Da titular, licenciada, para o em exercício (30)
Miguel Elias, querido,
melhor não dar trela para esse Machato, que vive a gravar impropérios, com seu jeito de criatura indefesa, vulnerável. No fundo, no fundo, o que ele quer é governar o estado alencarino. Mas o ciro vai sair pela culatra. E, afinal, o que tiver de ser, Ceará.
E ninguém tira a magia desse Nordeste, esquecido de Deus, mas abençoado pelo Padim Ciço, que ainda haverá de subir à glória pires dos altares. E as fogueiras, que queimam todas a vaidades, e dão ensejo às quadrilhas, tão ricamente coreografadas? Tens que trazer tua Chela aqui, para verem juntos esse lábaro tão estrelado...O relaxamento é divino.
E muita literatura boa que sai daqui. Pena é que não transponha fronteiras de nosso Brasil: João Cabral, Gilberto Freire, Lins do Rêgo, Raquel de Queiroz, e agora, Tom Cavalcante, Falcão, e essa menina do Recanto das Letras, Iolanda...E nas emboladas - que sei não ser bem teu ritmo - temos aqui Caju e Castanha, com sua graça e espirituosidade. Ainda vou lhe pedir um improviso, com um embate entre tu e eu. São pândegos...
Honestamente, até esse Machato, se resolvesse publicar na íntegra as suas entrevistas, corria, mais que um buscapé, o risco de ser bestiseller...É coisa demais que ele tem para revelar, depois desses seu doze anos de mandarinato. Conhece a alma - e lama - de todos nós.
Se fizesse um preencimentozinho facial, que lhe melhoraria a aparência, poderia juntar-se com essa super-divertida Janaína e comporem uma chapa imbatível para governar este país, nas eleições que pretendo convocar, assim que terminar minha licença. Verdade é que Tia Eron, com suas aparições a la Batman, é também potencial candidata. Salvou Eduzinho do vexame de ficar na Câmara sem presidir diretamente. E ele nem precisava dessa exposição, pois já faz tudo por controle remoto. Vê como lhe segue fiel o Maranhão...
Vou tomar um caldo de mocotó agora. Com ovos de codorna, e uma Caracu bem gelada. Pra São João, farei canjica. E quentão. Trazes o mastro? Espeta nele a laranjinha capeta. Dá sorte.
bejo, Didil