seu livro A interpretação dos sonhos, deixa claro que o desejo é o impulso de recuperar a perda da experiência de satisfação. Verificamos que as pessoas buscam incessantemente realizar seus desejos e quando adquirem aquilo que achavam que traria satisfação, se veem, novamente desejando, pois não compreendem que a demanda do desejo nunca será satisfeita, pois o sujeito é um ser faltante em sua essência.
Assim, temos que o desejo é inerente ao ser humano e infinito em suas manifestações, pois se temos um carro, queremos outro mais novo, mais potente, mais equipado; depois de conquistar o último modelo, ainda não satisfeitos, passamos a desejar outro modelo que venha suprir nossos anseios e aí o desejo e instala novamente, numa corrente infinita.
Ter vontade de algo nem sempre implica obter satisfação, pois com frequência nos deparamos com a máxima de que querer é poder, portanto de acordo com este aforisma, basta desejar e acontece, o que raramente ocorre, e na maioria das vezes causa uma grande frustração; mas vale indagar - quando isto se tornou vontade? Para que haja um efeito positivo em nossas vidas torna-se necessário ter vontade de que algo aconteça, e então, precisa-se empenho e dedicação, o que nem sempre ocorre. Quando há estas frustrações a justificativa se espalha de acordo com a convicção de mundo de cada indivíduo,uns atribuem seu insucesso a pessoas a sua volta;outros se dizem azarados ;e ainda,há aqueles que culpam os astros, o plano cósmico e até Deus.
Há de se convir que a partir do momento que propomos executar uma ação que visa atingir objetivos satisfatórios, esta tem que ser alimentada de forma a coincidir com a satisfação, mas levando-se em conta o modo de vida e o que seria de bom grado ao nosso estilo. Nada pior ou mais angustiante do que empreender forças para realizar algo, que nada venha a acrescentar de bom ou tornar nossa vida menos salutar.
Este duelo que se trava entre desejo e vontade, gera angústias e muita ansiedade, haja vista, que o indivíduo se vê com algo que deseja e seus instintos direcionam para o objeto, mas nem sempre é viável e não raras vezes, saudável este desejar; acaba ocasionando conflitos existenciais e torna-se necessária uma ajuda externar para aliviar esta pressão interna, que ora quer, ora incomoda.
Para saber o que devemos aceitar como desejo e vontade segue valendo a frase célebre de Sócrates, - Conhece-te a ti mesmo - somente assim poderemos identificar aquilo que é desejo e não pode ser realizado, transformando em vontade algo que nos trará benefícios e prazer sem nos macular ou nos machucar no encontro com estes sentimentos e sensações.
Levando o tema para a época contemporânea, nos deparamos com muita confusão acerca destes dois conceitos que permeiam a alma humana, por vezes atribuem-se qualidade de desejo às vontades, e sem sabermos de onde provém e como se dá estes processos, fica difícil entender a diferença assim de chofre.
Desejos: Sentimentos e emoções de base instintiva, onde se encontra a avidez por prazer da sensação. Caracteriza-se por ser titubeante e inconsequente; de caráter efêmero.
Vontades: Manifesta-se baseada na razão e na lógica. Sua atuação é considerada o dínamo do pensamento. Provém de forma mais racional objetivando satisfazer necessidades básicas e emocionais. Tem caráter de autogovernar.
Na filosofia vemos a vontade sendo aquela que governa, e o desejo aquele “eu” que incita. Um indivíduo pode ter desejos e não ceder a estes, por serem perigosos a si e a outros ou atentarem contra uma norma ou preceito que este siga em sua vida cotidiana.
O meu desejar pode ser limitado por minha vontade, esta, por conseguinte impõe um “freio” aos meus impulsos, resguardando assim minha integridade física, mental e emocional. Caso contrário, insistiríamos em desejos que nos causariam complicações pessoais até mesmo tragédias.
Na criança vemos o desejo em seu grau mais perceptível, é comum vemos casos de crianças desejando algo que não pode ser ofertado naquele momento ou da forma como elas querem; aí vem à tona, impulsos agressivos tentando conseguir a satisfação. Isto ocorre pois a criança não tem ainda, em si noção de que seu desejo não é adequado ou causará sérios danos e consequências.
Muitos teóricos já se debruçaram sobre o tema em questão o que surtiu diversas interpretações, sendo algumas mais coerentes e em consonância com aspectos emocionais do ser humano.
Para Freud, em seu livro A interpretação dos sonhos, deixa claro que o desejo é o impulso de recuperar a perda da experiência de satisfação. Verificamos que as pessoas buscam incessantemente realizar seus desejos e quando adquirem aquilo que achavam que traria satisfação, se veem, novamente desejando, pois não compreendem que a demanda do desejo nunca será satisfeita, pois o sujeito é um ser faltante em sua essência.
Assim, temos que o desejo é inerente ao ser humano e infinito em suas manifestações, pois se temos um carro, queremos outro mais novo, mais potente, mais equipado; depois de conquistar o último modelo, ainda não satisfeitos, passamos a desejar outro modelo que venha suprir nossos anseios e aí o desejo e instala novamente, numa corrente infinita.
Ter vontade de algo nem sempre implica obter satisfação, pois com frequência nos deparamos com a máxima de que querer é poder, portanto de acordo com este aforisma, basta desejar e acontece, o que raramente ocorre, e na maioria das vezes causa uma grande frustração; mas vale indagar - quando isto se tornou vontade? Para que haja um efeito positivo em nossas vidas torna-se necessário ter vontade de que algo aconteça, e então, precisa-se empenho e dedicação, o que nem sempre ocorre. Quando há estas frustrações a justificativa se espalha de acordo com a convicção de mundo de cada indivíduo,uns atribuem seu insucesso a pessoas a sua volta;outros se dizem azarados ;e ainda,há aqueles que culpam os astros, o plano cósmico e até Deus.
Há de se convir que a partir do momento que propomos executar uma ação que visa atingir objetivos satisfatórios, esta tem que ser alimentada de forma a coincidir com a satisfação, mas levando-se em conta o modo de vida e o que seria de bom grado ao nosso estilo. Nada pior ou mais angustiante do que empreender forças para realizar algo, que nada venha a acrescentar de bom ou tornar nossa vida menos salutar.
Este duelo que se trava entre desejo e vontade, gera angústias e muita ansiedade, haja vista, que o indivíduo se vê com algo que deseja e seus instintos direcionam para o objeto, mas nem sempre é viável e não raras vezes, saudável este desejar; acaba ocasionando conflitos existenciais e torna-se necessária uma ajuda externar para aliviar esta pressão interna, que ora quer, ora incomoda.
Para saber o que devemos aceitar como desejo e vontade segue valendo a frase célebre de Sócrates, - Conhece-te a ti mesmo - somente assim poderemos identificar aquilo que é desejo e não pode ser realizado, transformando em vontade algo que nos trará benefícios e prazer sem nos macular ou nos machucar no encontro com estes sentimentos e sensações.