Percalços de um profeta
Uma profecia catastrófica gera o seguinte dilema: a ocorrência do fato predito consagra o profeta, mas torna a previsão irrelevante e inútil. Já o impedimento da catástrofe estabelece a importância da profecia, ao mesmo tempo em que a desacredita e a nega. Desse modo, os profetas ficam sujeitos à irrelevância de seu dom, ou ao descrédito.
Venho, há anos, profetizando uma grande guerra em 2017. Tenho visto o cerco se fechando e sinais cada vez mais evidentes da catástrofe. Temo bilhões de mortes.
A terceira guerra mundial é iminente por duas razões: a economia americana está sendo superada pela chinesa, empurrando os atuais donos do mundo para o segundo plano, fato que eles não engolirão sem protestos veementes. Mudanças gerais nas regras de todos os jogos impostas por novos protagonistas deixarão os antigos irados; nunca antes tinham tido a sensação de impotência. Terão dificuldade em digeri-la e aceitá-la. Provável que batam o pé, não cedendo o protagonismo do grande teatro econômico/político que acreditam deles por direito e unção.
Além disso, existe uma “economia bélica”, um complexo bilhonário que vive de guerras, que necessita delas para continuar existindo. Sabe-se, sempre, que haverá uma próxima guerra, pergunta-se, apenas, qual será a próxima vítima.
E, no entanto, guerras custam caro. Para os americanos, queimar trilhões em uma nova guerra permitirá que a economia chinesa se distancie ainda mais rapidamente da americana.
A alternativa que resta aos donos do mundo corresponde a um ataque à China. Dizima-se o país, eliminando, dessa maneira drástica, o concorrente. Sacia-se concomitantemente, a voracidade irrefreável do complexo industrial bélico.
Terão que eliminar, simultaneamente, o parceiro chinês, a Rússia.
O assassinato de bilhões de pessoas não ficaria incólume; retaliações seriam esperadas, assim como bilhões de mortes por todo o planeta, além do terror, da miséria, e da fome. Uma lástima sem precedentes.
Os Fatos
Os americanos possuem dezenas de bases militares encravadas por todo o mundo, especialmente na Europa e Ásia, ao redor de China e Rússia. Em 2014 os americanos fecharam o cerco sobre esses 2 países ao promover rebelião e golpe na Ucrânia. No ano seguinte (2015) a China tratou de construir bases militares encravadas em ilhas artificiais construídas rapidamente no Mar da China. Desde então, os americanos vêm fazendo seguidas provocações nesses pontos, alegando estar em área internacional, pleiteada por outros países.
Nesse instante, porta-aviões e destroyers americanos gigantescos percorrem a área, à maneira de grandalhões arruaceiros querendo cavar confusão. Farão isso.
Os EUA possuem um conjunto de dívidas que chegam às centenas de trilhões. O dólar está prestes a ruir. Outras moedas logo substituirão o dólar nas transações internacionais, um enorme abalo nas finanças americanas.
A derrocada do dólar levaria todo o ocidente à ruína, provocando, também, a troca de controle das rédeas de todo o poder mundial, alterando drasticamente o seu eixo, promovendo a mudança de regras e de juízes em todos os jogos econômicos e políticos. Um novo mundo despontaria, sob nova direção.
A destruição da China resolveria, de um só golpe, todos esses problemas.
Não convém, no entanto, iniciar uma guerra em final de mandato.
As eleições americanas decidirão os rumos do planeta. O futuro presidente assumirá o governo americano com a incumbência de dizimar China e Rússia, ou de manejar os ajustes que constituirão a passagem do poder ao Oriente. Será a guerra, ou a rendição econômica. Uma onda de protestos violentíssima varrerá todo o planeta. Especialmente o ocidente, decadente, se verá sujeito aos distúrbios decorrentes da grande crise.
A opção pela guerra pressupõe o apoio mundial. Impensável um ataque nuclear causador de bilhões de mortes, de infortúnio extremo e da potencial destruição da humanidade sem o apoio generalizado das populações. É provável que tal consideração justifique a tentativa de golpe político no Brasil. Dilma tentaria se manter, certamente, em uma posição sensata, contrária à guerra devastadora. A atitude permitiria que outros líderes da América do Sul a seguissem, facilitando a adoção de posição análoga pelos europeus, sujeitos ao desespero do fogo cruzado. O isolamento americano decorrente de tal postura eliminaria a opção pela guerra.
A profecia
A provocação ocorrerá no mar da China quando gigantescos vasos de guerra se confrontarão lado a lado, armados com os mais letais instrumentos de destruição já criados, e sob a mira de escoltas antagônicas de submarinos e aviões.
O naufrágio de um barco, em meio às tensões crescentes será pretexto para clamores de revide, que assumirão a forma de um ataque brutal, devastador, a China e Rússia, concomitante a medidas de defesa contra ataques nucleares dirigidos às cidades e bases militares americanas.
Destruição avassaladora advirá do embate brutal, o pesadelo se espalhará por todo o planeta, a destruição não será contida.
Orem os que acreditam em deuses, confeccionem patuás contra a radiação letal.
Mas não apoiem os clamores de guerra que reverberarão nas TVs, digam não à guerra.
Em 2017 o planeta viverá momentos de enorme tensão. Multidões de excluídos se insurgirão contra poderes que os oprimem. Agitações se alastrarão por todo o planeta, clamores irados retumbarão por todos os centros populacionais. Revoltas ensandecidas brotarão do peito da multidão desesperançada e enganada.
Será proposta, então, a grande guerra; o absurdo em resposta à insensatez; a destruição sem limites, o caos e a morte.
Noticiários emocionados apresentados em todas as TVs relatando o naufrágio do barco no Mar da China serão a medida e a senha para a destruição apocalíptica, providência que será exigida pelos apresentadores de TV.
Demônios irados, então, nos insuflarão à guerra; contarão com nossa parvoíce, com nosso adestramento obediente às imposições da TV.
Repudiemos, desde já, a guerra. Reconheçamos. De antemão, os embustes dos que nos manipulam, dos que nos fazem de joguetes tolos. Digamos não à guerra que virá. Reconheçamos os pretextos neguemos a destruição. Impeçamos a catástrofe!
O golpe em curso, no Brasil, consiste em um preparativo para a guerra. Outras ações de controle de massas se somarão a essa. Estejamos atentos.