Como Nos Libertar De Padrões Doentios De Pensamentos

Escrito pelo Bacharel em Teologia

Estudante de Religião e Filosofia e

Capelão Ev. Antonio F.Bispo

Vejam esse fato:

Quando vamos a um médico, ele nos orienta nos dar dicas de como evitar-mos certos males ou recomenda alguma substancia que poderá trazer equilíbrio ao nosso estado de saúde. Quando estamos bem, quase nunca nos lembramos do médico.

Quando precisamos de um pedreiro, carpinteiro, mecânico, ou outro tipo de profissional que use suas habilidades manuais como principal ferramenta de trabalho, ele vem, faz o serviço, vai embora e só nos lembraremos deste em outra necessidade se houver.

Qualquer profissional, que execute alguma atividade no campo físico da matéria, passa menos tempo “conosco”, e depois de concluído seus serviços, eles vão embora e “desocupa” o espaço que ocupou naquele momento para “ocupar” outra vez, somente quando precisarmos dos seus serviços.

Profissionais que trabalham no campo das idéias, como professores, instrutores, psicólogos, radialistas, jornalistas e profissionais semelhantes ocupam um tempo e espaço maior em nossa personalidade e acabamos nos moldando a eles ou suas informações sem perceber. Por meio da fala eles ditam a forma, e imperceptivelmente nos moldamos a forma dita.

Profissionais da fé, como pastores, padres, pregadores gurus, e outros do tipo acabam adquirindo um espaço gigantesco em nossas vidas, e quando menos percebemos, podemos estar vivendo, respirando, trabalhando e fazendo tudo em função daquilo que eles entendem sobre Deus, a vida, o mundo e tudo ao seu redor. Não exatamente sobre o que realmente seja determinada fé ou determinado “deus”, mas sobre aquilo que aquele líder religioso diz ser aquele Ser que ele representa.

É sobre esse tipo de comportamento pessoal, que deveríamos estar o tempo inteiro revisando a nós mesmos sobre nosso próprio ponto de vista para não ficarmos alienados, afinal, existem países que mais de 95% das ações diárias de um povo, são baseados em seus atos de fé ou numa crença religiosa. Sua constituição, seus hábitos alimentares, suas guerras, suas “conquistas”, seus medos atuais e futuros, sua forma de se relacionar com quem quer que seja, tudo estar baseado naquilo que um líder religioso diz ser a vontade daquela divindade que eles acreditam ser superior.

O cristianismo já foi assim também em outro tempo e que quase 100% das atividades diárias dos seus seguidores eram baseadas no que papas e padres diziam. O mundo girava em torno desses líderes e de sua interpretação do mundo. Hoje estar um pouco menos menos, mas a depender do país, entre 40 a 70% das atitudes de um povo, ainda são controlados por aquilo que pensa o seu representante da fé. Nas igrejas evangélicas, isso rende mais ainda, chegando a mais de90% nas que se denominam como de fé pentecostal. Até 90% das ações diárias de seus membros, dentro e fora do grupo religioso são baseadas naquilo em que o líder maior pensa e fala em seus discursos sobre sua própria visão de mundo. Não é exatamente a bíblia, ou o Estatuto da igreja que cada igreja tem sobre seu ponto de fé e conduta, mas a crença do líder de maior influencia no grupo, que vai determinar como aquelas pessoas irão se comportar na sociedade seja num simples ato de comprar ou vender qualquer coisa, até o modo como se alimentam, se vestem, sorriem, cumprimentam os outros na rua, e o modo como se culpa perante todo tipo de pecado construído por esse líder para controle das massas. Nisso reside o maior perigo. As pessoas abrem mão de quem são, de sua personalidade, de seus sonhos e desejo, para serem aceitos no grupo “que vai morar no céu”.

Sim, essa é a frase de maior impacto interior na vida dos fiéis, que dita de modo simples, passa desapercebida e faz com que as pessoas se sujeitem a todo tipo de capricho de um líder mal intencionado. Desde servir de objeto sexual deste, a entregar seu tempo, suas posses, e suas vidas.

