De Dilma a Michel (12)
Querido,
Que notícia boa me dás sobre essa tua alma poética, vazada na Anônima Intimidade, a cuja leitura vou dedicar - e dedilhar - toda esta minha segunda-feira. Cheguei até a espreguiçar, imagina, de tamanha descontração face à semana que se me anuncia inteira.
E a lua dessas noites. Tens visto algo mais espelhacular? É Corpus, que está para chegar. Pena que os não-cristãos não celebrem essa tão significante data. Ao gentio, o caganismo ainda mata. Ao nosso lado a fé ter, é a nada temer. Agora, registram os astrônomos que Marte estará em sua maior aproximação da Terra em onze anos. Posso até ser de Lua, como dizem, mas meu maior desejo é ir a Marte.
A praga do terrorismo continua avassalando o mundo. E o pobre Egito, povo não-eleito, nunca parece liberta-se de tão danoso efeito. Dos tempos de Moisés até esse avião explodindo no ar, ou mar? O mar de lá, Sharif, não será?
Coitada da Ana, que nem em BH, escapa dessa perseguição implacável, só por ser bela e sedutora. Agora, ainda vai ter que enfrentar o assédio dos paparazzi, que é pior. Devíamos ter uma lei de imprensa que, além de imprimir, pudesse também imprensar. Imprensável?
E essa conversa entre o Romerinho e o Machado, de que a Bolha publicou excertos? Dá para crer? Não serão enxertos? Para mim, que fui tão descaradamente espionada pelos irmão do norte, eu continuo achando que essas gravações são ilegais e aviltantes. Como viste, e ouviste, até o pobre Bessias, de cujo apoio não arredo, acabou entrando como Pilatos no Credo.
Que bom que tenham gostado aí de meu pão-de-queijo. Ainda hei de acertar a mão para fazer-te um quibe digno de teus ancestrais. E, justamente foste tu a suscitar a lembrança do dia do abraço...Ah, onde andará meu pensamento...?
Por falar, tenho vontade de falar e como o pessoal das grandes cadeias noticiosas mundiais anda um tanto fugidio, estou pensando em dar uma entrevista à Al Jazeera. Brava gente de teu sangue levantino.
beijokas, Didil