EFÊMERO...

Naquilo que há de mais efêmero
Consiste no verbo todo exalado
Estrelas sempre que passeiam
Num universo assim constelado

Como a vértebra que toda cai
Em flores colhidas lá dos céus
Em botão enfeitando os jardins
Ludibriada forma de aqui pairar

Hei de virar musa naquele paraiso
Onde poesia é puro acalanto d'alma
Despindo em mim paixão que nunca

Haverá dum dia ser revelada em mãos
Tiras meu sono e me perpetua em ti
Numa crise de sinais todos velados...

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 17/09/2016
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