Cada corpo religioso tem sua idéia de céu, mas todas elas concordam entre si, que o céu é um lugar bom e todos querem ir para lá, e que o líder, por ser líder é o mais capacitado para estar ali e conduzir o povo até os céus. Se ele vai conduzir é por que ele sabe o caminho. Se ele sabe o caminho certamente tem as chaves ou tem “moral” com o dono do céu e sua passagem já estar garantida para entrar nesse local. E como em uma festa, se você não tem o convite, mas acompanha alguém que tem um convite oficial, você corre um grande risco de que te deixem entrar nessa festa. Assim construímos nossas relações religiosas. Baseado no medo e na ganância. Medo de ser lançado num “inferno” e padecer eternamente, e a ganância de barganhar com “ungidos” em troca de proteção especial, já que também estes são “protegidos” do criador.

A primeira coisa que devemos saber para nos libertar desses padrões opressores é que a maioria das denominações religiosas cristãs hoje em dia tem menos de 50 anos de existência. Por mais que no discurso do seu líder pareça que sua igreja foi fundada quando o planeta foi fundado. Mais de 90% das denominações evangélicas que hoje “vendem” seu próprio cristo em cada esquina tem menos de meio século de existência. A base de crença numa trindade, numa hierarquia espiritual e humana ou a utilização de alguns ritos litúrgicos, podem ser tão antigas quanto o próprio homem, afinal não há religião pura e original, todas elas são mixagem de uma crença com outra anterior desde quando surgiu a primeira forma de culto que se tem registro, mas a maioria das igrejas freqüentadas hoje, talvez seja tão nova, que seu pai ou seu avô tenham mais idade que estas e mesmo assim o líder quando fala de sua igreja, fala como se fosse a que se iniciou com Abrão, Moisés ou os Apóstolos. Se não parecer “original” o povo não quer.

Não quero com esse texto, discriminar, menosprezar, reduzir ou diminuir qualquer tipo de crença. Toda ela tem e teve seu papel, bom ou ruim no modelo de cada sociedade. Mas quero com esse texto, mostrar, que os maiores crimes já cometidos contra a humanidade como guerras e perseguições milenares, e crimes diários que até hoje cometemos contra nós mesmos, não vem exatamente do fato de crer nesse ou naquele deus, mas no fato de não questionarmos e obedecermos cegamente nossas lideranças espirituais. Os deuses de um povo, praticamente estarão neutros, e nem farão bem ou mal a quem quer que seja, afinal, pedra, areia cimento ou madeira armada como representação de um ser, pouco pode fazer por alguém e os outros deuses invisíveis, agirão apenas no campo da fé, sobre aquilo que foi construído a respeito deles. Prova disso é que quase nunca você vai ver um ateu caindo possesso, cheio de “demônios”, mas diariamente você ver em igrejas, crentes cheios de “unção” e poder, quais os seus lideres expulsam de seus corpos centenas de “demônios” que habitam o corpo dessas pessoas, mesmo algumas delas sendo “cheias do espírito” e falando em línguas estranhas. Deveria ser o que não crer ficar possesso, no entanto, desses o “demônio” passa longe.

Construímos uma crença errônea ao longo dos séculos, que qualquer pessoa que usa uma bíblia, usa uma batina, veste um paletó e fala o nome de Deus, é uma pessoa de Deus e merecem crédito suas palavras. Bom repensar esse detalhe. É factível que qualquer grupo, seja ele político, religioso ou econômico, visa apenas e somente o interesse do próprio grupo e não o bem estar coletivo ou planetário. É factível que o “deus” de um grupo sempre ordenou a destruição de outro grupo, quando pela fala não pôde subjugá-lo. É factível, com exemplos dentro e fora da bíblia, que vários pregadores e missionários que iam levar a “salvação” desejam ou desejam ver a destruição de quem não “se converteu” para depois ter o prazer de contar, que ninguém brinca com seu deus. É factível e tendencioso de qualquer grupo religioso, estimar o seu grupo e suas crenças e negar e menosprezar as demais. Isso existe desde que existem rituais litúrgicos seja a que deus for.

