Maldito taurino teimoso
Eu pensei mil vezes em te ligar, te vigiei e te amaldiçoei por várias manhãs. Sim, manhãs, pois eram as melhores que eu tive em tão pouco tempo. Manhãs que eram enormes e ao mesmo tempo curtas, pois voavam de um jeito inexplicável.
Eu me curei, eu acho. Mas às vezes a sua música toca no rádio. Nem tão rádio assim, pois eu coloquei ela lá para tocar e me pegar desprevenida, coisa que ela faz bem.
Você foi um CD do Matanza ao vivo, a cores e só para mim.
Você foi Chico buarque de Holanda, foi Paula Mattos e Maiara e Maraísa do jeito mais curto e especial que existe.
Me deixa louca, sem ação e com vontade de chorar e, às vezes, de te bater porque foi o seu orgulho besta, a sua raiva incontrolável e a tristeza que tinha nos seus olhos que te afastou de mim.
Eu queria tirar tudo isso de você e te dar amor como eu tentei, incansavelmente. O amor mais gostoso, inteligente e irônico que eu achei na vida, que eu sonhei pra mim e que eu perdi.
Afinal, agora nem sei por onde você anda, mas saiba que se for o destino, eu ainda te cruzo, seu maldito taurino teimoso.