Perfis recantistas (Damião Cavalcanti - 114)
Este Recanto é rico de recônditas surpresas. Visitando-o há mais de uma década, foi só nesta madrugada que já vai rompendo, suave com sói, mas inexorável que até dói, que me deparei com a prosa de Damião Ramos Cavalcanti, originário de Pilar e a partir dali, é história que esse paraibano se põe a contar. São quinhentos e poucos textos e umas cinquenta e tantas mil leituras.
Esse imortal da Academia Paraibana de Letras, não bastasse ter uma escrita que é um primor, bem nos faz em expor todo esse fino lavor. Presente em oito gêneros, que vão da poética ao erótico, sua essência, com fineza e firmeza, nada obstante, é a crônica. E sempre reveladora. Da carta de Dom Aldo, ao Bredo de Natal.
Adjetivos para definir um confrade desse quilate tornam-se insuficientes e na certa, imprecisos, afinal, mais além da pura palavra, Dimião é o lapidador que crónos desbrava, e grava.