Nos grupos evangélicos, a escala de alienação é ainda maior que em outros grupos, pois cada dia mais, esse povo tem se inclinado ao misticismo, voltando á crenças antes abolidas por eles mesmos como sendo heresia no passado. Hoje, a cultura mística virou parte da liturgia de vários cultos e o meio para “caçar ungidos”, e identificar um “homem de Deus” é pelo teatro que a pessoa faz dentro do grupo e não pelo seu modo de vida diário fora do grupo como sugeriu Jesus, pois nesses locais qualquer pessoa que fala em línguas estranhas, desenvolve uma boa oratória, aprende a persuadir o povo por meio da fala e gestos corporais, consegue levar as pessoas a um estado de transe ou fé para auto cura, aprendeu a carisma, a manipulação, rodopia, cai, grita, pula e faz piruetas na igreja, esse sim, segundo essa crença, quando este fala é o próprio Deus falando e suas palavras devem ser seguidas a fio. Se um “ungido” desse convidar o grupo a qualquer ato bizarro, eles farão sem pestanejar. Centenas de casos de suicídios coletivos nos últimos 50 anos, baseado nesse tipo de crença foram registrados. A triste realidade, é que se não houver mudança de rumo, os evangélicos dos próximos 50 anos construirão uma sociedade pior, que a igreja católica construiu entres os anos 500 e 1500 no ocidente. A guerra pelo bolso e pela mente do povo entre eles começou há 120 anos e só estar ainda engatinhando. Lógico que toda regra tem exceções, e generalizar não seria algo inteligente mas a grande parte, estar numa luta desenfreada para enriquecimento próprio,ou domínio de poderes místicos alegando ser coisa de Deus.

Voltando ao ultimo fato citado, fenômenos mediúnicos, e habilidades de fala, retórica, persuasão e manipulação, são tipos de habilidades humanas aprendíveis e ensináveis em qualquer grupo ou escala social. Não há nada de mágico ou divino nisso. Qualquer pessoa pode ser um melhor orador, palestrante ou persuasor se procurar a escola ou curso certo e se aplicar a isso. Qualquer pessoa pode desenvolver habilidades de cura, vidência, clarividência, clariaudiência ou outras habilidades metafísicas se procurar a escola ou curso certo e se dedicar a prática. Internamente possuímos habilidades como essas, em alguns mais expostas em outras adormecidas ou “demonificadas”. Isso não quer dizer que tais pessoas sejam santas ou melhores do que outras, nem suas palavras devam ser seguidas a riscas. Apenas algumas pessoas cresceram em ambientes que estimularam essas habilidades e outras não. A timidez pode ser o maior obstáculo para desenvolver qualquer habilidade humana. Isso também pode ser corrigido com orientação profissional. Nada que não possa ser repetido em vários seres da mesma espécie com dedicação pessoal. Nada de mágico! Ser místico ou possuir habilidades de fala não caracteriza ninguém como homem ou mulher de Deus.

Costumamos divinizar ou demonizar quaisquer pessoas que tenha habilidades que a grande maioria não tem. Tememos ou adoramos tudo que é diferente. Fazemos isso há séculos e nem percebemos.

Segundo os ensinamentos dos grandes lideres religiosos que passou nesse mundo, a exemplo de Jesus, é o modo como as pessoas se relacionam com outros que deveria fazer toda diferença. É o modo como a pessoa usa o perdão, a compaixão, a compreensão, a não violência, o se pôr no lugar do outro, o controle da inveja, da ganância, da ira e do ódio quem deveria caracterizar quem é ou não um bom cristão, um bom cidadão, uma boa pessoa.

Nossos lideres religiosos atuais, nos fizeram acreditar que bom cristão é aquele que mais vai a igreja, mais dar o dizimo, mais obedece cegamente as lideranças, mais faz serviço voluntário apenas em beneficio do grupo, mais fala em línguas, mais ora, mais jejua, mais faz piruetas dentro da igreja....ISSO É UMA GRANDE MENTIRA! Coisas como essas jamais classificam o grau de ser cristão de ninguém, antes sim classifica de longe o grau de alienação dessas pessoas.

