das tradiçoes religiosas cristãs

Pequeno tratado sobre pontos importantes da fé cristã

Escrito pelo Bacharel em Teologia

Estudante de Religiao e Filosofia e

Capelao Ev. Antonio F.Bispo

(ponto de 19 de 30)

Ponto 19- Das tradições religiosas cristãs

Se Cristo realmente existiu, o cristianismo deveria ser não uma religião, mas um estilo de vida, onde aqueles que dizem ter em Cristo seu modelo de conduta, viesse a por em prática seus ensinamentos, onde em sua grande maioria deixava claro que o único meio de servimos a Deus e adorá-Lo, seria aprendermos a convivermos uns com os outros por meio do amor e da paz. Segundo o que estar escrito a respeito dele nos evangelhos, uma tradição desprovida de um significado e que despreze a vida humana não tem validade, para nada serve.

Apesar de quase 80% da população ocidental se declarar cristã, poucos realmente sabem o que é ser cristão, ou o máximo que conhecem sobre a historia de Cristo é a historia do seu nascimento, de sua morte e seus milagres. Apenas isso! Grande parte delas encenadas em datas comemorativas e depois esquecidas durante o resto do ano. Natal e páscoa. Uma vez quando ele nasce e outra vez quando ele morre para renascer no fim do ano outra vez. Sempre assim. Fora isso seu nome serve apenas como amuleto em vidros de carros ou em paredes de prédios ou igrejas.

Como em toda grande religião os ideais que um grande mestre consagrado pelo povo pregava, logo são anexados a vários outros costumes por aqueles que o substituem até se perderem nas areias do tempo. Com Cristo não foi diferente.

Tradições geralmente viram festas, festejos, comemorações, um rito, algo que nos faça transcender ainda que por alguns minutos ou dias, de um estado mental a outro, ainda que de modo fantasioso e intencional. Serve para o medíocre esquecer a mediocridade da vida. Serve também para socializar o individuo e mostrar aos mais jovens como as coisas funcionam. Toda sociedade organizada tem isso. Serve de válvulas de escapes para liberar as insatisfações populares mediante seus governantes. Foi assim com o pão e circo romano, foi assim antes na antiga Babilônia, na Grécia, com Astecas, Maias, Incas e sempre será assim em qualquer sociedade cultue um ser sobrenatural e possa nele transferir suas culpas e medos, seja uma monarquia, dinastia ou republica. Uma festa que em há grande aceitação popular vira tradição. Se não houve aceitação, cria-se um mito em volta dela e associa o sagrado ao profano e chama de divino e fica tudo bem. O que importa é se divertir ou pelo menos esquecer os problemas, ou pior: esquecer de procurar soluções para os problemas e atribuir tudo as divindades para depois fazer oferendas e barganhar com elas. Com o Cristianismo não foi nem é diferente. Há um ser do bem e um ser do mal para transferirmos nossas responsabilidades e nos fazermos de vitimas.

Qualquer ser mortal que questiona algum rito católico ou protestante é tido como herege. Heresia nessa concepção não é fazer algo contra os ensinamentos de cristo, mas fazer algo contra a concordância do clero ou das conversões protestantes vigentes. Todos os cristãos dizem acreditar na bíblia, mas qualquer que usa a bíblia para questionar comportamento anti-bíblico dos seus lideres, logo são tido como hereges. Na antiga igreja católica, por mais de 1500 anos os tais era silenciados pelas chamas da fogueira ou dezenas de outras formas de martírio. Na igreja católica de hoje, os tais são excomungados e tidos como aqueles que ficam a margem do reino de Deus e jamais em seu leito. Nas igrejas protestantes, os que usam a bíblia para reprimir comportamentos anti cristãos dos seus lideres, são amaldiçoados por eles, que lhe desejam a morte e tragédia na família inteira, doenças degenerativas, desempregos e todo tipo de má sorte sobre a vida daquele “herege” até que o mesmo venha chorando, diante dos pés da liderança e de toda igreja e confesse que estava errado e jamais vai tocar no “ungido do senhor”. Quando o tal não tem essa “humildade” para vir pedir perdão pelos seus “pecados”, eles marcam o sujeito, como um fazendeiro marca o seu gado, e diz aos posteriores que ocuparão seu lugar ou aos de outras igrejas em redor que aquele sujeito é um “rebelde” e tem de ficar de olho nele e em toda sua família...

Pouco ou quase nada existe hoje do que realmente deveria ter sido o cristianismo. É mais fácil achar cristianismo (como prática) fora dos ambientes religiosos do que dentro deles.

As igrejas cristãs substituíram todos os ensinamentos de Cristo por dezenas e centenas de tradições religiosas que vão de encontro a tudo que diz respeito a fé no Deus hebreu, que eles adotaram para si e a Cristo, o qual chamam de messias e salvador. As que não se encheram de tradições, fizeram de suas igrejas grandes bazares, cujo objetivo é o comercio da fé, e quanto mais bobo ou ganancioso a pessoa seja, melhor será para as lideranças, pois esse tal será um “escravo livre” sem perceber. Ou seja: nas sociedades antigas as pessoas eram capturadas e vendidas como escravas e fazia tudo contra a sua vontade ou morriam. Nesses modelos de igreja, as pessoas tomam a escravidão como bandeira de liberdade, fazem tudo por vontade própria, doam seus bens, seu tempo, sua personalidade, seus gostos, seus prazeres, suas vidas, tudo em nome de tradições e ritos que para nada servem, para depois dizerem que “cristo as libertou”. Grande paranóia! Seria mais sincero se dissessem “ as tradições no escravizou”!

