A paciência em tempos de smartphones e mídia digital
Segundo Mario Sergo Cortella, na década de 20 foi feito um estudo que apontou ser 50 minutos, o tempo exato que uma criança conseguia manter-se atenta, concentrada em seus afazeres.
Ainda segundo esse genial professor, estudos de hoje, apontam ser exatos seis minutos essa capacidade de atenção de nossas crianças.
Vivemos a era da impaciência, do estresse relacional.O estresse escancara as portas para uma violência ignota, que por sua vez, gesta um medo que desemboca em vários gêneros de transtornos, como a Síndrome do pânico, as TOCs; stress pós traumático. E essa ansiedade generalizada é o motor das nossas tragédias cotidianas.
Nesse filme abaixo,
Há o exercício de um olhar crítico fraterno, perpassado por um viés humanista. A leitura é a vida em nossos dias, construída através do dispensável consumo de produtos que nos remetem a "estilos", e referta pelos efeitos colaterais das etiologias da sociedade moderna: a prática do bullying, o estelionato identitário, comunicações onde os signos icônicos são entretecidos por valores e relações fragilizadas. No centro dos desencontros estão a internet e as mídias sociais.
Se os livros ampliaram nossa capacidade de nos projetarmos para além de nossos mundos mesquinhos, "reprocessaram nossas mentes" nos permitindo sem pressa, o acesso a outras realidades que acrescidas às nossas, nos resgataram da mesmice, da ignorância, as atuais tecnologias podem nos levar no sentido inverso quando, permitindo-nos um quase infinito acesso à novas informações, reduz a nossa capacidade de atenção e apequena a nossa possibilidade de fazer análises. Consequentemente a nossa paciência é afetada no sentido da redução, se pensarmos na disponibilidade de uma maior quantidade de informação e na diminuição do tempo para acessá-las em nosso mundo "fast".