O que está acontecendo, afinal?

Recapitulando

Em 2008, fiquei perplexo com as imagens da China mostradas pela TV durante as olimpíadas e comecei a atentar para o crescimento extraordinário daquele país.

Em seguida aos jogos, uma forte crise econômica se abateu sobre o mundo. Percebi que tal crise perduraria, e supus que outra logo adviria antes da superação da anterior.

O motivo da crise americana me parecia ser, obviamente, o crescimento chinês. A economia chinesa crescia imensamente abocanhando tudo.

Quando percebi que a economia chinesa estava superando a americana, temi uma grande guerra. Imaginei que os donos do mundo não admitiriam ser confrontados pelos novos ricos emergentes. Desde então, meus temores de uma nova guerra mundial têm sido alimentados pelos seguintes fatos:

No final de 2014 a economia chinesa superou a americana tornando-se a maior economia real do planeta. Usei a expressão “economia real” porque, de fato, a produção chinesa superou a americana naquela época, embora a avaliação financeira continue atestando a supremacia americana. Trata-se de uma questão de escala: a medida da economia financeira americana (ou seja, a medida em dólares) ainda é maior que a chinesa em virtude da supervalorização do dólar em relação ao yuan. A produção econômica chinesa já supera amplamente a americana. A queda do dólar – ocorrência iminente devido à dívida americana exorbitante, ao reconhecimento do yuan como moeda de troca internacional, e à produção contínua e tresloucada de dólares sem lastro –, evidenciará a superioridade da economia chinesa, já, de fato, consideravelmente maior que a americana. Veja aqui os dados das entidades conservadoras:

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(PPP)

Os dados são do FMI, banco mundial e CIA. Correspondem aos anos de 2014 (FMI, BM) e 2015 (CIA). Excluem Hong Kong e Macau.

Desde então, contrariamente ao que tem sido noticiado, a pujante economia chinesa tem se distanciado cada vez mais da rival. (As notícias mentirosas contrárias a isso espalhadas em todos os noticiários são um acinte à inteligência, deixo a cargo do leitor conferir esse fato, bastará fazer contas muito simples. Os meios de comunicação, aliás, tentam encobrir a superação da economiachinesa pela americana, fato gritante.).

Os donos do mundo

Existem umas pessoas, muito, muito ricas que podem ser chamadas assim. Elas mandam no mundo, pelo menos, desde 1945. Mandam e desmandam. Nasceram crianças riquíssimas, bilhonárias, e sempre satisfizeram suas vontades. Nunca foram contraditadas, por isso, continuam crianças mimadas aos 60, 70, 80 anos, nunca o deixarão de ser.

Esses caras possuem uma “galinha dos ovos de ouro”, um tal FED, uma fábrica de dinheiro. Os caras fabricam dólares, têm feito isso aos trilhões, anualmente. Parece inacreditável, mas é assim.

Todos os países têm sido obrigados a usar dólares no comércio mundial, esse uso, é o que sustenta o dólar, uma moeda podre. O dólar apodreceu porque os caras exorbitaram e produziram muitos trilhões deles.

O valor do dólar das reservas internacionais de cada país, corroído pela inflação americana, é automaticamente abocanhado pelos produtores de dinheiro. Assim, quando os países são obrigados a estocar dólares para comercializar com outros, se submetem à apropriação americana devido à desvalorização da moeda.

Em vista disso, os chineses imaginaram algo muito simples: comercializar com sua própria moeda. Mas os donos do mundo não gostaram dessa ideia, isso mataria sua galinha de ovos de ouro. Sendo donos do mundo, proibiram isso.

Mas os chineses resolveram se sublevar, resolveram se juntar com os BRICS, grandes potências emergentes, e comerciar entre eles usando outra moeda, livrando-se assim das taxas subjacentes ao uso de dólares.

Os temores

Creio que os donos do mundo sejam criaturas absurdamente mimadas. Penso que nunca foram contraditados, e que não saberão lidar com isso.

Os chineses, por outro lado, já estão tão ricos quanto eles, ou mais, e agora também querem mandar. Não querem mais obedecer as ordens que só favorecem aos que mandam. Logo se recusarão a cumprir as ordens ditadas pelos donos do mundo, que nunca foram contraditados.

Temo que, como crianças mimadas, eles não saibam lidar com tal frustração.

Os EUA possuem o maior poderio bélico do planeta.

Temo que ataquem China e Rússia; temo um ataque nuclear avassalador a esses dois países e a alguns outros pintados como inimigos. A retaliação e os desenvolvimentos consequentes da agressão terão dimensões apocalípticas. Difícil prever o que sobrará de tamanha catástrofe.

Esse ano (2016) ocorrerão eleições nos EUA; o ataque não acontecerá até o fim do atual mandato presidencial, não conviria algo assim.

O próximo presidente americano se deparará com um fortíssimo dilema: ou entrega o comando do mundo aos chineses, ou mergulha em uma guerra de consequências inimagináveis.

