"Aguardo ansiosamente"
"É só ficar calma". Pronto, a frase que mais me tira do sério. Prazer, ansiedade em pessoa! Percebi que as coisas ficaram sérias quando não consegui mais controlar o movimento acelerado dos meus pés enquanto sentada, a perna subia, descia e o desespero aumentava. E percebi que a ansiedade não é e nunca foi uma brincadeira, as noites acordada por medo de um presente quase futuro, o piscar excessivo durante momentos críticos, a pálpebra tremulando a todo tempo me pedindo uma pausa e o pior, a cabeça que parece não querer desligar. Aquela coisa meio Dalí com pensamentos jogados, derretendo, meio sem sentido meio "Cão Andaluz".
E esse é o primeiro texto em que não me sinto mal por descrever exatamente o que se passa, chame de drama, eu chamo de doses altas dos mais diversos remédios, exames e exames sem nenhum resultado que faça com que acreditem na verdade do ocorrido, perda de peso iminente e o constante medo de ser insuficiente. Pronto, vem daqui minha insegurança. Poderia ilustrar toda essa dor de cabeça, mas a constância do mesmo é inútil. Via de regra, se a poesia é o entretenimento emocional para nossa razão, que a verdade seja dita, escrevo porque meus dedos aceleram ansiosamente para um resultado positivo o mais rápido o possível. E se a positividade não é alcançada, o contínuo medo daquele que nasceu para encarar o futuro sem saber lidar com o presente... E perceber que os segundos podem ser uma eternidade abusiva, porque ser ansioso é ter medo de que o tempo passe.
No fim das contas, ansiedade é não saber terminar uma fra...
É querer abraçar o mundo acreditando nas impossibilidades mais que ridículas, já que a mente não pára, sequer o mundo e se quer viver... Aprender a lidar com tudo isso é de certo modo, fácil, o difícil é fazer com que entendam a gravidade de só flutuar, descontroladamente.