Como integrar o sentido da vida à ética da informática humanizada?

É preciso entender que o saber foi objeto do desejo e do poder viver e querer humanos. Desde muito, o homem quer dominar a natureza e o universo com a ciência, a mente com a psicologia, a sociedade pelo controle militar, academicamente estatístico, sociologicamente ponderável, geograficamente preciso (GPS, mapas por satélites etc.)...

Deste modo, o computador foi deslocado do âmbito militar estratégico para ser estratagema em outras áreas como saúde, segurança, educação, etc.

O sentido da vida não é redutível à ciência e seus instrumentais ou maquinaria ou novas tecnologias. O positivismo já tentara tal reducionismo em vão no século 19.

O comportamentalismo ou experimentalismo laboratorial e psicossomático ou comportamental também abriram perspectivas interessantes como a interação instinto e mente humanos como a neurociência cujo valor nos séculos 20 e 21 são inquestionáveis. Mas, parece-nos uma hipérbole dentro das possibilidades reais de responder pela real ansiedade e desejo de dar sentido à existência por parte de homens e mulheres em cada cultura. O cérebro é realmente fascinante e não foi ainda de todo explicado e mapeado...

Sozinha a neurociência não pode explicar os fenônimos e fenótipos sociais específicos das culturas e seus avanços ou retrocessos como racismos, guerras, morte, necessidades de pena de morte, aborto, eutanásia, etc.

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Pierre Lévy (1993, p. 7) comprovou em seus estudos que o computador oferece uma nova maneira de comunicação e altera a maneira de pensar e conviver em sociedade, como as mudanças ocorridas com o surgimento dos livros e da televisão. Declara, portanto, que:

Novas maneiras de pensar e conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. (...) Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada.

O psicólogo Yves de La Taille e colaboradores (1995, p. 19) observam:

E, sendo a escola uma instituição dessa sociedade, é natural que ela tenha que modificar também sua forma de transmitir esse patrimônio. Isso por duas razões: por um lado, a escola não tem escolha, pois depende da organização social, e, por outro lado, como é sua tarefa preparar o aluno para a sociedade, ela deve ensiná-lo a se servir dos novos recursos.

Assista à segunda parte da entrevista dada por Lévy ao Programa Roda Viva.

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Pierre Lévy (Tunísia, 1956) é filósofo, sociólogo e pesquisador em ciência da informação e da comunicação e estuda o impacto da Internet na sociedade, as humanidades digitais e o virtual.

Vive em Paris e leciona no Departamento de Hipermídia da Universidade de Paris-VIII. Foi incentivado e treinado por Michel Serres e Cornelius Castoriadis a ser um pesquisador. Especializou-se em abordagens hipertextuais quando lecionou na Universidade de Ottawa, no Canadá. Após sua graduação, preocupou-se em analisar e explicar as interações entre Internet e Sociedade. Desenvolveu um conceito de rede, juntamente com Michel Authier, conhecido como Arbres de connaissances (Árvores do Conhecimento). Lévy também pesquisa a inteligência coletiva focando em um contexto antropológico, e é um dos principais filósofos da mídia atualmente. Suas pesquisas se concentram principalmente na área da cibernética. Com isso, tornou-se um dos maiores estudiosos sobre a Internet.

Suas Obras[editar | editar código-fonte]

Em português

As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 263 p.

As árvores de conhecimentos. São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em co-autoria com Michel Authier)

O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. 160 p.

A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial? Lisboa: Instituto Piaget, 1997. 226 p.

A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? São Paulo: Loyola, 1998. 228 p.

A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. São Paulo: ARTMED, 1998. 173 p.

Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p.

A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2000. 212 p.

O Fogo Liberador. São Paulo: / Iluminuras, 2000.

Filosofia world: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Lisboa: Instituto Piaget, 2000. 212 p.

A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. 189 p.

Ciberdemocracia. Lisboa: Instituto Piaget, 2003. 249 p.

O Futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010. 258 p. (em co-autoria com André Lemos)

Em francês

La machine univers, Paris: La Découverte, 1987

Les technologies de l'intelligence. Paris: La Découverte, 1990.

L'idéographie dynamique. Vers une imagination artificielle ?. Paris: La Découverte, 1992.

De la programmation considérée comme un des beaux-arts. Paris: La Découverte, 1992.

Les arbres de connaissances, Paris: La Découverte. 1993

L'intelligence collective. Pour une anthropologie du cyberespace. Paris: La Découverte, 1994.

L'universel sans totalité. In: Magazine Littéraire. 1966-1996. La passion des idées, 1996.

Cyberculture. Paris: Odile Jacob, 1997.

Qu'est-ce que le virtuel ?. Paris: La Découverte, 1998.

World Philosophie (le marché, le cyberespace, la conscience) . Paris: Odile Jacob, 2000.

Cyberdémocratie (Essai de philosophie politique). Paris: Odile Jacob, 2002.

La sphère sémantique - Tome 1, Computation, cognition, économie de l'information. Paris: Hermès, 2011.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cibercultura

Inteligência coletiva

Michel Serres

Virtualização

Internet

Ciberespaço

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy

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ENIAC, o primeiro computador da História:

O ENIAC, que em inglês é a sigla de “Electrical Numerical Integrator and Calculator” foi o 1° computador digital eletrônico de grande escala. Construído em fevereiro de 1946 por cientistas norte-americanos, no caso, John Eckert e John Mauchly, da Electronic Control Company.

O ENIAC passou a ser desenvolvido em 1943 durante em meio a II Guerra Mundial para computar trajetórias táticas que exigissem conhecimento substancial em matemática, porém só se tornou operacional após o final da guerra.

O computador pesava 30 toneladas, possuía 5,50 m de altura e 25 m de comprimento e ocupava 180 m² de área construída. Construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura e contava com 70 mil resistores e entre 17.468 e 18.000 válvulas a vácuo ocupando a área de um ginásio desportivo. Quando acionado pela primeira vez, o ENIAC consumiu tanta energia que as luzes de Filadélfia piscaram.

Sua tecnologia era precária se compararmos com os computadores de hoje em dia, não possui um SO (sistema operacional), seu sistema era parecido com a de uma calculador normal atual, por ser uma tecnologia tão ultrapassada, é de se imaginar que ele não possuía muitas coisas que os atuais possuem, tais como placa de vídeo, periféricos para computador voltados ao entretenimento entre outros.

http://www.techclube.com.br/blog/eniac-o-primeiro-computador/

J B Pereira e http://www.techclube.com.br/blog/eniac-o-primeiro-computador/
Enviado por J B Pereira em 26/10/2016
Reeditado em 29/10/2016
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