“Círculo vicioso”
O “ideal” de pessoas felizes se apresenta como um círculo. Nele, o indivíduo aparenta ter o controle de sua vida, obedecendo o comando dos ponteiros de um relógio. Dia após dia...tic tac! A cada hora uma missão cumprida e uma satisfação sentida ( ou não). Rotina. A válvula de escape é quando se diverte e extravasa (que também vira rotina). Passa a ignorar o vazio que sente. Busca subterfúgios em ilusão. Foge de si mesmo por medo de se encontrar e consequentemente ter que “mudar”. Apesar das penosas crises de existência, se nega a enxergar que ainda não é o suficiente. Já não reconhece quem um dia foi...quem é agora? Desnudar suas certezas é de fato doloroso. É uma fome não se sabe de quê. Porém, a convicção do “ter” o que possui, prevalece no “ser” o que não é! Por que se permitir se contudo é capaz de fingir( Ser igual e feliz)? O relógio não se cansa. Segue o ciclo! Ele não está só. É um círculo vicioso!
“Por que não nasci eu um simples vagalume”?
(Machado de Assis)