A Literatura não pode ser reduzida a um simples gostar ou não gostar

Ensino de Literatura

No Currículo de Língua Portuguesa que trata do ensino dessa matéria (Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio) encontramos a seguinte afirmativa:

Participar da formação do outro na disciplina de Língua Portuguesa é superar uma atividade apenas voltada para a informação. Desejamos formar nossos alunos para o mundo do conhecimento por meio da linguagem. Conhecer é o ato cognitivo de compreender para transformar a si e ao mundo em que vivemos, construindo relações entre os diversos significados de uma mesma ideia ou fato. Conhecimento é uma rede de significados. Quem conhece, conhece algo ou alguém, e conhecer algo, portanto, é participar no processo constante de transformar e atribuir significados e relações ao objeto do conhecimento, seja o verbo, seja o resumo ou o texto literário, por exemplo. (p. 41)

Mas, o que significa conhecer Literatura? No próprio CLP, encontramos a resposta para essa pergunta:

Para muitos, falar de Literatura é apenas dividir opiniões entre um ‘eu gosto’ e um ‘eu não gosto’. E parou aí. É muito comum o aluno não saber fundamentar o porquê da sua opinião sobre um determinado texto literário. Também ocorre de o professor, diante dessa situação, não saber o que fazer. Então o texto ou vira exemplo da história da Literatura com a pergunta ‘A que escola pertence? Quais as características?’ ou vira exemplo de exercício gramatical ou exercício de localização de informações, do tipo ‘qual a cor do cavalo branco do herói?’. Ou, pior, não vira nada, ficando apenas no ‘gostou’ ou ‘não gostou’. (pp. 43-44)

Mas, não é bem assim, não é mesmo? A Literatura não pode ser reduzida a um simples gostar ou não gostar, nem deve ser engessada pelo estudo meramente cronológico. Conhecer as escolas literárias e estabelecer relações com a História, abrangendo os aspectos sociais, econômicos e culturais, sem dúvida é pertinente. No entanto, a Literatura é muito mais do que um retrato histórico, pois representa o homem. Permite-nos conhecer o outro e a nós mesmos. É essa a grande função da Literatura.

João Alexandre Barbosa, em seu artigo "Literatura, publicado site do Centro de Referência em Educação Mário Covas, discute a importância da literatura para a formação dos estudantes.

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Das utopias e felicidades à realidade... consumo e reflexão... economizar é preciso!

"Para Diógenes, filósofo contemporâneo de Aristóteles, a felicidade, a verdadeira realização de uma vida, consistia em alcançar o autodomínio e a liberdade espiritual. E Diógenes viveu o que pensou. Para tanto, vivia em um barril, desprezava a opinião do mundo e os bens materiais.

Conta-se que Diógenes saía à rua em pleno sol com uma lanterna na mão. Indagado sobre o que fazia, costumava responder que estava à procura de um homem, mas de um homem de verdade.

Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Erigir o consumo de bens materiais (principalmente) como o bem supremo de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.

http://www.cartacapital.com.br/cultura/felicidade-suprema

http://formaoprofes2011.blogspot.com.br/2012/02/ensino-de-literatura-no-curriculo-de.html
Enviado por J B Pereira em 12/10/2016
Reeditado em 12/10/2016
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