Mistério da salvação: graça e liberdade em Jesus, Deus e Homem verdadeiro.

"Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti." [ Santo Agostinho de Hipona ]

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Quando pela encarnação, Jesus assume a condição humana, sem deixar de Ser Deus, mas esvaziando-se (Kenosis), sem o pecado original, libertando primeiro Maria, sua mãe do Pecado original, para que nascesse também sem mancha e se constituisse, pois, nosso e único salvador, consegue conciliar Deus aos homens e vice-versa. Desse modo, por graça e mistério, que nos ultrapassam e nenhum homem só e por si mesmo, poderia desvencilhar-se do pecado original e nem retomar a união rompida com Deus no Paraíso, Jesus é a expressão maior da possibilidade de Deus por amar a humanidade e libertar todos os homens e mulheres de todos os tempos do domínio do pecado, da morte, do mal. Nesse sentido, pela sua Encarnação, pela sua Paixão e Ressurreição e Ascensão a obra de Deus é completa e perfeitamente justa e santa.

Ainda sua atuação, a mediação de Jesus na Cruz reúne todos os elementos saudáveis e puros da graça e otimiza a liberdade como opção pelo bem como expressão de entrega ao amor e à salvação do homem e da mulher no plano da salvação e da graça para o tempo e para a eternidade. A cruz traduz as dimensões vertical (Céu) e horizontal (Terra), alma e carne, espírito e corpo, mente e emoção, fé e razão, transcendência e imanência.

Jesus resolve os traumas da humanidade pretensiosa - sem Deus e solitária - não solidária. Perdida em si pelo orgulho e mal uso da liberdade.

Jesus concilia o Deus que vem e o homem que vai: a graça que está disponível e o homem que carece de...; a misericórdia que abraça sem medo e sempre enquanto a miséria nos amotina e seguestra de nós mesmos - nos afundando na lama do pecado e sabotando para longe do projeto de Deus para todos e com todos.

Jesus supera a distância entre o Deus que está presente e o homem que se ausenta. O que quer e o que é fraco e se perde!

Jesus é a ponte entre a potência e impotência; a infinitude e a finitude, a terna eternidade e a trêmula mortalidade; é a síntese entre o amor e a liberdade: a monergenia e a sinergia: Deus que se dá sem precedentes e não discrimina jamais porque é amor e ama sempre - e o ser humano que precisa sentir-se livre para amar e corresponder no amor amando, indo e vindo, caindo e levantando, perdoando e perdoado. "Jesus, homem verdadeiro de Deus verdadeiro, não criado e consubstancial ao Pai, dele tudo é perfeito e se fez homem para nossa salvação e nasceu da Virgem Maria por obra do Divino Paráclito..." (Credo Niceno-Constantinopolitano).

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Monergismo significa na teologia cristã a doutrina de que o Espírito Santo sozinho pode atuar num ser humano e propiciar a conversão.

Em uma manifestação simplificada o monergismo afirma que a salvação emana toda ela de Deus, opondo-se ao sinergismo, o qual afirma que Deus atua parcialmente e que a totalidade da salvação também depende da vontade de cada ser humano para completar a obra divina e com isso unir-se a Deus de maneira deliberada. Segundo o monergismo a um pecador é concedido o perdão quando da morte de Jesus e por isso estaria implícita a comunhão com o Cristo, e a fé em Jesus pelo Espírito Santo. Assim, para uns a santificação viria instantaneamente, ou para outros como algo progressivo. Mas segundo o monergismo a santificação advém inteiramente de Deus, dentro do conceito de graça irresistível.

Monergismo (regeneração monergística) é uma benção redentora adquirida por Cristo para aqueles que o Pai lhe deu (1Pe 1.3; Jo 6.37-39). Ela comunica aquele poder na alma caída pela qual a pessoa que deve ser salva é eficazmente capacitada a responder ao chamado do evangelho (Jo 1.13). Ela é aquele poder sobrenatural de Deus somente pelo qual nos é concedida a capacidade espiritual para cumprir as condições do pacto da graça; isto é, para apreender o Redentor por uma fé viva, para se achegar aos termos da salvação, se arrepender dos ídolos e amar a Deus e o Mediador supremamente. O Espírito Santo, ao vivificar a alma, misericordiosamente capacita e inclina o eleito de Deus ao exercício espiritual da fé em Jesus Cristo. Este processo é o meio pelo qual o Espírito nos traz à viva união com Ele.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Monergismo

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Resposta a um amigo sobre Deus!

Com todo respeito a você, sei que a vida nos parece paradoxal, nosso destino ou origem é desconhecido, ainda sabemos um pouco de nós mesmos. Eu o estimo muito. Sempre busquei em Deus a compreensão da vida, sem fugir de minhas controvérsias e paradoxos. Sei que Deus não resolve tudo, nem é paternalista e SOS. Não quis entrar na sua liberdade e criação de sua filha - apenas uma sugestão de apoio e saúde interior. Se houve exemplo e diálogo dos pais, a religião pode não fracassar. Nossos projetos às vezes fracassam, os de Deus jamais. Creio em Deus como um amigo invisivel e sempre presente. Acredito que viver é uma arte de administrar nosso bens e talentos, mas não se resume o sentido da vida em tais condições materiais. Não acredito que a vida termina no túmulo e se fecha para sempre. Meu Deus é com D grande e se fez pequeno sim em Jesus, homem que nem seu e você - com uma capacidade de amar e perdoar, apontar o futuro como plus. Por isso, creio eu, que a vida tem sentido: escrevemos livros, geramos filhos.

Vamos além da dor, projetamos invenções e queremos ir além do planeta em direção às estrelas e mergulhamos no mar, ... Quando não encontramos o sentido da vida e de um Deus possível nos nossos impossíveis jogos de xadrez por nos achamos pequenos ou grande demais, sagazes ou oprimidos, vamos a busca de justificativas, teorias, ideologias, culpamos as igrejas e religiões pelo atraso da humanidade e não confiamos sequer no progresso como efeitos da exploração de muitos e dos sistemas em colapsos. As crises nos amotinam, entristecem ou nos ajudam a recomeçar. É bom ter um Deus em quem se pode crê quando muitos já perderam a fé. A fé não é coisa infantil e nem fanatismo. Há uma grande diferença entre ter fé e absurdo. Crê não é absurdo. Deus é absoluto e não absurdo!

J B Pereira e https://pt.wikipedia.org/wiki/Monergismo
Enviado por J B Pereira em 12/09/2016
Reeditado em 12/09/2016
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