Precisamos desfazer com urgência esse tipo de pensamento se quisermos ter um cristianismo sadio. Se há algum grau de verdade a ser obedecida num livro chamado bíblia, há também nela escrito, que o líder não é a única pessoa capaz de interpretar a vontade do criador e repassá-la ao povo, pois tudo já estar ali explicado, o resto é arranjo e conjecturas de pregador. Há escrito nesse livro também, que na grande maioria dos casos, foram os lideres que levou o povo a destruição e abandono dos bons costumes quando se deixaram corromper.

Outra triste realidade é que a bíblia, apesar de ser o livro mais vendido, é o menos lido entre os cristãos. Eles não lêem a bíblia. Eles lêem apenas alguns poucos versículos isolados que dão base a sua fé e dispensa todo o restante. Menos de 3% de todo o conteúdo da bíblia é acessado por um cristão comum. Todo o restante é isolado, descartado ou dito que isso foi coisa do passado. Todas as denominações se comportam do mesmo jeito. Usam apenas o que reforçam sua fé, mas na prática dizem que crêem em todo o livro, dizem que todo o livro é inspirado, mas ficam apenas com o que sustenta seus interesses. Como crer naquilo que nem sabem que estar escrito? Super fácil! Basta crer naquilo que o líder diz que estar escrito mesmo sem estar escrito! Simples assim. Afinal, ele ganha pra isso, dizem alguns seguidores. Ele ganha para ler e interpretar para o povo a “vontade de Deus”. Desse modo, tudo que o líder diz, é recebido como sendo bíblico, por que ninguém ler para comparar, e os que lêem e comparam e dizem isso abertamente, são logo perseguidos e massacrados até que se retirem do grupo ou aceite as palavras do líder como palavra máxima. Sempre assim...

Considerando que o pensamento religioso é o que mais influencia nossa sociedade, não seria a hora de procuramos viver melhor nossa “religiosidade” e nossa “espiritualidade” ao invés de deixarmos que o tempo todo outros digam como nos conduzir segundo o entendimento deles mesmo? Se é estranho um magro usando a roupa de um gordo, ou um gordo de um magro, por que usamos a “roupa espiritual” dos outros o tempo todo e aceitamos numa boa?

Outros profissionais entram em nossa vida somente quando precisamos dele. Líderes espirituais e profissionais da fé, praticamente moram em nosso inconsciente o tempo inteiro e nos comportamos inconscientemente segundo o que eles disseram, mesmo que eles não estejam presentes para nos observar. Isso só funciona mais em crentes fiéis, claro, por os que são apenas freqüentadores, tanto fez como tanto faz.Precisamos aprender um meio de deixá-los no modo consciente, usando seus conselhos quando necessário, comparando com outras realidades e não vivendo de modo automático a realidade que eles planejaram para nós baseado em sua forma de entender um deus.

Quanto mais bruto, estúpido, ignorante, arrogante, insensível e animal for uma pessoa, assim também será o Deus que ela representa. Quanto mais amorosa, bondosa, harmoniosa, compreensiva, inteligente, respeitosa e amável for uma pessoa, assim também será o deus que ela exala em cada canto aonde ele for. Há pessoas que cheiram a flores. Há outras que cheiram a fezes. Assim será o deus que eles representam. É no tratar, no agir, e no domínio próprio que percebemos o tamanho e a qualidade do deus que cada pessoa representa.

O Jesus Cristo citado por alguém que visita um centro espírita, que ler, estuda, pesquisa, compara, analisa, medita e observa será bem diferente do Jesus Cristo de um crente pentecostal que não ler, não pesquisa, vive apenas de jejum , de monte e profetizando o tempo todo. Enquanto o Jesus do primeiro terá caracteristicas mais voltadas a benevolência e praticas do bem, o Jesus do segundo é sem paciência: ou aceita a pregação do pregador ou vai pra o inferno logo que deixar aquele recinto, pois como ele recusou a pregação, um acidente grave vai acontecer e sua alma vai direto pra o inferno, pois rejeitou a pregação e o pregador. Percebeu? O grau de cultura do transmissor influencia a ação da divindade. Deveria ser o contrário não é? Quanto menos controle um pregador ou um “ungido” tiver sobre seus próprios sentimentos de inveja, ira, ódio e ganância, o deus que ele representa será a cópia exata de sua personalidade, será um deus raivoso, trapaceiro, arrogante e presunçoso, por que assim o seu representante o irá transmitir por atos e palavras. Hoje, o representante maior das igreja tem um sobrenome oculto: MAMON.

