De Dilma a Michel (08)
Querido,
corre cá pro Alvorada para veres o romper da aurora: tá magnifique! Pena é que não levaste a bicicleta que cá deixei à tua disposição, pois ias sentir, no caminho o cheirinho do mato matinal. E bem sei que és siderado com essa nossa paisagem divinal do cerrado. E do Senado. Mas bota uma roupinha mais informal, hoje é sábado, dia de bermuda e churrasco.
E o Romerinho, que escalaste à primeira hora no teu time? Não é um mero Jucá. Habilidoso, honesto e presto, e de resto, logo essa abertura de sigilo suplantará. Vê o caso do Eduardinho. É tudo uma questão de colocação, de interpretação. A expectativa de direito o modo de expressar mais perfeito.
Envolvido aí com as articulações, nomeações e orientações, sei mesmo que não dispões de tempo para me responder por escrito, mas sigo paciente - traço inconfundível de meu caráter - a esperar. Sabes que guardo com carinho aquela tua cartinha de uns poucos meses atrás, quando, aliás, e com justa razão te queixavas da solidão, do isolamento, e até duma certa ociosidade.
Reconheço que errei em ter concentrado tanto protagonismo à frente da mais suprema magistratura. Me perdoas? Prometo que serei boazinha quando voltar. Não perdes por esperar. Lembras bem de quanto foi eficaz aquela guinada de meu antecessor quando adotour o lema Paz e Amor? Prmeto sim, deixar de ser a Dilmamá. E o que tiver de ser, Ceará.
Vem correndo, o pão de queijo tá no forno. E o café do Catalão aquece qualquer empedernido coração. Deixa a Chela e Michelzinho dormirem até mais tarde. Depois eles se juntam a nós pro churrasco.
Bejo,