O que é mais engraçado nesse estilo de cristianismo, é que todo ser que estar fora de algum grupo religioso, mas vive em práticas cristãs, são perseguidos por membros de varias igrejas, que tentam converter a sua denominação a todo custo, e não descansam até conseguir. Quando não conseguem lançam sobre estes maldiçoes e dizem que os tais irão para o inferno por que “não aceitaram a Jesus” e eles para o céu! Será? Não seria o contrario? Algo a se pensar. Se considerarmos que cristão é o que vive na pratica dos ensinamentos e não o que vive dentro de uma igreja o jogo vira e o acusador logo se torna réu, e o “perdido” torna-se achado.

Outro fato, é que a palavra evangélico, que deveria ser associado a ser cristão, perdeu também seu significado. Ser evangélico hoje significa fazer parte de uma igreja evangélica. Deveria significar aquele que segue os evangelhos. Ser evangélico para alguns é símbolo de status social hoje. Para outros uma oportunidade de se esconder e esconder seus atos de pilantragem. Que digam isso os da bancada evangélica, metidos em escândalos constantes!

A verdade é que nem todo evangélico é cristão, mas todo cristão (na prática) é evangélico, pois ao viver a prática do cristianismo estar também seguindo os evangelhos, sendo assim, evangélico não é o que faz parte da igreja evangélica, mas o que vive na pratica do evangelho segundo os ensinamentos de Cristo.

Para as pessoas de modo geral de 20 a 30 anos atrás, se perguntasse o que era um evangélico (ou crente) prontamente, diriam tanto os de dentro quanto os de fora do movimento, que evangélico era uma pessoa que: não assistia TV, não jogava futebol, não usava shorts, não andava sem camisa, não ia a praia, não bebia, não fumava, não dançava, não jogava, não comia carne de porco, não bebia refrigerante, não bebia café, as mulheres não usavam calças compridas, maquiagens, ou jóias de adornos, não se depilavam, ou não usavam qualquer produto para a beleza, pois dizia esse ser um serviço do diabo. Isso era ser crente (evangélico) segundo a visão da sociedade de até 30 anos atrás! Nada que dizia respeito a seguir um ensinamento de cristo sequer! Apenas seguir um conjunto de tradições impostas aos membros, decididas em reuniões internas pelas lideranças ( nota que a grande maioria dos liderem não seguiam e nem seguem o que eles mesmo ensinam!).

Muitas das tradições acima foram banalizadas nos grupos de hoje, e outras inseridas de modo que o que oprimia o corpo antes, hoje oprime o bolso dos fiéis e assim mesmo, tais grupos ainda são chamados de evangélicos, mesmo indo contra os princípios do evangelho.

Uma coisa que nunca muda nos grupos cristãos de ontem e de hoje e de antigamente é que todo membro tem de se sujeitar a liderança sem questionar. Isso não muda jamais!

Ao ensinar, quando Cristo era interrogado dava explicações. Os seus “seguidores” de hoje e de ontem ao serem interrogados lançam maldiçoes sobre o interrogador e o têm como infamador e criador de revoltas. O mestre dizia: “pai, perdoa o que não sabes o que faz”. “Os seus “discípulos” de hoje dizem: “ pai, mata,fere, humilha e destrói todos os que se levantam contra mim para provardes que és comigo!”Quanta coisa mudou!

Uma pessoa honesta, que ler a história secular de modo neutro, teria vergonha de dizer se cristão, no sentido católico da palavra, quando perceber quanta maldade já foi praticada e ainda é praticada hoje usando o nome de Deus. Essa mesma pessoa usando da mesma honestidade, poderá concordar que se Cristo realmente existiu, deixou ensinamentos que serviram para sua época e para época posteriores, e como outros sábios orientais ou ocidentais revolucionaram o mundo com suas palavras e ações e não apenas com ritos e tradições. Uma coisa comum a todos eles é que tiveram que enfrentar toda tradição anterior a eles de forma pacifica e sorrateira. A dura realidade é que quase todos eles ao serem substituídos, tiveram em seus discursos coisas não ditas por eles, e seus ensinamentos substituídos por cultos, ritos e tradições que para nada servem. Desse modo, o que intenta seguir a essência dos ensinamentos originais irá contra a maré, e será tido sempre como herege.

Outra grande dura realidade a ser enfrentada é que pastor, padre, bispo, apostolo ou missionários atuais, nãos estão preocupados com os ensinamentos de cristos ou com o ser cristão no sentido original da palavra. A Grande maioria em peso está preocupada em manter as tradições do seu grupo, sejam por razões financeiras, por posições de poder ou coisas do tipo. No dia que quiseres se decepcionar com seu sistema de crenças pergunte ao seu líder o porquê de servir tradições anti-bíblicas ou que para nada servem e se surpreenda com a resposta...

CONTINUA...

Escrito em 25,6,16

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 26/06/2016
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