O modelo de pregação atual na maioria das igrejas adoece as pessoas e mudam para sempre seu modo de se relacionar com os outros, fazendo com que veja todas as outras pessoas como inimigas ou objeto de desejo até o dia que eles “aceitam a Jesus”. Depois que isso acontece agora são concorrentes e vão trocar tapas na própria igreja por posições de destaques como cargos, funções ministeriais, e oportunidades para cantar e pregar. A mesma pessoa que cantou no dia de sua conversão para você se converter, poderá ser o mesmo crente que vai cantar “sabor de mel” pra você, como forma de te mandar um recado de marcação de território. Alguns animais na natureza demarcam território pela urina, fezes, ou rosnando. Depois de algum tempo, certas pessoas em igrejas vão demarcar territórios por meio de hinos, profecias e indiretas em nome do senhor. O que antes era amado e desejado para estar naquele grupo, logo pode ser odiado pois demonstrou algum tipo de talento que fazem as “recalcadas” ficar na platéia. Sempre assim...Amam quando estar longe. Aborrecem quando estão pertos. Assim procede a “salvação” em vários grupos religiosos.

Ainda baseado no modelo alienado de ver deus, alguns crentes não irão estudar, trabalhar ou se aperfeiçoar em algo por que servem a um “deus” que mata mil pra dar vitoria a um, pois no circulo de oração ou no congresso local, “deus” falou que sua bênção estava chegando. Então, a primeira oportunidade desonesta ou desonrosa que ele achar pela frente que lhe ofereça lucro fácil ou posição social meteórica, ele abraça pois vê naquilo ali a bênção que lhe foi prometida. Esse tipo de cristão vai viver sempre de campanha em campanha, dando tudo que tem em troca dessa bênção que nunca chega e quando chega dura pouco ou lhe consome a paz.

Já o modelo de cristão que acredita que “deus ajuda quem cedo madruga” vai procurar sempre evoluir no trabalho, nos estudos, como pessoa, nos relacionamentos, pois acredita que a bênção de deus consiste na sua capacidade física e intelectual de realizar trabalho e não de achar pronto e fácil. Esse tipo de cristão, diferente do primeiro citado, corre de tudo que pareça fácil demais e de procedência duvidosa. Esse também pode até demorar um pouco para juntar algum tipo de patrimônio, mas toda caminhada, cada passo importa para ele, e não apenas a realização final. Esse terá equilíbrio e certamente uma saúde melhor, comparada ao outro que vive de monte em monte, campanha em campanha e bênção em bênção.

Geralmente uma igreja é o retrato do seu líder. Mas nem sempre é assim. Existem muitas igrejas que há lixo nos púlpitos e ouro sentados nos bancos. A distancia entre um e outro é apenas o grau de “puxa-saquismo” e não exatamente da “unção” ou capacidade de liderança. Num corpo que se diz espiritual, mas que é regido 100% por interesses carnais ou você faz o jogo ou não sobe na hierarquia. O melhor é que não se precisa subir em hierarquia nenhuma para ser um bom cristão ou praticar o que é justo e certo. Em qualquer lugar e em qualquer hora, independente da vontade ou consciência dos lideres, podemos praticar o cristianismo.

Desse modo é importante que cada ser religioso, comece a questionar seu modelo de liderança, com o modelo com aquele que foi proclamado como o seu líder maior de sua fé ou seu deus.

A espiritualidade do homem não é estática. É progressiva e evolutiva. Nenhuma líder, por maior que seja, tem o direito de por uma pedra em cima de ninguém, ou declarar inércia eterna sobre a vida daquela pessoa. Se é nas nossas crenças que eles vivem, é nelas que eles atuam e eles perdem todo o poder sobre quem quer que seja quando entendemos como as coisas funcionam. Todo o poder reside na crença. Para o bem ou para mal, esse poder se manifesta em nós, por meio de nós, para nós ou contra nós mesmos e desse modo influenciamos o ambiente ao redor.

Escrito em 18/9/16

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 18/09/2016
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