EXPOSIÇÃO VIRTUAL
Continuando o assunto ao qual dei início no texto “Estou me Expondo?”, publicado aqui no Recanto, após ler as considerações nos comentários e refletir sobre o comportamento de algumas pessoas que escrevem online:
Escrever na internet é colocar disponíveis opiniões e posições sobre vários assuntos – às vezes, penduramos a própria alma em um varal estendido em via pública ao escrevermos poemas – e sermos julgados por eles. Podemos vir a agradar, encantar, trazer à reflexão, irritar, enfurecer. Podemos provocar debates interessantes e construtivos, mesmo e principalmente quando discordamos de alguém, ou começar discussões infrutíferas, incitando e-mails grosseiros e agressivos. Tudo é possível quando se escreve online. Podemos ser acusados de plágio apenas porque escrevemos sobre o mesmo assunto sobre o qual alguém já discorreu, ou por coincidentemente usarmos em um poema uma frase similar a quem alguém, cujo poema nem sequer lemos, já usou alguma vez.
A admiração ou o ódio que despertamos não é responsabilidade nossa. O importante, é que, seja positiva ou negativa a reação do leitor, quando houve uma reação, é porque aquilo que escrevemos fez alguma diferença, tocou em algum nervo sensível, incomodou ou obrigou a refletir. E as opiniões ofensivas e agressivas são as que mais atestam esta minha tese. Como diz o velho ditado, “Ninguém perde tempo chutando um cão morto.”
Às vezes, ser chamado de ignorante por alguém que se diz intelectualmente superior, tendo frequentado as melhores universidades do país e do mundo, é o maior dos elogios: sinal de que “Sua Superioridade” desceu de seu pedestal e nos observou. É sinal de que a nossa opinião, por menorzinha que seja, por mais politicamente ignorante que pareça, tem um fundo de razão.
Existe um fator que eu considero importante para quem escreve, e acho que todo mundo deveria pensar no assunto. Para mim, um texto polêmico tem valor quando aquele que o escreveu assinou sob ele o seu próprio nome. Não digo isto a respeito de poemas, pois estes podem ser bastante subjetivos, o que justificaria o anonimato, mas digo isto a respeito de quem escreve artigos ou expressa opiniões sobre política, atualidades, religião ou outros assuntos considerados polêmicos. Porque é fácil demais expor-se, e expor aqueles que discordam de nós, taxando-os de ignorantes e até de coisas bem piores, usando um pseudônimo – para mim, quem faz isso demonstra inconsistência e covardia. E eles são, frequentemente, os mesmos que nos enviam aqueles e-mails ofensivos, ameaçadores e agressivos, ao mesmo tempo em que vão arrulhar tolerância, gentileza e grandeza de espírito em nossas páginas.
E ninguém sabe, realmente, o quanto opiniões expressadas desta forma - anonimamente - são realmente da pessoa que as expõe ou se tais pessoas são pagas para propagar ideias a fim de influenciar as mentes dos leitores a favor deste ou daquele partido político ou instituição.
Portanto, concluo meu pensamento afirmando que a coragem em se dizer o que pensa deveria sempre vir acompanhada da coragem de fazê-lo mostrando o próprio rosto e assinando o próprio nome; caso contrário, o texto não passará de um amontoamento de palavras acovardadas, de conteúdo inseguro e inconsistente.
Continuando o assunto ao qual dei início no texto “Estou me Expondo?”, publicado aqui no Recanto, após ler as considerações nos comentários e refletir sobre o comportamento de algumas pessoas que escrevem online:
Escrever na internet é colocar disponíveis opiniões e posições sobre vários assuntos – às vezes, penduramos a própria alma em um varal estendido em via pública ao escrevermos poemas – e sermos julgados por eles. Podemos vir a agradar, encantar, trazer à reflexão, irritar, enfurecer. Podemos provocar debates interessantes e construtivos, mesmo e principalmente quando discordamos de alguém, ou começar discussões infrutíferas, incitando e-mails grosseiros e agressivos. Tudo é possível quando se escreve online. Podemos ser acusados de plágio apenas porque escrevemos sobre o mesmo assunto sobre o qual alguém já discorreu, ou por coincidentemente usarmos em um poema uma frase similar a quem alguém, cujo poema nem sequer lemos, já usou alguma vez.
A admiração ou o ódio que despertamos não é responsabilidade nossa. O importante, é que, seja positiva ou negativa a reação do leitor, quando houve uma reação, é porque aquilo que escrevemos fez alguma diferença, tocou em algum nervo sensível, incomodou ou obrigou a refletir. E as opiniões ofensivas e agressivas são as que mais atestam esta minha tese. Como diz o velho ditado, “Ninguém perde tempo chutando um cão morto.”
Às vezes, ser chamado de ignorante por alguém que se diz intelectualmente superior, tendo frequentado as melhores universidades do país e do mundo, é o maior dos elogios: sinal de que “Sua Superioridade” desceu de seu pedestal e nos observou. É sinal de que a nossa opinião, por menorzinha que seja, por mais politicamente ignorante que pareça, tem um fundo de razão.
Existe um fator que eu considero importante para quem escreve, e acho que todo mundo deveria pensar no assunto. Para mim, um texto polêmico tem valor quando aquele que o escreveu assinou sob ele o seu próprio nome. Não digo isto a respeito de poemas, pois estes podem ser bastante subjetivos, o que justificaria o anonimato, mas digo isto a respeito de quem escreve artigos ou expressa opiniões sobre política, atualidades, religião ou outros assuntos considerados polêmicos. Porque é fácil demais expor-se, e expor aqueles que discordam de nós, taxando-os de ignorantes e até de coisas bem piores, usando um pseudônimo – para mim, quem faz isso demonstra inconsistência e covardia. E eles são, frequentemente, os mesmos que nos enviam aqueles e-mails ofensivos, ameaçadores e agressivos, ao mesmo tempo em que vão arrulhar tolerância, gentileza e grandeza de espírito em nossas páginas.
E ninguém sabe, realmente, o quanto opiniões expressadas desta forma - anonimamente - são realmente da pessoa que as expõe ou se tais pessoas são pagas para propagar ideias a fim de influenciar as mentes dos leitores a favor deste ou daquele partido político ou instituição.
Portanto, concluo meu pensamento afirmando que a coragem em se dizer o que pensa deveria sempre vir acompanhada da coragem de fazê-lo mostrando o próprio rosto e assinando o próprio nome; caso contrário, o texto não passará de um amontoamento de palavras acovardadas, de conteúdo inseguro e inconsistente.