Da titular, licenciada, ao sempre em exercício (61)
Querido,
já não estou entendendo nada - apesar de mulier sapiens, auto-categorizada - mas me explica aí essa questão pela imprensa já divulgada: não cogitas mais ir ao Rio para se despedir da Olimpixada?
Logo agora, no momento de maior descontração, maior exposição do país e de nossa gente, de seus feitos, de nossos peitos e jeitos, preferes encerrar-te em Bras-ilha da fantas-ilha?
Vai, caro Mimi, pois teu interinato está por uns poucos dias e a hora é de se ombrear com tanta figura exponencial do mundo esportivo, político e cultural. E vais ver como a flama incendeia, incandesce, cresce, se vieres a falar em cadeia. Vai, amigo e fiel companheiro, que pague ou apague essa cena não há dinheiro.
E que bonito espetáculo nos deram os meninos Micaletas ontem à noite, batalharam, batalharam e ao cabo e rabo aos alemães dobraram. E daquela Merdel, nada angelical, a crista sim baixaram. Portanto, nesse momento invulvar nada de desaNeymar.
Para além do momento olímpico, vejo que contemplas agenda (p)audaciosa de visitas às estranjas. E fazes bem, pois nada a temer nossa brava gente tem. Mostra para esses gringos e pingos, o quanto vale essa gente varonil, da mãe-preta, de Iansã, de Lobato e de Raduan. Assim como falo grosso, fá-lo tu também, estreitando esse fosso com que teimam em nos manter à distância.
E vai sim vai, saúda essa meninada toda que se superou, remou, chutou, cortou e golpes limpos aplicou. Vai, Mimi, cada vez mais torço por ti.
Bises, da tua sempre Didil
NB: O Bessias já se apressa aqui para ir ao teu encontro. Apanhou o maior apego com o Michelzim - pede a ele para escrever pra mim? - e assim fico sem comentar a missiva que mandei aos Exmos Senatores da República. Modéstia a parte e aperte, uma senhora peça de (x)oratória, que faria um Cí(n)cero aplaudir de pé. Comentá-la-emos depois. E quiçá possas lhe acrescentar alguns versinhos bem ao teu estilo fantasmagongórico.