Perfis recantistas (106 - LCoelho)
Paulo Coelho ainda não passou por nossas páginas, acredito que por absoluta falta de tempo. Mas o Coelho que transita entre nós, discreto que é somente um L nos fornece como pista para identificação. Identificação essa que se torna facilitada quando lê, predominantemente a poesia desse mineiro de Monlevade que se domiciliou em Araruama.
Embora sem uma prolífica produção literária no Recanto, à semelhança de muitos de seus coetâneos, as suas composições alcançam índices de leitura e de interação que impressionam. Na série Reis do Recanto, em que já passamos da tricentésima edição, Coelho figura com freqüência e destaque entre os cinco mais lidos da semana. Não é sem razão que tão-somente 8 de seus textos, entre mais de uma centena, não ultrapassaram ainda a marca acumulada de cem leituras. Para se ter uma comparação: de meus nove mil e pico textículos, e três anos e tanto de militância e jactância, somente seis de meus opúsculos romperam a barreira dos cem.
A produção de Coelho, de corte predominantemente romântico e nostálgico, de larga aceitação do leitor, é corroborada por obras publicadas, cujos títulos se exibem em sua página de autor.