Maldito taurino teimoso

Eu pensei mil vezes em te ligar, te vigiei e te amaldiçoei por várias manhãs. Sim, manhãs, pois eram as melhores que eu tive em tão pouco tempo. Manhãs que eram enormes e ao mesmo tempo curtas, pois voavam de um jeito inexplicável.

Eu me curei, eu acho. Mas às vezes a sua música toca no rádio. Nem tão rádio assim, pois eu coloquei ela lá para tocar e me pegar desprevenida, coisa que ela faz bem.

Você foi um CD do Matanza ao vivo, a cores e só para mim.

Você foi Chico buarque de Holanda, foi Paula Mattos e Maiara e Maraísa do jeito mais curto e especial que existe.

Me deixa louca, sem ação e com vontade de chorar e, às vezes, de te bater porque foi o seu orgulho besta, a sua raiva incontrolável e a tristeza que tinha nos seus olhos que te afastou de mim.

Eu queria tirar tudo isso de você e te dar amor como eu tentei, incansavelmente. O amor mais gostoso, inteligente e irônico que eu achei na vida, que eu sonhei pra mim e que eu perdi.

Afinal, agora nem sei por onde você anda, mas saiba que se for o destino, eu ainda te cruzo, seu maldito taurino teimoso.

Sandy Lemos
Enviado por Sandy Lemos em 28/07/2016
Código do texto: T5711885
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