É extremamente improvável que o dólar se mantenha estável por mais 8 anos, período estimado de governo americano, após reeleição. O colapso descontrolado e irresponsável do dólar teria consequências drásticas. Difícil imaginar como conter as rebeliões que se sucederiam por toda a América do Norte. A ruína do dólar desencadearia uma sucessão de eventos destrutivos, reduzindo a economia americana a uma pequena parcela da atual.

A alternativa sensata consiste em uma transição controlada. A entrega do poder aos orientais iria atada ao compromisso de impedir a ruína do dólar, e a consequente derrocada da economia mundial. A incumbência de entregar o poder sem luta talvez não se coadune com a vaidade de um presidente. A alternativa será a guerra.

No Brasil

Por aqui vivíamos um clima de euforia sem precedentes. Muitos milhões eram retirados da miséria, a economia crescia a olhos vistos, o otimismo era flagrante, os planos quase ilimitados. Em meio ao sonho em que vivemos, chegamos a ocupar o centro do palco por um breve instante.

Foram há 4 anos os jogos de Londres, embora já nos pareçam distantes. Apenas 4 anos, quando estávamos imersos em otimismo, na alegria eufórica dos que desfrutávamos pela primeira vez o centro do palco mundial. Lembra disso? Lembra de nosso otimismo? De nossa festa? Foi, apenas, há 4 anos.

Lembremos de nossa alegria ao acompanhar o encerramento das olimpíadas de Londres, sonhando com a realização iminente da copa e com festa que faríamos 4 anos depois. Isso tem 4 anos!

Mas logo em seguida começamos a jogar contra nós mesmos. Tudo estava dando certo, estávamos otimistas, mas passamos a reclamar. A televisão nos dizia para reclamar e reclamávamos, e passamos a jogar contra. Foi em 2013, e de lá pra cá todos os sonhos ruíram.

As olimpíadas iriam ser o maior evento já ocorrido no país. Serão, retornaremos ao centro do palco por breves dias, mas de maneira contida, envergonhada.

O único impedimento dos EUA a uma guerra mundial, destruidora, é seu isolamento. Não se aventurarão sozinhos em uma guerra que vitimizará toda a humanidade. Precisarão ter a seu lado, clamando pelo ataque, toda a América Latina. Também precisarão ter a Europa a seu lado, e quem mais os apoiar.

O alinhamento do Brasil aos BRICS ameaçava deixar o país livre para decidir o apoio, ou não, à guerra insana. Contrário à guerra apocalíptica, o Brasil permitiria que toda a América Latina mantivesse a sensatez. Europeus não seriam compelidos, então, a embarcar na loucura. O resultado seria o isolamento dos 5 olhos, e logo, apena dos EUA.

Os distúrbios que ocorrem hoje no Brasil fazem parte de uma ação promovida pelos EUA e chamada por eles de “guerra não-convencional”, uma estratégia definida aqui:

http://www.al-akhbar.com/sites/default/files/pdfs/Special_Forces_Report.pdf

Os europeus sabem que serão alvos primários de destruição. Os Americanos incrustaram bases de mísseis por toda a Europa. A tomada da Ucrânia consistiu no fechamento do cerco a China e Rússia.

Maus presságios

Nos últimos anos tem ocorrido uma forte polarização ideológica em todo o planeta. Não presenciávamos tão forte polarização desde as vésperas da última grande guerra. No mundo inteiro as polícias têm se armado e se preparado contra assaltos da própria população. Forças policiais insuflarão e massacrarão descontentes. Induzirão as populações a tensões extremas, preparando seus espíritos para a guerra.

Todos sabemos que uma guerra mundial seria uma insanidade. Bilhões de mortes decorreriam disso, talvez fosse o fim da humanidade.

O mergulho em tal desatino pressuporia a exaltação prévia dos ânimos, insuflados por conflitos internos.

Ódios serão atiçados por cassetetes, pimenta e balas liberados ao sadismo de policiais. Movimentos terroristas serão criados e financiados pelos proponentes da guerra para fortalecer polícias e disseminar medos e ódios.

Em meio ao caldeirão fervente de ódios e insurgências espocando por todos os cantos do mundo, haverá um pretexto; talvez um barco afundado próximo a uma ilha artificial.

O pretexto ganhará repercussão inaudita, fomentando a ira e a indignação de apresentadores de TV que induzirão as populações a clamar pela guerra absurda.

Insuflados pelos mesmos meios que hoje propalam o golpe, clamaremos pela guerra que nos destruirá. Indignados com o pretexto, seja ele qual for, magnificado pela TV, exigiremos a guerra, e abriremos caminho, cega e tolamente, para nossa própria destruição.

A derrubada do atual governo brasileiro é um evento chave para a fomentação de uma guerra mundial. A manutenção do atual regime brasileiro ameaça isolar os EUA na aventura insana.

Meu novo vídeo:

https://youtu.be/GFw-1T5dtCo